A sala de aula invertida, também conhecida como flipped classroom, é um modelo de ensino em que os papéis tradicionais do professor e dos alunos são invertidos. Nesse método, os alunos adquirem o conteúdo fora da sala de aula, geralmente por meio de vídeos, textos ou materiais online, antes das aulas presenciais. Durante o tempo em sala de aula, o professor atua como facilitador, promovendo atividades práticas, discussões e exercícios que consolidam e aplicam o conhecimento adquirido.
Como tudo começou
A origem do modelo de sala de aula invertida remonta ao início dos anos 2000, quando dois professores de química, Jonathan Bergmann e Aaron Sams, começaram a gravar suas aulas e disponibilizá-las online para seus alunos que estavam ausentes. Com o tempo, eles perceberam que os estudantes que assistiam às aulas antes das aulas presenciais estavam mais preparados para atividades práticas e aprofundamento em sala de aula. Essa abordagem gerou melhores resultados de aprendizagem, maior participação dos alunos e permitiu que o tempo em sala de aula fosse melhor aproveitado.
Dicas de como aplicar os métodos da sala de aula invertida
Na disciplina de Língua Portuguesa, a sala de aula invertida pode ser implementada de forma eficaz. Algumas atividades que podem ser realizadas incluem:
- Leitura prévia de textos: Os alunos podem ler textos literários ou informativos fora da sala de aula para adquirir conhecimentos prévios e compreender conceitos importantes relacionados à gramática, estrutura textual, estilos literários, entre outros.
- Assistir a vídeos explicativos: Os alunos podem assistir a vídeos curtos que apresentam conceitos gramaticais, técnicas de escrita, análise literária ou outros tópicos relevantes para a disciplina. Os vídeos podem ser produzidos pelo professor ou selecionados de plataformas educacionais online.
- Pesquisa e coleta de informações: Os alunos podem realizar pesquisas individuais ou em grupo sobre tópicos específicos, como figuras de linguagem, períodos literários, autores importantes, entre outros. Eles podem compartilhar seus resultados e debater em sala de aula.
- Discussões e debates: A sala de aula invertida permite que os alunos participem de discussões mais aprofundadas sobre temas literários, questões gramaticais ou aspectos da escrita. O professor pode conduzir debates estimulantes, fornecer feedback e orientar os alunos na análise crítica e argumentação.
- Atividades de escrita criativa: Os alunos podem praticar a escrita criativa em sala de aula, desenvolvendo habilidades narrativas, produzindo textos literários, redações argumentativas ou outras formas de escrita. O professor pode fornecer orientação individualizada e promover a revisão e edição dos textos produzidos.
Essas são apenas algumas sugestões de atividades de Língua Portuguesa que podem ser utilizadas com o modelo de sala de aula invertida. É importante adaptar as atividades de acordo com os objetivos de aprendizagem, a faixa etária dos alunos e os recursos disponíveis. A sala de aula invertida oferece uma abordagem dinâmica e interativa que estimula o engajamento dos alunos e promove uma aprendizagem mais significativa e autônoma.
Conheça alguns livros que abordam o tema:
1. Sala de Aula Invertida – Uma Metodologia Ativa de Aprendizagem
O livro traz exemplos reais de sala de aula e aborda técnicas fundamentais desenvolvidas pelos professores Jonathan Bergmann e Aaron Sams para manter os estudantes motivados e aptos para aprender de maneira efetiva. Por que o livro Sala de Aula Invertida é tão importante na educação atual? A gente sabe que conseguir manter o mesmo entusiasmo e energia depois da quarta aula, ou até oitava, em um único dia, não é uma responsabilidade fácil. Sabemos também que nem sempre é possível alcançar os objetivos planejados. A metodologia sala de aula invertida ajuda a superar esses desafios. + AMAZON
2. A Prática da Sala de Aula Invertida: Um relato de experiência
No contexto atual, a tecnologia se tornou parte essencial para o funcionamento da sociedade, e na educação não poderia ser diferente em se tratando das metodologias ativas da aprendizagem. O presente estudo tem por objetivo relatar as experiências formativas docentes durante estágio supervisionado do curso de Licenciatura em Computação e Informática, em uma escola pública da rede estadual de ensino situada na cidade de Monte das Gameleiras, interior do estado do Rio Grande do Norte, desencadeadas a partir da utilização das metodologias ativas para dar apoio ao ensino da informática. + AMAZON
3. Sala de aula invertida: desafios para o ensino superior
Neste livro você terá acesso ao desdobramento de uma pesquisa que buscou compreender os dilemas e desafios da sala de aula invertida quando aplicada no ensino superior. Na investigação surgem características como a falta de tempo dos estudantes para realizar as atividades em função da sua relação com o trabalho, as resistências com a nova postura do professor em sala de aula, além da identificação da necessidade de formação continuada dos professores. Ao longo do livro surgem conclusões surpreendentes, que possibilitarão ao leitor compreender as metodologias ativas e a sala de aula invertida no ensino superior e os desafios atrelados a isso. + AMAZON
4. Análise sobre o Ensino Híbrido com ênfase na Sala de Aula Invertida
O Ensino Híbrido é composto por quatro modelos, são eles: i) Modelo de Rotação, que inclui Rotação por Estações, Laboratório Rotacional, Sala de Aula Invertida e Rotação Individual; ii) Modelo Flex; iii) Modelo à la Carte e iv) Modelo Virtual Enriquecido. Este e-book apresenta um breve resumo sobre todos os modelos, focando a pesquisa no submodelo Sala de Aula Invertida (SAI), que tem como característica a inversão lógica da sala de aula. Neste submodelo, os estudantes aprendem o conteúdo de forma on-line, e a sala de aula se torna o ambiente voltado para a reflexão sobre conceitos e a prática de exercícios. Pesquisas apontam que os alunos aprendem melhor quando exploram o conteúdo antes do encontro com o professor, pois desta forma vão para sala com questionamentos. Nesse sentido, a SAI pode proporcionar uma aprendizagem mais ativa e colaborativa, contribuindo para um melhor entendimento do conteúdo. + AMAZON
Mais dicas: Didática em sala de aula: 10 livros que todo professor precisa ler