A Companhia das Letras sempre traz novidades no Kindle para os leitores. Entre os títulos, destacam-se obras de autores consagrados e novas vozes da literatura contemporânea, que prometem agradar aos mais diversos gostos. As opções incluem desde romances premiados até ensaios incríveis!
Todas as novidades no Kindle estão disponíveis para download imediato na Amazon, oferecendo mais praticidade e acessibilidade para quem deseja se manter atualizado com o que há de melhor no mercado editorial.
O preço, já é outro assunto: alguns divergem bastante no livro físico, outros se aproximam… mas aí vai do gosto de cada um, certo?
Confira abaixo as novidades no Kindle que baixei e já vou começar a ler!
1. Como enfrentar o ódio (Felipe Neto)
Sinopse: Felipe Neto Ainda em 2009, Felipe Neto se tornou um fenômeno da internet no país. Seu conteúdo, agressivo mas bem-humorado, se direcionava inicialmente às tendências da época, mas logo se voltou também à política, em especial ao governo do Partido dos Trabalhadores (PT). No entanto, com o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, a crescente aproximação da extrema direita ao poder e o recrudescimento de discursos de ódio contra minorias, Felipe passou a questionar suas convicções.
Em Como enfrentar o ódio , ele retrata seu processo de tomada de consciência política ― tão semelhante ao de milhões de brasileiros ― e o papel do ódio em sua vida, primeiro como força propulsora de sua carreira e depois como ferramenta de que ele próprio se tornou vítima, em especial durante o governo de Jair Bolsonaro. Entrelaçando sua história aos principais acontecimentos dos últimos quinze anos e oferecendo uma perspectiva única sobre a internet e seu papel na manipulação dos usuários, Felipe nos convida a usar a boa comunicação para combater o obscurantismo, o retrocesso e o ódio que assola a sociedade. + AMAZON
2. Toda vida – Angela Melim
A trajetória poética de um dos nomes mais fascinantes da década de 1970.
Toda vida reúne a obra de Angela Melim, poeta que se tornou uma das vozes mais instigantes da efervescente cena contracultural brasileira. Seu livro de estreia — O vidro o nome, de 1974 — impressionou pela dicção singular: os versos observam atentamente a vida lá fora ao mesmo tempo que perscrutam os movimentos internos, como se os arredores se fundissem ao sujeito, sem fazer distinção entre indivíduo e paisagem. Marcada pela sensualidade e pela curiosidade, a escrita de Melim é atenta às frutas na cozinha, às conversas entreouvidas nas ruas, aos letreiros luminosos e, sobretudo, às histórias íntimas das pessoas — ora ácidas, ora trágicas, mas nunca banais, frias ou tediosas. + AMAZON
3. Um ditador na linha – Ismail Kadaré
Um ditador na linha evoca o suposto telefonema de Stálin a Boris Pasternak, em junho de 1934, que deu origem a rumores e interpretações que contribuíram para enfraquecer ainda mais a imagem do grande escritor russo. Ismail Kadaré explora as versões factíveis da ligação a partir de relatos de testemunhas, repórteres, biógrafos, escritores como Isaiah Berlin e Anna Akhmátova, e até arquivistas da KGB.
Ao entrelaçar as relações entre poder, política e criação artística, esta obra é tanto um sofisticado exercício literário quanto uma tentativa de compreender como a arte e o autoritarismo se constroem à vista um do outro. Conheça do mesmo autor: Abril Despedaçado
4. O iluminado – Stephen King
O romance, magistralmente levado ao cinema por Stanley Kubrick, continua apaixonando (e aterrorizando) novas gerações de leitores. A luta assustadora entre dois mundos. Um menino e o desejo assassino de poderosas forças malignas. Uma família refém do mal. Nesta guerra sem testemunhas, vencerá o mais forte. Danny Torrance não é um menino comum. É capaz de ouvir pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado. Será uma maldição ou uma bênção? + Amazon
5. Mr Mercedes – Stephen King
No primeiro volume da trilogia Bill Hodges, Stephen King abraça o gênero policial para contar as histórias de um detetive aposentado e de um assassino implacável ― misturando tensão psicológica com uma perseguição alucinante, King deixa sua marca no estilo investigativo clássico, criando uma obra imperdível para os fãs desse tipo de narrativa.
