Parece que não reconhecemos mais o país em que moramos. A identidade baseada num sempre falso patriotismo está mais abalada do que nunca. O outro, mesmo partilhando a nacionalidade, parece que é o inimigo. Por outro lado, estamos num processo – positivo – de desmascarar ditos que nos definiram enquanto brasileiros: não somos um país cordial, nem uma democracia racial. E depois daquele 7×1, não dá para falar que somos o país do futebol, rs.
Que Brasil temos neste momento?
Que país queremos construir?
O que nos define?
São essas e outras perguntas que permeiam nosso dia a dia, mesmo quando nossas vidas exigem de nós outros olhares e, muitas vezes, distantes da política. Porém, os livros nos ajudam a ampliar nossa empatia por trazer tantas histórias que representam o Brasil, suas dores, anseios, medos e, principalmente, as tão importantes releituras do passado.
Ao longo do mês de abril, vamos trazer pautas que nos ajudem a refletir sobre o Brasil – esse lugar real e imaginário.
Sem medo!
“Nosso país, o Brasil, é um país demasiado grande. Nós não conhecemos a nós mesmo. E usamos a literatura como um meio mais profundo de autoconhecimento.”
Clarice Lispector, em entrevista a um jornal americano, 1963.
Bruna Bengozi e Francine Ramos
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