A editora Estação Liberdade é conhecida por trazer obras orientais para o Brasil, com edições belas, muito bem preparadas e traduzidas. Seu catálogo abrange clássicos da literatura, ficção contemporânea, filosofia e história.
A Editora Estação Liberdade deu início aos seus trabalhos em 1989 em São Paulo. O nome da editora é uma homenagem ao bairro da Liberdade, localizado no centro da colônia japonesa em São Paulo, e ao momento histórico do país, marcado pelo fim da ditadura militar.
A Editora Estação Liberdade mantém total independência editorial e empresarial, destacando a bibliodiversidade e a edição criativa como princípios fundamentais. Seu catálogo abrange clássicos da literatura, ficção contemporânea, filosofia, história, arquitetura e literaturas e culturas do Extremo Oriente, sempre em traduções diretas dos idiomas originais.
Abaixo você encontra uma seleção de 20 livros da Editora Estação Liberdade que merecem fazer parte de sua estante e, claro, de suas leituras.
Ficção
1. A valise do professor, obra de Hiromi Kawakami
“Em A valise do professor, ganhador do Prêmio Tanizaki, um dos mais prestigiosos do Japão, a prosa entrecortada e sucinta da escritora Hiromi Kawakami nos revela a mente confusa de uma mulher embaralhando cenas reais com sonhos, lembranças e reflexões no cotidiano amoroso e solitário na megalópole toquiota, tema recorrente da autora. Tsukiko tem quase 38 anos, trabalha em uma firma e nas horas vagas bebe no bar de Satoru. Nunca foi casada e aparentemente não se importa com isso. Leva uma vida calma e sem grandes emoções, até que passa a encontrar um professor do ensino médio no mesmo bar que frequenta.” + AMAZON
2. Beleza e tristeza, livro de Yasunari Kawabata
Em “Beleza e tristeza”, último romance escrito por Yasunari Kawabata, podemos acompanhar Oki Toshio, um romancista de sucesso, que depois de ver uma foto de sua antiga amante, Otoko Ueno, em um artigo de revista, se sente atraído a voltar para a cidade de Kyoto e contemplar a tradicional celebração de Ano-Novo enquanto tenta se reconectar com seu antigo caso. Sem contato há mais de vinte anos, no reencontro, ele tem outra vida, ela não é mais uma adolescente, e novos personagens fazem com que a relação deles seja retomada de maneira diferente e com novas complicações. + AMAZON
3. A mulher das dunas, de Kobo Abe
“Quem atender ao convite à leitura desta obra sui generis, sobretudo aqueles que por acaso tendem um pouco à paranoia ou à claustrofobia, sentirão inevitavelmente certo incômodo. Mas um incômodo daqueles prazerosos, nos quais se descobre uma felicidade profunda e se pressente um aprendizado duradouro. Acompanhar o que acontece com Jumpei Niki é, junto a ele, perder de vista o horizonte, porém, ainda assim, confiar que este continua tecido entre céu e terra. É untar-se de areia dos pés à cabeça, da garganta ao lado de dentro das pálpebras, dos vãos entre os dedos ao fundo da alma. E é também aprender os momentos certos de saber quando olhar para dentro de si mesmo e para fora.” Compre na Amazon
4. A polícia da memória, de Yoko Ogawa
“O leitor é convidado, instintivamente, a acessar o seu próprio arcabouço de lembranças e percorre uma jornada de recordações que também gostaria de preservar. Algo que tem se tornado familiar na atualidade, e a todos que têm criado um novo mundo, já que o anterior, pré-pandemia, não mais existe, e nunca será como antes. Acessar as memórias é acessar, também, o que criamos e o que se mistura ao real. E ler A polícia da memória é embarcar no mais profundo do ser. Há uma pergunta que circunda toda a narrativa: se pudesse, o que você preservaria intacto, e não perderia da memória?” Compre na Amazon
5. Querida Konbini, obra de Sayaka Murata
Aos 36 anos, Keiko Furukura continua no trabalho da juventude em uma loja de conveniência e nunca se envolveu romanticamente. Ela é feliz assim, mas desde pequena é considerada estranha ― sua família e amigos se perguntam desesperadamente como ajuda-la a ser uma pessoa normal. Mas é na konbini, com suas regras estritas para os funcionários e uma dinâmica precisa de funcionamento, que Keiko encontra o seu lugar. + AMAZON
6. Os carregadores de água, livro de Atiq Rahimi
“Publicado na França em 2019 e agora no Brasil pela Estação Liberdade, Os carregadores de água é o mais novo romance do premiado autor afegão Atiq Rahimi. Escrito com uma prosa poética e com muitas surpresas no enredo, o livro toca em questões como o exílio, a liberdade, a afeganidade, a memória e a destruição dela.” + AMAZON
