Da janela de um quarto de hotel, a cidade parece um livro sendo escrito. Páginas espalhadas pelo vento, capítulos fora de ordem. Onde está a frase seguinte? Em algum lugar por aí. No chão da praça, dobrando a esquina, esperando um olhar que mostre o sentido que passava batido. Olhos que leiam, no sulco da folha, a palavra que a borracha já apagou.
Mapas do Acaso, Humberto Gessinger, Belas Letras, p. 23
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