Ainda é madrugada e, em uma falida cidade do Meio-Oeste dos Estados Unidos, centenas de pessoas fazem fila em uma feira de empregos, desesperadas para conseguir trabalho. De repente, um único carro surge, avançando para a multidão. O motorista do Mercedes acelera, recua, acelera novamente e não descansa até atropelar o máximo de pessoas que consegue, deixando oito mortos e vários feridos. Ele escapa impune. + Livraria Papirus – Shopee
6. Contrapeso – Djuna
Inspirado por obras literárias que passam por Joseph Conrad e Philip K. Dick, Contrapeso é um romance cyberpunk, uma ficção policial e uma parábola contundente sobre a ambição neocolonial da Coreia do Sul e seus efeitos avassaladores.
Na ilha de Patusan, o conglomerado coreano LK está construindo —a contragosto dos cidadãos —um elevador para a órbita da Terra. Aos poucos, a construção transformará a cidade em um movimentado centro turístico: uma porta de entrada e saída do planeta. No espaço, o que sustenta o elevador é uma massa de lixo conhecida como contrapeso. Nesse lixo, está escondido um verdadeiro tesouro: um fragmento de memória deixado pelo antigo CEO da LK, que pode ser crucial para determinar o futuro da humanidade… + COMPRE NA AMAZON
7. É assim que se perde a guerra do tempo – Amal El-Mohtar
Vencedor dos prêmios Hugo, Nebula e Locus. Uma história que atravessa tempo e espaço para narrar o destino de duas viajantes do tempo rivais que se apaixonam e precisam mudar o passado para garantir um futuro juntas.
Entre as cinzas de um mundo em ruínas, uma soldada encontra uma carta que diz: Queime antes de ler.
E assim tem início uma correspondência improvável entre duas agentes de facções rivais travando uma guerra através do tempo e espaço para assegurar o melhor futuro para seus respectivos times. E então, o que começa como uma provocação se transforma em algo mais. Um romance épico que põe em jogo o passado e o futuro. Se elas forem descobertas, o destino será a morte. Ainda há uma guerra sendo travada, afinal. E alguém precisa vencer.
8. Casa de família – Paula Fábrio
“Lindo romance contra a indiferença ao trabalho de cuidado delegado às mulheres.”
― Bel Santos Mayer
Autora estabelecida na literatura brasileira, com obras premiadas publicadas por diferentes editoras independentes, Paula Fábrio estreia na Companhia das Letras com seu livro mais arrebatador. Casa de família explora questões de classe e gênero com maestria, buscando entender, por meio das pequenas relações encerradas em um ambiente doméstico, grandes temas do Brasil contemporâneo, desde os resquícios da escravidão atéas origens da ideologia de extrema-direita. + Infos aqui
9. O desejo – Frédéric Lenoir
Partindo da filosofia à neurociência, da psicologia à sociologia e à economia, Frédéric Lenoir investiga todas as formas de desejo e suas armadilhas para responder a uma pergunta fundamental: como podemos direcionar nossos desejos para atividades ou pessoas que nos façam crescer e nos tragam alegria. Um guia para cultivar com sabedoria essa força vital.
De que vale uma vida sem desejos? Eles nos trazem a sensação de estarmos vivos, influenciam nossas aspirações, nos dão um propósito. Ao mesmo tempo, podem nos levar a paixões destrutivas ou ilusórias, à insatisfação permanente, ao ódio ou à frustração.