7. “A segunda espada” obra de Peter Handke
A segunda espada: uma história de maio é a primeira publicação literária de Peter Handke após receber o Prêmio Nobel de Literatura 2019. Foi aguardada com grande expectativa, sobretudo porque a laureação do autor fez crescer a controvérsia envolvendo seu nome e a Guerra da Bósnia. O livro da editora Estação Liberdade não trata dessa polêmica diretamente, mas, por ser a narração de uma vingança contra um jornalista, há quem diga que o texto é uma “alfinetada” da literatura em certo tipo de jornalismo que insiste em alimentar sensacionalismos. + AMAZON
8. Kyoto (Yasunari Kawabata)
Rico em descrições da cidade que foi a capital do Japão por cerca de mil anos (794-1868), Kyoto, de 1962, foi uma das últimas obras finalizadas pelo autor antes de sua morte dez anos mais tarde. Ambientado no período pós-guerra, o livro narra a trajetória de Chieko, filha adotiva de um comerciante de quimonos, Takichiro, e sua esposa, Shige. Chieko é uma jovem que trabalha na loja da família e a vê em processo de falência, assim como vários outros pontos comerciais da antiga capital japonesa, em razão de mudanças nos valores culturais, agora fortemente influenciados pelo Ocidente. + AMAZON
9. Vida à venda, de Yukio Mishima
Yukio Mishima, nome de grande importância para a literatura japonesa, com uma extensa obra publicada, e alguns inéditos no Brasil, traz ao leitor, em Vida à venda, uma viagem ácida e divertida sobre o valor da vida. Ou, mais do que isso, sobre a vida e a morte à margem dos dias e do desencantamento. 2020 marca o cinquentenário da morte de Mishima, e é a morte, tema constante na obra do autor, que aparece em Vida à venda como um acinzentar da alma, sem que seja, necessariamente, um pesar. Rilke escreveu que o homem moderno não pode morrer de forma romântica. + AMAZON
10. O marinheiro que perdeu as graças do mar, de Yukio Mishima
“O marinheiro que perdeu as graças do mar” explora partidas e permanências, perdas e ganhos, individualidade e abdicação desta, amor e ódio, violência e paz, explora o convite à vida em dinâmica que é o verão e a inação, a negatividade, a penumbra do inverno, estações que, aliás, intitulam as duas partes em que está dividido este livro. O personagem central chama-se Ryuji Tsukazaki, a quem parece estar predestinado algum tipo de glória. Ele faz parte da tripulação do Rakuyo, navio cargueiro que o transporta ao porto de Santos, aqui no Brasil, e às sombrias aspirações que o atormentam.” + AMAZON
11. Guerra de gueixas (Nagai Kafu)
Publicado originalmente entre 1916 e 1917 no jornal literário Bunmei, Guerra de gueixas foi uma obra bastante ousada para a época – desde sua primeira edição em livro, ainda em 1917, até os anos 1960, só circulou a edição “censurada”, em que as passagens tidas como eróticas tiveram de ser removidas. Ambientada em Shinbashi, Tóquio, tido como o bairro da prostituição, a história tem como personagem central Komayo, uma gueixa que por muitos anos ficara afastada da vida de libertinagem ao se casar. + AMAZON
12. “Entregas expressas da Kiki” de Eiko Kadono
O consagrado romance infantojuvenil Entregas expressas da Kiki (Majo no Takkyūbin ou Kiki’s Delivery Service), de Eiko Kadono, foi publicado originalmente no Japão em 1985. Pouco tempo depois de seu lançamento, em 1989, a obra ganhou uma adaptação cinematográfica O serviço de entregas da Kiki, dirigida por Hayao Miyazaki e produzida pelo Studio Ghibli. No Brasil, o filme está disponível na Netflix. Devido ao seu grande sucesso e enorme legião de fãs, a obra ganhou continuações que envolvem o mundo de Kiki , totalizando seis livros, com seu último volume publicado em 2009. + AMAZON
13. Um conto de duas cidades (C. Dickens)
Dickens embarca aqui em uma emocionante pintura da Revolução Francesa. A peculiaridade deste romance começa na condição indissociável da escrita de Charles Dickens: é obviamente com o olhar estrangeiro e não raro antagônico de um inglês que ele dá vazão à sua trama. O autor evita o posicionamento político, centrando a narrativa nas observações de cunho social e no impacto individual que aquele processo impingiu a pessoas de todas as camadas. + AMAZON
Não-ficção
14. Arte não Europeia: conexões historiográficas a partir do Brasil
