Viver de Literatura: sonho e meta!

A literatura, assim como todas as formas de arte, é uma força que escapa. Ou seja: por mais que você tente definí-la, enquadrá-la, controlá-la é impossível porque quando falamos de literatura, falamos de conexão profunda com o nosso eu e o mundo.

Essa ideia de que a literatura é uma força que escapa não é minha, é do escritor Émile Zola. Ele comentou isso relacionando com os motivos que levam os poderosos (a política, o mercado etc) a não gostarem dos livros. Concordo plenamente com ele e, por isso, inicio esse artigo assim.

Ser uma pessoa completa: trabalhar, ter uma casa, comida, encontrar um amor, ter os pequenos prazeres da vida e dinheiro, hoje em dia, parece cada vez mais distante para muitas pessoas. Porque, de repente, somos engolidos por coisas que também nos escapam, mas não é a arte: é a desmotivação, o desconforto perante a vida, a ansiedade, a depressão. Eu falo por mim, de minha própria experiência, mas também por tanta gente que está comigo nesse barco meio perdido rumo a não sei o quê.

Mas eu tenho a literatura. Eu tenho os livros. Eu tenho a arte. São essas três fontes que procuro beber um pouco todo dia que me deixam ver saída no desconforto, na desmotivação, na ansiedade e na depressão também.

Por isso, e nunca poderia ter sido diferente, tomo uma decisão por minha qualidade de vida e por respeito à minha mente, a quem eu sou: vou viver de literatura!

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Pretendo fazer isso amarrando outras coisas que gosto e tenho experiência: comunicar na internet, escrever textos, gravar e editar vídeos, realizar clubes de leitura. Falar para todo mundo que a literatura salva, a arte salva!

E não é de hoje que estou fazendo isso. Sou do time que diz “quando cheguei aqui tudo era mato”. Já são mais de 10 anos tendo como hobbie o projeto “Livro&Café”, que começou lá atrás como um blog, depois veio o canal no YouTube, o Instagram e agora tenho até o TikTok. E tudo porque realmente eu acredito que falar de literatura é uma forma de resistência a toda linguagem violenta que a internet proporciona. Vai ofender alguém? Toma aqui um poema!

Sou romântica até o fim. Você já pode ter percebido, mas se assim não for, perco o tijolo que sustenta meu corpo inteiro. Isso não é uma ideia minha, é de Clarice Lispector. Ela fala que não sabemos qual parte de nós, se arrancada, faz desmoronar tudo. Eu descobri a minha: sem a leitura, sem ter tudo que um livro me proporciona viro um caquinho no canto da sala. Não quero mais ser esse caquinho.

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E aí você pensa: mas essa moça está escrevendo um artigo sobre isso aqui no Linkedin?

Sim, estou. Porque nesse percurso fiquei algumas semanas por aqui procurando um trabalho e nada encontrei. Escrevi para algumas empresas que posso ser uma excelente redatora, uma excelente corretora, mas não obtive retorno. E, claro, também me deparei com aquelas “vagas arrombadas”. Me diverti, mas também me frustrei.

Sou uma profissional das Letras. Eu escrevo de tudo. Eu leio de tudo e vou atrás de dominar a linguagem à minha maneira. Escrever é colocar as palavras nas costas do ritmo, disse Virginia Woolf. E viver? A gente entrega o ritmo para outras pessoas ou dominamos o ritmo de nós mesmo?

Por fim, se você acredita na beleza de espalhar literatura pelo mundo, te convido a fazer parte dos apoiadores do projeto Livro&Café. Vou adorar te receber por lá.

Um viva aos sonhos que viram metas.


–> Texto publicado pela primeira vez no Linkedin

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