post atualizado em 10/11/2025
O medo é um espelho — e cada leitor enxerga algo diferente nele.
Entre fantasmas, rituais, demônios e abismos da mente humana, a literatura de terror continua sendo uma das formas mais criativas de compreender o que nos assombra. Nesta lista, você vai encontrar 40 livros assustadores de todos os tempos, que vão do terror clássico gótico ao psicológico e distópico, passando por histórias baseadas em fatos reais.
Alguns fazem tremer as mãos; outros apenas deixam um silêncio depois da última página.
A lista não repete autores e está organizada por subgêneros de medo: para que você escolha qual tipo de susto prefere encarar primeiro.
Terror sobrenatural e casas mal-assombradas
1. A Coisa (It), Stephen King
Durante as férias em Derry, um grupo de amigos descobre que uma entidade toma forma dos medos mais profundos das crianças. Décadas depois, o mal retorna — e eles também.
Por que assusta: King transforma a infância em um campo de batalha emocional, onde a perda da inocência é o verdadeiro terror.

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2. O exorcista, William Peter Blatty
Inspirado em um caso real, o livro conta a possessão de uma menina e o confronto entre ciência e fé. Entre padres céticos e demônios eloquentes, a fronteira entre corpo e alma se rompe.
Por que assusta: o mal é literal, mas o horror maior é a dúvida: e se for verdade?

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3. A Casa do inferno, Richard Matheson
Uma equipe de pesquisadores tenta provar a existência de vida após a morte dentro da mansão Belasco — conhecida como o “Monte Everest” das casas mal-assombradas.

Por que assusta: a casa reage aos visitantes como um organismo vivo. É uma presença que pensa, sente e devolve o olhar.
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4. A assombração na casa da colina, Shirley Jackson
Eleanor aceita participar de um experimento paranormal em Hill House, mas o que acontece ali desafia qualquer explicação. A casa é um espelho da mente — ou talvez o contrário.
Por que assusta: a autora transforma paredes e ruídos em metáforas do isolamento humano. Nada é visto, mas tudo é sentido.
Tipo de terror: casa mal-assombrada, psicológico.
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LEIA A RESENHA: A assombração da Casa da Colina (Shirley Jackson): sobre a construção da insanidade, da loucura
5. Casas Estranhas (Vol. 1) — Uketsu (2025)
Fenômeno no Japão, o livro narra histórias em que a arquitetura abriga o inexplicável. Um casal à procura da casa perfeita descobre um cômodo misterioso — e, a partir daí, o horror se multiplica: portas duplas, corredores sem fim, quartos que parecem mudar de forma.

Por que assusta: Uketsu transforma o lar, espaço de segurança, em território de paranoia e desconfiança. O terror vem daquilo que é familiar demais.
Tipo de terror: sobrenatural, urbano, japonês contemporâneo.
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6. Dracula, Bram Stoker
O jovem advogado Jonathan Harker viaja à Transilvânia para concluir um negócio com o conde Drácula. O que encontra é o nascimento do medo moderno — o medo da contaminação, do desejo e da morte.

Por que assusta: Drácula é a soma de todos os terrores: o estrangeiro, o sensual, o eterno.
Tipo de terror: gótico, sobrenatural.
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Se Drácula ergueu o castelo do vampirismo literário, Anne Rice abriu suas janelas. Em Entrevista com o Vampiro, o monstro ganha consciência. E com ela, angústia:
7. Entrevista com o Vampiro — Anne Rice (1976)
Traduzido por Clarice Lispector, o clássico contemporâneo transforma o mito do vampiro em um espelho da dor e da solidão humanas. Louis, o narrador, conta ao jornalista como foi transformado por Lestat, um ser fascinante e cruel.

Por que assusta: Rice abandona o terror puramente físico e mergulha no dilema moral da imortalidade — viver para sempre é o castigo mais sombrio.
Tipo de terror: gótico moderno, existencial, erótico.
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8. O Bebê de Rosemary — Ira Levin (1967)
Recém-casada e grávida, Rosemary desconfia que seus vizinhos estão envolvidos em algo sombrio. A suspeita se mistura à manipulação e à solidão — até que o pesadelo se confirma.

