Aldous Leonard Huxley nasceu em 26 de julho de 1894 em Surrey, Inglaterra. É autor de sátiras brilhantes e publicou Admirável Mundo Novo em 1932, que denuncia os aspectos desumanizadores do progresso científico e material.
A história se passa em uma sociedade futurística onde as pessoas são produzidas em massa, divididas em castas e condicionadas a viverem sob um sistema onde as regras sociais devem prevalecer. Deus foi substituído por Ford e todos os problemas existentes podem ser solucionados com gramas de Soma, que é uma espécie de narcótico.
Admirável mundo novo não é sobre os avanços da ciência em si
No livro, o jovem Bernard Marx fica insatisfeito com o sistema, em suas férias consegue uma autorização para viajar até uma reserva de selvagens no Novo México e leva a bela Lenina Crowne com ele.
Em Novo México conhecem um selvagem chamado John – que cita Shakespeare e que cuja mãe pertenceu ao sistema de castas – e decidem levá-lo juntamente com a mãe, de volta à civilização.
O tema de Admirável Mundo Novo não é o avanço da ciência em si; é esse avanço na medida em que afeta os seres humanos. É um livro perturbador, que causa estranhas sensações. Lê-lo é como cutucar um machucado que está sangrando. Quando terminamos de ler, é impossível esquecê-lo, deixar de refletir, voltar páginas e associá-lo à sociedade atual.
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Um soco no estômago
A narrativa, apesar de dinâmica, é um soco no estômago, cheia de referências a personalidades da história e críticas disfarçadas de prosa. Não é a toa que influenciou a Literatura e o Cinema.
É um livro extremamente bem escrito, com personagens incrivelmente desenvolvidos. Sempre leio resenhas comparando sagas distópicas moderninhas com Admirável Mundo Novo. É claro que Huxley é uma enorme inspiração, mas não dá para comparar. Admirável Mundo Novo dá um banho em todos esses livros de ficção científica, denominados “distopias” da atualidade. Huxley foi visionário, seu livro é um clássico. Independente da época em que for lido, sempre vai dialogar com o presente, é atemporal.
Também é legal saber que o livro inspirou ábuns como Brave New World, do Iron Maiden e músicas como Admirável Chip Novo, da Pitty e Admirável Gado Novo, do Zé Ramalho.