De Platão a René Girard, passando por Buda, Aristóteles, Epicuro, Spinoza, Nietzsche, Jung e Bergson, Frédéric Lenoir revisita as reflexões de grandes pensadores sobre o desejo à luz dos desafios e comportamentos atuais.
10. Tremor – Teju Cole
Teju Cole é um escritor nigeriano-americano. Em seu livro Tremor vamos conhecer Tunde: um leitor curioso e um viajante atento: atrai-se por contos históricos e épicos; relatos de amigos, familiares e estranhos; enredos de livros e filmes. Cresceu na Nigéria e constrói sua carreira nos Estados Unidos, onde trabalha como professor de fotografia em uma renomada universidade na Nova Inglaterra. Uma rotina de aparente tranquilidade que esconde uma mente sobressaltada.
Tremor é como uma colagem pessoal de obras de arte, de ensaios fotográficos de Lagos e de reflexões sobre racismo, território, descolonização e restituição. Os séculos de referências culturais que compõem este livro são um convite à subversão da hierarquia das artes plásticas populares, da centralidade dos valores estéticos ocidentais e da representação problemática de uma única verdade histórica.
“Uma reflexão ambiciosa sobre o tipo de interrupção que pode desviar uma vida do curso…Hipnótico, oferecendo uma visão vulnerável da identidade e dos privilégios pessoais, bem como uma visão ampla da arte e da história americana.” ― Time
11. Se a rua beale falasse – James Baldwin
Lançado em 1974, o quinto romance de James Baldwin narra os esforços de Tish para provar a inocência de Fonny, seu noivo, preso injustamente. Livro que inspirou o filme homônimo dirigido por Barry Jenkins, vencedor do Oscar por Moonlight. Tish tem dezenove anos quando descobre que está grávida de Fonny, de 22. A sólida história de amor dos dois é interrompida bruscamente quando o rapaz é acusado de ter estuprado uma porto-riquenha, embora não haja nenhuma prova que o incrimine. Convicta da honestidade do noivo, Tish mobiliza sua família e advogados na tentativa de libertá-lo da prisão. Se a rua Beale falasse é um romance comovente que tem o Harlem da década de 1970 como pano de fundo. Ao revelar as incertezas do futuro, a trama joga luz sobre o desespero, a tristeza e a esperança trazidos a reboque de uma sentença anunciada em um país onde a discriminação racial está profundamente arraigada no cotidiano. Esta edição tem tradução de Jorio Dauster e inclui posfácio de Márcio Macedo.
12. Notas de um filho nativo – James Baldwin
A obra-prima de não ficção de um dos escritores mais brilhantes do século XX sobre raça e identidade.
Publicada originalmente em 1955, esta reunião de ensaios escritos entre as décadas de 1940 e 1950 é a primeira obra de não ficção do autor de O quarto de Giovanni.
O que mais impressiona nesses testemunhos ― narrados com inteligência, sensibilidade e estilo extraordinário ― é sua atualidade. Ao usar como matéria-prima sua própria experiência para refletir sobre o que representa ser um escritor negro e homossexual nos Estados Unidos, seu país de origem, e em Paris, cidade onde viveu por muitos anos, Baldwin oferece um poderoso e urgente depoimento sobre direitos civis.
13. O quarto de Giovanni – James Baldwin
Em O quarto de Giovanni, clássico moderno da literatura gay esgotado no Brasil há décadas, James Baldwin narra o encontro de um americano e um italiano em Paris.
Lançado em 1956, o segundo romance de James Baldwin é uma obra-prima da literatura americana. Com pinceladas autobiográficas, o livro trata de uma relação bissexual ao acompanhar David, um jovem americano em Paris à espera de sua namorada, Hella, que por sua vez está na Espanha. Enquanto ela pondera se deve ou não se casar com David, ele conhece Giovanni, um garçom italiano por quem se apaixona. + AMAZON
14. Terra estranha – James Baldwin
Tendo como pano de fundo a agitada cena musical de Nova York dos anos 1950, Terra estranha é um retrato franco sobre bissexualidade e relações inter-raciais, publicado em uma época em que esses assuntos eram tabu.
