De repente, nas Profundezas do Bosque conta de uma vila em que simplesmente todos os animais sumiram da noite para o dia. Todos, só restaram solitariamente os seres humanos. Na história, os animais existiram há tanto tempo que estão virando lendas.

    A princípio, temos a professora Emmanuelle contando para os seus alunos sobre os animais, algumas crianças acham que é tudo fantasia e não levam a sério o que a professora diz. Já outra criança, resolve certo dia, entrar no bosque em busca de animais.

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    A sociedade em que eles vivem é tão triste e cinzenta (palavras do autor), uma vida sem animais e cheia de descrenças, alguns acreditam e lembram dos seus cachorros e gatos muito bem, porém, não tem como provar.

    Assim, aos poucos a história vai se mostrando como uma grande fábula que serve para mostrar a crueldade do ser humano e até algo místico que pode existir atrás de todo aquela situação.

    Entretanto, junto com essa história adorável, está a escrita encantadora de Amós Oz, suas descrições dos sentimentos que englobam aquela vila é algo lindo, o tempo todo ele usa as palavras de uma forma tão bonita que suaviza muito algumas situações. Sua escrita me lembrou um pouco da escrita do Mia Couto, ambos contam boas histórias, mas isso não basta. É preciso contá-las com as melhores palavras possíveis.

    Por fim, a história é cheia de alegorias e simbolismos e por mais que eu tenha adorado o final, gostei tanto da ideia de uma sociedade sem animais que fiquei com gostinho de quero mais pela história, e sem dúvida com gostinho de quero mais pela escrita de Amós Oz.

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