Ao trazer a primeira coletânea de textos dedicados a temas de história da arte não europeia ao público brasileiro, este livro apresenta uma fascinante amostra de pesquisas realizadas em um contexto expandido, capaz de alcançar além das narrativas tradicionais da disciplina e observar seus objetos de estudo como parte integrante de uma rede móvel e complexa de interações espaçotemporais. Abordando as artes pré-colombiana e ameríndia, africana e japonesa, os textos trazem importantes debates teórico-metodológicos que acompanham o processo de expansão do campo de estudos na atualidade. Nesse sentido, este volume pretende ser uma introdução às possibilidades postas por uma nova história da arte, crítica e mais inclusiva e, acima de tudo, servir de inspiração para futuros pesquisadores interessados nessa área de conhecimento hoje. + AMAZON
15. Mulheres atrás das câmeras: As cineastas brasileiras de 1930 a 2018
Editado em parceria com a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), MULHERES ATRÁS DAS CÂMERAS: AS CINEASTAS BRASILEIRAS DE 1930 A 2018 é fruto de uma inquietação perante as poucas informações disponíveis sobre a história do cinema brasileiro feito por mulheres. Os 27 artigos estruturam esta produção por meio de ensaios com recortes temáticos ou focados em figuras de destaque. Vamos desde o pioneirismo de Cléo de Verberena (a primeira realizadora mulher), Carmen Santos (produtora, atriz, criadora de estúdios) e Gilda Abreu (roteirista e diretora do sucesso O ébrio [1946]), até diretoras em atividade como Anna Muylaert e Suzana Amaral. + AMAZON
16. O sufrágio universal: e a invenção democrática
O voto direto e universal, que celebra a igualdade política dos homens, foi concretizado pela primeira vez em 1848. Considerado hoje um símbolo da democracia, é surpreendente constatar a indiferença que cercou o seu aniversário de 150 anos e a frágil atenção que se dá às formas de apropriação de suas práticas e às condições que as tornaram (e tornam) possíveis. Este livro reúne uma série de trabalhos que discutem como aconteceu, em vários países, a imposição e o ajuste desta prática como princípio de legitimidade da dominação política. + AMAZON
17. Guerra como prestação de serviço: A destruição da democracia pelas empresas militares privadas
Neste livro, Rolf Uesseler revela os interesses econômicos que motivaram a atuação cada vez maior de empresas militares privadas em conflitos armados e expõe as várias atividades em que florescem. Discute ainda as consequências destas novas formas de exercício de poder bélico, inclusive no que diz respeito às políticas de Estado, a privatização de operações militares, as relações internacionais e a ameaça que elas constituem à própria democracia. + AMAZON
18. Mil anos de mangá (por Brigitte Koyama-Richard)
Nos últimos anos, o mangá tem feito um sucesso fenomenal não só no Japão, onde domina o mercado editorial, mas também no Ocidente. Por mais contemporânea que essa forma de arte gráfica possa parecer, o mangá está, na verdade, profundamente enraizado na cultura japonesa, baseando-se muitas vezes em suas tradições artísticas centenárias. Mil anos de mangá, como o próprio nome diz, conta a história do mangá, ou das histórias em quadrinhos, em seu esplendor e diversidade. + AMAZON
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19. A saga dos intelectuais franceses 1944-1989
O projeto empreendido por François Dosse em A saga dos intelectuais franceses 1944-1989 nos traz uma historiografia comentada da intelligentsia francesa na segunda metade do século XX, face aos acontecimentos do pós-Segunda Guerra Mundial aos eventos de 1989. A obra é mais do que uma “história” reconstruída por meio das principais figuras da época, e sim uma “narração” em que não se excluem mitologias sociais, sonhos e esperanças dos protagonistas, ilusões, decepções e proclamações. Compre na Amazon
20. Américas, um sonho de escritores, de Philippe Ollé-Laprune
Há muitos livros de historiadores sobre viagens de europeus à América Latina, mas a maioria deles se restringe ao período desde os descobrimentos no século XV até o século XIX. Américas, um sonho de escritores, do autor Philippe Ollé-Laprune, toma vários escritores ocidentais do século XX, como Blaise Cendrars, Stefan Zweig, Ernest Hemingway, os surrealistas e mais outros tantos, e conta sobre suas viagens para países como Brasil, Argentina, Cuba, México, e sobre suas percepções sobre esses lugares. + AMAZON
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