Este romance de fôlego, publicado em 1962, tem como pano de fundo os clubes de jazz de Greenwich Village, em Nova York, na década de 1950. Rufus, um baterista negro em decadência, se envolve com Leona, uma mulher branca nascida no sul dos Estados Unidos. Dessa relação complexa em sua origem, desdobram-se temas caros a James Baldwin, como raça, nacionalismo, identidade, depressão e bissexualidade. 39,90 no Kindle – consulta em setembro/2024
15. Pura cor – Sheila Heti
Pura cor oferece um mergulho na beleza da imperfeição, explorando os limites do indizível. Espirituosa e comovente, a escritora canadense Sheila Heti reflete sobre o que constitui as relações contemporâneas.
Esta é a história de Mira, que se divide entre o amor que sente por Annie, que lhe parece um peixe desatento, e o amor pelo pai, que lhe parece um urso acolhedor. Todos vivem no primeiro rascunho da Criação, sob as pinceladas errantes de Deus.
“Fenomenal. Se os romances anteriores de Heti se preocupavam com as diferenças entre as pessoas e com questões de como viver melhor e mais feliz, este livro abraça a inevitabilidade feliz e melancólica de ser quem se é e de permitir que a vida molde você de formas incontroláveis ou imprevisíveis.”
― The New York Times
16. Três vidas – Gertrude Stein
Uma das autoras mais importantes do modernismo, Gertrude Stein ficou conhecida por questionar os fundamentos básicos da narrativa realista e experimentar com os limites da linguagem, e as sementes de seu estilo radical se encontram no seu livro de estreia a respeito de diferentes mulheres, Três vidas .
Publicado originalmente em 1909, Três vidas acompanha as agruras de três mulheres trabalhadoras enquanto lidam com questões de classe, matrimônio, hierarquia e raça ― “A boa Anna” e “A gentil Lena” tratam de imigrantes generosas e ingênuas, enquanto “Melanctha” aborda as nuances da vivência de uma mulher birracial no começo do século XX.
17. Minha vida – Zygmunt Bauman
Zygmunt Bauman nunca escreveu a própria biografia, mas deixou diários, anotações e extensas cartas endereçadas às filhas. Organizado por sua biógrafa, este livro disponibiliza pela primeira vez de forma integral esses fragmentos, entrelaçados em uma narrativa autobiográfica comovente, com as reflexões mais pessoais de um dos grandes pensadores do nosso tempo.
Abrindo com uma reflexão sobre a escrita autobiográfica, o pensador da modernidade líquida nos guia pelo labirinto fascinante do mistério da memória. Aqui estão vislumbres da história da família; da Polônia do entreguerras; da infância feliz, apesar da discriminação antissemita; da fuga para a União Soviética na adolescência, durante a ocupação nazista; e de sua participação na guerra como jovem soldado do exército polonês.
Em um registro posterior, Bauman surge já na condição de intelectual, dialogando com autores diversos a respeito das escolhas humanas. Ele discorre também sobre sua identidade étnica, discutida à luz do renascimento de visões de mundo nacionalistas, e sobre autoritarismo e ditadura ― temas que permeiam dramaticamente toda a sua biografia.
18. Enterre seus mortos – Ana Paula Maia
TRILOGIA – LIVRO 1
Uma habilidosa mescla de novela policial, faroeste de horror e romance filosófico, escrito por uma das vozes mais originais da literatura brasileira contemporânea. Edgar Wilson é “um homem simples que executa tarefas”. Trabalha no órgão responsável por recolher animais mortos em estradas e levá-los para um depósito onde são triturados num grande moedor. Seu colega de profissão, Tomás, é um ex-padre excomungado pela Igreja Católica que distribui extrema unção aos moribundos vítimas de acidentes fatais que cruzam seu caminho. A rotina de Edgar Wilson, absurda em sua pacatez, é alterada quando ele se depara com o corpo de uma mulher enforcada dentro da mata. Quando descobre que a polícia não possui recursos para recolhê-lo ― o rabecão está quebrado ―, o funcionário é incapaz de deixá-lo à mercê dos abutres e decide rebocar o cadáver clandestinamente até o depósito, onde o guarda num velho freezer, à espera de um policial que, quando chega, não pode resolver a situação.
