Para quem tem pavor de livros que passam “fórmulas da felicidade”, pode ficar tranquilo, não há nada parecido em A Arte da Imperfeição.
Sabe quando você está passando naquelas feirinhas de livros de R$ 10,00 e um te chama atenção? Quando um livro chama a gente é quase que um encontro marcado pelo destino, a gente não ignora, a gente pára e leva.
Foi o que eu fiz com A Arte da Imperfeição, de Brené Brown. Na época, eu não fazia ideia de quem era a autora e também nunca tinha ouvido falar do livro. A descrição na contracapa dando a autora o título de “especialista em vergonha” me fez ficar curiosa. Pensei:”Incomum, né? Tanta coisa mais sedutora para se estudar e a pessoa resolve se especializar em vergonha”. Levei.
Sobre a Autora
Brené Brown é escritora e professora, membro do corpo de pesquisa da Universidade de Houston. O livro A Arte da Imperfeição é resultado de sete anos de pesquisas sobre como vivências universais de vergonha e medo nos afetam e como a prática da resiliência em nossa vida cotidiana pode mudar a forma como vivemos.
E apesar de toda essa bagagem Acadêmica, Brené Brown fez uma coisa neste livro que poucos pesquisadores, poucos cientistas sabem fazer, contar sobre seus achados de uma forma que cative o leitor, que seja interessante e empolgante (e compreensível), mesmo para quem é leigo no assunto. É verdade, jornalistas são bons nisso, cientistas não. Mas ela fez, pois conta sua história em um tom pessoal, na primeira pessoa, como se fosse uma amiga sua contando. Ou seja, fala como este tema surgiu da sua própria experiência pessoal.
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Nada de Fórmulas
Para quem tem pavor de livros que passam “fórmulas da felicidade” aos leitores (eu!), pode ficar tranquilo, não há nada parecido em A Arte da Imperfeição. A autora defende que, ao contrário, o autoconhecimento é a principal chave para quem está em busca de autenticidade e plenitude. Por tanto, sem “receitas de bolo”. Conhece-te a ti mesmo, antes de qualquer coisa.
Reduzindo a Autocobrança e a Mania de Perfeição
A Arte da Imperfeição é sobre parar de se preocupar tanto com o que os outros vão pensar, sobre não deixar de ser você mesmo e ir em busca do que faz sentido para você com receio de passar vergonha, de fracassar. Ou seja, é sobre buscar a autenticidade ao invés de um modelo de perfeição que atenda as expectativas do outro. Libertador, em tempos de redes sociais com vidas fabricadas especialmente para garantir audiência, né mesmo?
Fala, Brené Brown
Escolhi um trechinho do livro que me marcou para compartilhar com vocês e deixar a autora falar por si mesma.
“Escrever nossa própria história pode ser difícil, mas não é tão duro quanto passar a vida fugindo dela. Aceitar nossas vulnerabilidades é arriscado, mas não tão perigoso quanto desistir do amor, do pertencimento e da alegria que, por outro lado, são as experiências que nos deixam mais vulneráveis. Somente quando tivermos coragem suficiente para explorar a escuridão, descobriremos o poder infinito da nossa luz”.
Sim, foi nesse pedacinho do livro que a Arte da Imperfeição ganhou o meu coração. Se você também já leu, este ou outros livros da autora, conta o que achou aqui nos comentários!