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Chico Anysio: o monólogo “Mundo moderno” e 5 livros do comediante

Chico Anysio foi um dos comediantes mais renomados e influentes da história da televisão brasileira. Nascido Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho em 1931, ele se destacou por sua versatilidade artística e habilidade única para criar personagens memoráveis. Durante sua carreira de mais de seis décadas, Chico Anysio criou mais de 200 personagens, muitos dos quais se tornaram ícones da cultura popular brasileira. Seu humor inteligente e sagaz abordava temas sociais e políticos com maestria, fazendo com que suas sátiras e imitações fossem adoradas pelo público. Ele também foi um pioneiro na televisão brasileira, criando programas de sucesso, como o “Chico City” e “Escolinha do Professor Raimundo”, que se tornaram clássicos da comédia brasileira. Chico Anysio deixou um legado duradouro no cenário humorístico do Brasil e é lembrado como um dos maiores comediantes do país.

Além de seu talento como comediante, Chico Anysio também era um artista completo, atuando no teatro, no cinema e na literatura. Sua obra transcendeu gerações e ainda é apreciada pelos fãs de comédia no Brasil. Ele faleceu em 2012, deixando saudades em todos aqueles que riram com suas piadas e se encantaram com seus personagens. Sua contribuição para o humor brasileiro e sua capacidade de fazer as pessoas rirem continuam vivas na memória coletiva do país, tornando-o uma figura icônica e querida na história da cultura brasileira.

Leia abaixo o monólogo “Mundo moderno”, feito por Chico Anysio

“Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicômio. Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio – maior maldade mundial.
Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matungo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha, margeia mata maior. Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice. Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.
Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, marafonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas. Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista, mãos… Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia meia-água, menos, marquise.
Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda.”

Confira 5 livros de Chico Anysio

1. O canalha: um romance de Chico Anysio

chico anysio
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Por meio do Genival, o canalha deste livro, Chico Anysio repassa, de forma originalíssima, passagens históricas e incidentes que permacem, cada um a seu modo, no imaginário popular. Genival é o autor do clássico ‘rouba, mas faz’. Deu o revólver com que Getúlio Vargas se suicidou. Colocou a sigla JK em Juscelino Kubitschek e convenceu o presidente a transferir o capital federal do Rio de Janeiro para Brasília. Percorrendo a história brasileira de 1945 a 2001, o infatigável Canalha contracena com personagens como Carlos Lacerda, Adhemar de Barros, Juarez Távora, Marechal Lott, Oscar Niemeyer, Brigitte Bardot e Jânio Quadros. No dia-a-dia, protagoniza os episódios padrão da vileza com notável regularidade – rouba o delicioso pirulito de uma criança, salga toda a comida de um banquete, sugere omeletes aos fregueses de um restaurante abarrotado de ovos estragados e coloca no ônibus do Méier um gringo desesperado que procura o Copacabana Pálace. Essas e outras histórias semelhantes compõem este passeio impensado e hilariante pela história recente do país, guiado por um dos maiores humoristas brasileiros.

2. Três casos de polícia

Chico Anysio

Três casos de polícia (selo Escrituras). Uma sugestiva relação criminal entre ficção e realidade. A trama decorrente do insuspeitado convívio entre hábito e acaso. A trapaça da memória cobrando velhas dívidas. Três relatos, escritos de forma envolvente e sensível, ocorridos em três cidades que, afinal, são a mesma, e em qualquer parte do planeta. + AMAZON

3. O fim do mundo é ali (coletânea de contos)

O fim do mundo é ali reúne mais de quarenta contos que espelham a verve e a compreensão de um dos maiores artistas brasileiros – Chico Anysio. Seja na televisão, no teatro, no rádio ou na literatura, suas histórias são sempre marcadas pela caracterização perfeita de personagens. Em seus contos, Chico desliza entre clichês bem empregados e grand finales arrebatadores, criando uma quase cumplicidade com o leitor. No entanto se engana quem pensa que o humor é a marca principal de sua narrativa, Chico presenteia os leitores com uma prosa abrangente que reflete uma sensibili-dade ímpar na arte de reproduzir a genuína brasilidade de sua gente. + AMAZON

4. Chico Anysio em salão de sinuca 

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5. Chico Anysio (uma biografia)

Um dos humoristas mais prestigiados do Brasil, Chico Anysio foi ator, comentarista, compositor, diretor de cinema, escritor, pintor, radialista e roteirista, tornando-se conhecido pela capacidade que tinha de criar inúmeros quadros e programas humorísticos, além dos seus tipos e personagens memoráveis, na Rede Globo, onde trabalhou por mais de 40 anos ao lado de personalidades como Paulo Gracindo, Grande Otelo, Costinha e Jô Soares. + AMAZON

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