Com uma linguagem seca, que mimetiza as estradas pelas quais o romance se desenrola, a autora faz brotar questões existenciais de difícil resolução. O resultado é uma inusitada mescla de romance filosófico e faroeste que revela o poderoso projeto literário de Maia.
19. De cada quinhentos uma alma – Ana Paula Maia
TRILOGIA – LIVRO 2
Mais uma vez, Ana Paula Maia consegue trazer para o centro da narrativa os mais dilacerantes conflitos humanos e explorar com requinte literário as nuances do bem e do mal. Edgar Wilson trabalha recolhendo animais mortos. Ele é responsável por levar as carcaças até um grande depósito onde um triturador dizima os despojos. Contudo, quando o país entra em colapso e começa a enfrentar situações cada vez mais inusitadas, ele acaba usando seu conhecimento para tentar dar sentido ao caos e encontrar uma forma de sobreviver à barbárie. Ao juntar-se a Bronco Gil e ao ex-padre Tomás, os três anti-heróis passam a rodar pelas estradas testemunhando a atração exercida pelo ocaso da realidade, desafiando tanto poderosos locais quanto instituições que não são bem o que eles imaginavam.
Em um misto de romance de aventura e narrativa psicológica, Maia constrói personagens brutalizados, mas absolutamente humanos, que buscam seu lugar no mundo.
20. Búfalos selvagens – Ana Paula Maia
TRILOGIA – LIVRO 3
Ainda que possa ser lido separadamente, Búfalos selvagens é a conclusão magistral da Trilogia do Fim que se iniciou com Enterre seus mortos , livro vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, e De cada quinhentos uma alma . Combinando romance policial e tramas de horror com investigação psicológica e profecias bíblicas, a autora expande seu universo para abarcar novas perspectivas sobre as relações entre humanos e animais, a exploração da precariedade e a insistência da vida nas ruínas de uma tragédia.
21. A idiota (livro 1) – Elif Batuman
Neste romance finalista do prêmio Pulitzer, acompanhamos o amadurecimento de uma jovem universitária nos anos 1990 que se descobre como escritora enquanto vive as agruras e as delícias do primeiro amor.
Selin, filha de imigrantes turcos, começará seu primeiro semestre em Harvard. O ano é 1995 e a internet, uma novidade. Ela se inscreve em matérias de que nunca ouviu falar, faz amizade com a carismática e cosmopolita colega sérvia, Svetlana, e começa a se corresponder por e-mail com Ivan, um estudante de matemática húngaro, mais velho. Selin falou pouco com Ivan, mas a cada e-mail que trocam, o ato de escrever parece assumir significados novos e cada vez mais misteriosos.
Com impressionante sensibilidade emocional e intelectual, humor mordaz e um estilo sem reparos, Elif Batuman dramatiza as incertezas da vida prestes a entrar na idade adulta.
22. Ou-ou (livro 2) – Elif Batuman
Nesta sequência do aclamado A idiota , Selin não é a mesma caloura inocente em Harvard. Mais madura, mas ainda influenciada pela literatura e pela filosofia, ela retoma sua busca por autoconhecimento e observa atentamente suas relações ― com amigos, com a família e com Ivan ― para, assim, tentar finalmente encontrar seu caminho na vida adulta. Em Ou-ou , Elif Batuman dá continuação ao relato minucioso dos dias de Selin na faculdade, iniciado em A idiota.
