Scott Hutchins nasceu no Arkansas e frequentou um programa de escrita criativa na Universidade de Stanford, na Califórnia. Teve seus contos publicados em jornais e revistas de grande circulação. É comparado a Nick Hornby por sua escrita leve e contemporânea. Uma teoria provisória do amor é o seu primeiro romance.
A trama de Uma teoria provisória do amor (Companhia das Letras, 416 páginas) é narrada por Neill Bassett Jr, um ex-redator publicitário divorciado que trabalha para uma empresa de informática em San Francisco, a Amiante Systemns, cuja proposta é criar o primeiro computador inteligente do mundo.
A empresa alimenta a memória de um computador através dos diários secretos escritos pelo pai de Neill, Dr. Bassett, um médico do Arkansas que se suicidou quando o filho era adolescente.
Nas tentativas de incorporar um pouco mais da personalidade do Dr. Bassett ao computador, Neill descobre um pouco mais sobre quem foi seu pai, o homem por trás do médico, o marido que amava a esposa, o bom amigo e o bom ouvinte. Sempre que Neill precisa tomar uma decisão importante, recorre ao fantasma virtual do pai em busca de conselhos. Assim, segue com sua vida, mergulha em novos relacionamentos, aprende coisas novas e consequentemente, ao descobrir mais sobre o pai, descobre mais sobre si mesmo.
Uma teoria provisória do amor é fácil de ler, pois é leve. Os inúmeros diálogos da trama tornam a narrativa ágil e dinâmica, facilitando a leitura.
Gostei muito da premissa do livro “um jovem deprimido que trabalha com um computador inteligente baseado na vida e personalidade do próprio pai, um médico suicida”, mas acho que poderia ser mais desenvolvida. Apesar disso, gostei muito da leitura e pretendo ler os contos do autor.