Cartola: uma breve análise de “O mundo é um moinho” e 4 livros maravilhosos

Canções de Cartola, como “As Rosas Não Falam” e “O Mundo é um Moinho”, são hinos imortais que capturam a alma do Brasil e a melancolia que permeia a existência humana.

Cartola, cujo nome de batismo era Angenor de Oliveira, foi um dos ícones mais venerados da música popular brasileira. Nasceu em 1908 no Rio de Janeiro e deixou um legado eterno como compositor, cantor e sambista. Sua obra é uma celebração da riqueza do samba, cativando gerações com letras poéticas que retratam a vida nas favelas cariocas e as nuances da alma humana. Com sua voz marcante e sua habilidade incomparável com o violão, Cartola contribuiu significativamente para a consolidação do samba como gênero musical no Brasil. Além disso, fundou a icônica escola de samba Mangueira, deixando uma marca indelével na história do carnaval carioca. Sua influência perdura até os dias de hoje, inspirando músicos e amantes da cultura brasileira em todo o mundo.

A vida de Cartola também é um testemunho de superação e resiliência. Enfrentou desafios pessoais e a dura realidade das favelas cariocas, mas sua paixão pela música o impulsionou a persistir e criar obras-primas que transcenderam fronteiras sociais e geográficas. Canções como “As Rosas Não Falam” e “O Mundo é um Moinho” são hinos imortais que capturam a alma do Brasil e a melancolia que permeia a existência humana. Cartola faleceu em 1980, mas seu legado continua a ecoar, servindo como um farol de inspiração para músicos e admiradores da música brasileira, que reconhecem nele não apenas um artista talentoso, mas também um verdadeiro guardião da cultura e da tradição do samba.

Conheça abaixo alguns livros de Cartola

1. Cartola: Uma análise das 10 músicas mais tocadas

As letras e as músicas de Cartola são dissecadas com sensibilidade, revelando a sua genialidade e a sua habilidade de expressar emoções universais por meio da melodia e da poesia. Por meio dessa análise cuidadosa, somos transportados para o mundo melancólico, romântico e cheio de sentimento presente nas composições de Cartola. Além da análise das músicas, o livro apresenta uma biografia detalhada de Cartola, mergulhando na sua história de vida e nas suas influências artísticas. Conhecemos sua trajetória, suas experiências pessoais e os desafios enfrentados ao longo de sua carreira. Essa biografia nos ajuda a compreender o contexto histórico e social em que Cartola estava inserido, enriquecendo nossa percepção sobre suas criações musicais. + AMAZON

2. Cartola (por Martinho da Vila)

Nesta obra, o cantor, compositor e escritor Martinho da Vila relata, com sua saborosa prosa poética voltada aos jovens leitores, a trajetória de Agenor de Oliveira, o icônico Cartola, um dos maiores artistas da música popular brasileira. Refazendo os passos do ídolo, Martinho narra uma “historiazinha mini-biográfica” que parte das origens do carinhoso apelido e segue pelos altos e baixos vividos pelo autor de As rosas não falam. O livro apresenta momentos únicos da cultura do país, como a fundação da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, por exemplo, e enaltece os demais nomes notáveis do samba ligados à vida e obra de Cartola. + AMAZON

3. Cartola – crianças famosas

Neste livro, Edinha Diniz nos conta, de forma simples e fascinante, como foi a infância de Cartola, estrela de primeira grandeza do samba carioca que, junto com um grupo de amigos do morro, fundou a Estação Primeira de Mangueia, grande escola de samba do Rio de Janeiro. + AMAZON

4. O melhor de Cartola

Este álbum contém a biografia do mestre e compositor da Mangueira, escrita pelo jornalista Roberto M. Moura, e apresenta 20 de suas mais significativas obras musicais que retratam, com a inspiração de poucos, os mais profundos sentimentos da paixão humana. Estão presentes, entre outras: A cor da esperança, Acontece, Alvorada, As rosas não falam, Disfarça e chora, Divina dama, Ensaboa mulata, Minha, O mundo é um moinho, O inverno do meu tempo, O sol nascerá, Peito vazio, Preconceito, Quem me vê sorrindo, Sei chorar, Sim, Tive sim e Verde que te quero rosa. + AMAZON

Uma breve análise da música “O mundo é um moinho”

“O Mundo é um Moinho,” a icônica canção de Cartola, é uma obra-prima da poesia musical que evoca uma profunda reflexão sobre a efemeridade da vida e a inevitabilidade do sofrimento humano. Com uma melodia suave e tocante, a música cria um cenário melancólico que ecoa em nossos corações. A metáfora do “mundo como um moinho” sugere a ideia de que a vida é uma roda que gira ininterruptamente, triturando nossos sonhos e esperanças.

Cartola canta sobre o amor perdido, a ilusão desfeita e a dor que todos enfrentamos em nossa jornada. Sua voz rouca e emotiva carrega cada palavra com uma carga emocional impressionante, enquanto a mensagem atemporal da canção nos lembra que, mesmo em face das adversidades, devemos encontrar beleza na fragilidade da existência humana. “O Mundo é um Moinho” é uma lição poética sobre a aceitação e a resiliência diante das vicissitudes da vida, e continua a emocionar e inspirar gerações de ouvintes com sua profundidade e beleza atemporais.

Confira a letra:

“O mundo é um moinho”

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Presta atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor, tu herdarás só o cinismo
Quando notares, estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó

Presta atenção, querida
De cada amor, tu herdarás só o cinismo
Quando notares, estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés

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