Com o título inspirado no livro do filósofo Søren Kierkegaard sobre ética e estética ― conceitos basilares para Selin compreender a vida e como vivê-la ―, Ou-ou é mais um romance impressionante de Elif Batuman, que se vale de símbolos imprescindíveis da geração millennial para tratar da universalidade da juventude.
23. Novelas exemplares – Miguel de Cervantes
Neste clássico da literatura mundial, Miguel de Cervantes mescla temas, vozes e gêneros ― assim como fez em Dom Quixote ― e presenteia o leitor com doze novelas, que maravilham pela sátira, reflexão e engenhosidade narrativa.
Entre a publicação do primeiro e do segundo volume de Dom Quixote , Miguel de Cervantes lançou, em 1613, as doze novelas aqui agrupadas, valendo-se dos recursos já conhecidos de sua produção literária, como a mistura de gêneros (novela sentimental, pastoril, mourisca, picaresca) e o humor único característico de sua escrita, produzindo histórias que divertem tanto o leitor comum quanto aquele mais sagaz.
Abordando diferentes temáticas, o autor dá voz a figuras à margem da sociedade envolvidas em aventuras picarescas, como os lendários trapaceiros Rinconete e Cortadillo, que se filiam a uma trupe de ladrões, ou as personagens femininas que, apesar de reféns da condição social na qual estão inseridas, tentam lutar por sua honra e fazer valer suas vontades.
O resultado é um clássico que alia sátira, peripécias desvairadas, reflexão e inovação literária. As Novelas exemplares são uma excelente porta de entrada para o universo cervantino, que ocupa espaço central na literatura e segue inigualável.
24. Vento em setembro – Tony Bellotto
Ao expandir a estrutura típica das tramas policiais – para dar conta de temas como o amor, o desejo e os traumas familiares –, Tony Bellotto nos leva àquele lugar onde os sonhos são feitos, para logo em seguida virarem pó.
Assis, interior de São Paulo, década de 1970. Em uma de suas muitas fazendas, o magnata rural Máximo Leonel organiza uma nababesca festa para celebrar a perda da virgindade de seu filho mais novo, Alexandre. Para a ocasião, contrata Laura, a prostituta mais deslumbrante da capital do estado. Mas a farra se transforma em pandemônio quando, chegado o grande momento, Alexandre desaparece sem deixar rastros, fazendo pairar sobre a família e a cidade uma atmosfera de puro mistério…
Centro histórico de Ouro Preto, dias de hoje. Uma série de pichações em prédios históricos gera revolta em todo o país. Após ver no telejornal as imagens da parede de uma igreja em que se lê a frase “Deus está morto” escrita com spray em letras góticas, o jornalista e escritor Davi não consegue se livrar da sensação de que aqueles crimes estão de algum modo relacionados ao livro que escreveu sobre a obra de Aleijadinho.
Assim, ele acaba se vendo no centro de uma trama complexa que começa há mais de cinquenta anos e se ramifica por diversas partes do mundo. Seminários, bordéis, vagões de trem e leitos de hospital são alguns dos cenários desta epopeia que nos conduz de Santos à Grécia, de Assis à Cidade do México, de paredes de igrejas ao coração da repressão durante a ditadura brasileira para desaguar em um final surpreendente.
25. O que ninguém conta sobre a menopausa – Jancee Dunn
Com conselhos claros e fáceis de aplicar, O que ninguém conta sobre a menopausa é o apoio que faltava para você abraçar esse novo capítulo da sua vida.
Aos quarenta e poucos anos, Jancee Dunn começou a ter sintomas que pareciam aleatórios: insônia, tensão constante, a boca estranhamente seca e menstruações mais intensas. Depois de se consultar com múltiplos profissionais de saúde, que a fizeram passar pelos mais diferentes exames, veio a surpresa: ela havia chegado à perimenopausa. Por mais de duas décadas, Jancee escrevera sobre saúde mental e física e não fazia ideia do que a esperava…