Close Menu

    Receba as novidades em seu e-mail!

    Novidades

    Como é uma sala montessoriana e preciosos livros para educadores

    Os 7 melhores livros de Rubem Fonseca: palavras afiadas e realidades cruas

    Facebook X (Twitter) Instagram
    • Home
    • Literatura
    • Listas
    • Artes
    • Resenhas

      A Letra Escarlate (Nathaniel Hawthorne): um julgamento social implacável

      O Poderoso Chefão (Mario Puzo): um clássico sobre crime e redenção

      Cinderela chinesa (Adeline Yen Mah): o poder transformador da arte

      Toda luz que não podemos ver (Anthony Doerr): conexões humanas vencem guerras!

      O Ateneu (Raul Pompeia): um microcosmo da sociedade da época

    • Séries
    • Educação
    • Sobre
    YouTube Facebook X (Twitter) Instagram Pinterest
    Livro&Café
    INSCREVA-SE
    HOT TOPICS
    • Virginia Woolf
    • Literatura Brasileira
    • Livros
    • Dicas
    • Feminismo
    Livro&Café
    Você está aqui:Início » Maria Bonita – sexo, violência e mulheres no cangaço (Adriana Negreiros): um livro necessário
    Literatura

    Maria Bonita – sexo, violência e mulheres no cangaço (Adriana Negreiros): um livro necessário

    Ronie JohnBy Ronie John0633 Mins Read
    Compartilhe Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Maria Bonita – sexo, violência e mulheres no cangaço (Objetiva, 2018), foi o título escolhido por Adriana Negreiros para esta obra que poderia ter muitos complementos ao nome. Sexo, violência, fome, submissão, suor, lágrimas, entre uma infinidade. Comentava sobre a densidade do livro com Francine Ramos, editora desta revista, e ela usou um termo que creio que define bem este tipo de livro: “necessário”. Principalmente em tempos tão nebulosos.

    Maria Bonita

    Maria da Déa nasceu e cresceu em Malha da Caiçara, na Bahia. Casou-se aos quinze anos com um primo seis anos mais velho, o sapateiro José Miguel da Silva, conhecido como “Zé de Neném”. Dançarino exímio, tinha em casa um relacionamento tumultuado pela não aceitação de Maria por chegar tarde da noite dos bailes. Situação que solucionava muitas vezes aos tapas e socos, fazendo com que ela se afastasse às vezes por dias de casa.

    “No começo dos anos 1920, os ventos da chamada primeira onda feminista começavam a soprar nos grandes centros urbanos do Brasil, mas demorariam a chegar ao sertão nordestino. Maria da Déa era, portanto, em quaisquer circunstância, uma mulher de comportamento transgressor. De uma senhora casada, ainda que insatisfeita com o relacionamento, esperava-se nada além de cega obediência do marido”.

    p. 22

    Diversos já eram os casos de traição quando ela resolveu abandonar o marido e se juntar ao bando daquele por ela já nutria uma admiração: Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, com quem dividiu no fim de suas existências o título de “Rei e Rainha do Cangaço’.

    Sua história destoa da forma com que a grande maioria das cangaceiras ingressavam nos bandos. Geralmente, eram filhas de coiteiros (nome dado a quem dava abrigo aos grupos de bandoleiros como os de Lampião), escolhidas por homens do bando e levadas à força amarradas à cavalos e mulas, geralmente com menos de treze anos, sendo estupradas e muitas vezes devolvidas às famílias para serem buscadas novamente após receberem os cuidados necessários após o primeiro ato violento. Para a família não havia escolha, era entregar a criança ou ter a desgraça ampliada aos demais membros.

    Essas mulheres, quando adultas, acabavam por se moldar tão sanguinárias quanto os homens do grupo (e não era pra menos), porém, com o mesmo nível de submissão e inferioridade dispensados as demais mulheres da sociedade. Mulher tinha dono, e ao errar, cabia ao marido decidir o que ocorreria a ela, e que em quase todos os casos era a morte nos moldes mais cruéis.

    Maria Bonita mesmo sendo mulher não aceitava o perdão, por exemplo, de uma mulher que falhasse com o um marido. Houve até um caso narrado em que a mulher foi perdoada pelo companheiro e expulsa do bando, mas ao deixar a cidade foi morta a tiros por seu comando.

    Adriana Negreiros, a autora, cita ao término do livro a maior e mais aterrorizante das constatações ao escrever a obra: a de que os relatos das cangaceiras sobreviventes são geralmente desacreditados em relação à extrema brutalidade da qual foram vítimas, a forma como estes relatos são muitas vezes taxados de exagerados, e a insinuação de que algumas das que foram sequestradas e abusadas, teriam passado por tudo isso porque quiseram. Histórias das décadas de 1920-1930, que refletem brutalmente em questões atuais na luta da mulher. Questões duras e necessárias.

    Onde comprar Maria Bonita – sexo, violência e mulheres no cangaço (Adriana Negreiros): Amazon
    Biografia Feminismo História Machismo Maria Bonita Mulheres Violência
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email

    Você também irá gostar:

    Os 7 melhores livros de Rubem Fonseca: palavras afiadas e realidades cruas

    Noventa e três: 4 trechos do livro de Victor Hugo que explora a Revolução Francesa

    Classicismo: uma jornada pelas formas e ideais da antiguidade

    Add A Comment

    Comments are closed.

    Mais acessados

    22 frases do livro “O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo”, de Charlie Mackesy

    20.956 Views

    14 frases do livro “A biblioteca da meia-noite” para te fazer pensar

    17.503 Views

    As 10 melhores poesias de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

    16.338 Views

    10 poesias de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa)

    14.922 Views

    20 trechos do Livro do Desassossego (Fernando Pessoa)

    13.686 Views
    Redes Sociais
    • Facebook
    • YouTube
    • Twitter
    • Instagram
    • Pinterest
    Conheça

    Como é uma sala montessoriana e preciosos livros para educadores

    Educação 5 Mins Read

    Os 7 melhores livros de Rubem Fonseca: palavras afiadas e realidades cruas

    Listas 6 Mins Read

    Ozzy Osbourne: as 10 músicas mais tocadas no Brasil e alguns livros

    Listas 6 Mins Read

    Batalha no Vale do Sol (Mari Mendes): a luta de pessoas sem-teto

    Novos autores 5 Mins Read

    15 filmes de Martin Scorsese para assistir já e suas inspirações nos livros

    Filmes 4 Mins Read

    Receba as novidades em seu e-mail

    Mais lidos

    22 frases do livro “O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo”, de Charlie Mackesy

    20.956 Views

    14 frases do livro “A biblioteca da meia-noite” para te fazer pensar

    17.503 Views

    As 10 melhores poesias de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

    16.338 Views
    Últimos posts

    Como é uma sala montessoriana e preciosos livros para educadores

    Os 7 melhores livros de Rubem Fonseca: palavras afiadas e realidades cruas

    Ozzy Osbourne: as 10 músicas mais tocadas no Brasil e alguns livros

    Inscreva-se na Newsletter

    Receba um resumo semanal em seu e-mail!

    © 2023 Livro&Café - por amor à literatura, desde 2011.
    • Home
    • Literatura
    • Educação
    • Opinião
    • Sobre

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.