Por que assusta: Levin cria uma narrativa onde o corpo feminino é campo de horror e vulnerabilidade.
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Há terrores que vêm de fora — vozes no escuro, passos no corredor, sombras no teto.
Mas há outros que crescem em silêncio, dentro da mente.
É hora de atravessar essa porta…
Terror psicológico e o mal dentro de nós
O horror muda de forma. Sai das paredes e passa a habitar o pensamento. Aqui, o monstro não tem nome, pois ele veste a nossa face.
9. Menina má (William March)
Rhoda é o retrato da perfeição infantil até que uma morte revela o que há por trás de seu sorriso….
Por que assusta: o mal não precisa de motivo; basta nascer. March transforma o arquétipo da inocência em ameaça pura.
Tipo de terror: psicológico, natureza humana.
Leia a resenha do livro ou veja o vídeo abaixo:
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10. Frankenstein — Mary Shelley (1818)
Victor Frankenstein desafia a natureza ao criar vida artificial. Sua criatura, rejeitada e sozinha, se volta contra o criador — e o terror nasce da responsabilidade negada.
Por que assusta: Shelley antecipa dilemas da ciência moderna e revela que o verdadeiro horror está na rejeição e no abandono.
Tipo de terror: psicológico, filosófico, gótico.
RESENHA: Frankenstein (Mary Shelley): um livro que ainda surpreende
11. Os Melhores Contos de H. P. Lovecraft — H. P. Lovecraft (1908–1935)
Seres antigos, deuses esquecidos e realidades incompreensíveis compõem o universo de Lovecraft. Aqui, o medo não tem rosto: é o vazio cósmico e a insignificância humana diante do infinito.
Por que assusta: porque o horror maior é perceber que o universo é indiferente a nós.
Tipo de terror: cósmico, existencial.

LEIA a resenha: A fera na caverna (H.P. Lovecraft): um conto sobre o escuro
12. O Jardim de Cimento — Ian McEwan (1978)
Quatro irmãos isolados após a morte dos pais recriam um lar doentio, onde a inocência se dissolve. Entre o silêncio e o incesto, o leitor testemunha a ruína da moral.
Por que assusta: o horror é ético, pois surge quando a humanidade se apaga e restam apenas instintos.

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Leia a resenha do livro “O jardim de cimento”
13. Precisamos Falar Sobre o Kevin, de Lionel Shriver (2003)
Eva escreve cartas ao ex-marido tentando entender o que levou o filho a cometer um massacre escolar. O terror está na dúvida: o mal é herdado, aprendido ou inevitável?

Por que assusta: Shriver transforma o instinto materno em um campo de culpa e desespero.
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14. O Processo — Franz Kafka (1925)
Josef K. é preso sem motivo e julgado por uma lei que não entende. A cada tentativa de compreender, o labirinto cresce. Leia a resenha aqui
Por que assusta: Kafka revela o terror da burocracia e da impotência humana diante de sistemas invisíveis.
Tipo de terror: existencial, filosófico.

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15. A Outra Volta do Parafuso — Henry James (1898)
Uma governanta acredita que as crianças sob seus cuidados estão possuídas por espíritos. Mas ninguém mais vê o que ela vê.

Por que assusta: o leitor nunca sabe se há fantasmas ou loucura — e é exatamente isso que o prende.
Tipo de terror: psicológico, ambíguo.
16. O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman (1892)
Confinada por um tratamento médico, uma mulher passa a enxergar figuras se movendo atrás do papel de parede de seu quarto.
Por que assusta: metáfora da opressão feminina e da mente que se fragmenta sob o controle patriarcal.
Tipo de terror: psicológico, feminista.
O papel de parede amarelo, um conto de Charlotte Perkins Gilman, quando publicado em 1892, já causou um certo desconforto por sua essência feminista, mas também foi visto apenas como uma história de terror. Hoje em dia, é reconhecido como um dos pioneiros no campo da Literatura Feminista Americana, pois aborda a violência psicológica e social contra a mulher que, infelizmente, ainda se faz presente. LEIA A RESENHA COMPLETA AQUI | COMPRE O LIVRO NA AMAZON
Veja só, caro leitor, nem sempre há sangue, nem monstros. Às vezes, basta o espelho.
O terror psicológico não grita; ele sussurra. E, quando o silêncio chega, é tarde demais…
Distopias, controle e medo social
17. O Conto da Aia, de Margaret Atwood
Uma realidade terrível, mas o ser humano é capaz de se adaptar a tudo. Com essa história, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente… COMPRE NA AMAZON
Em Gilead, as mulheres férteis são escravas reprodutivas. Offred luta para preservar lembranças de uma vida anterior.
Por que assusta: o corpo feminino é colonizado pelo Estado; o terror nasce da obediência.
Tipo de terror: distopia feminista, psicológico.
18. 1984, George Orwell

Winston Smith vive sob um regime em que cada gesto é vigiado. A história é uma denúncia da manipulação, da mentira institucional e do controle totalitário.
Por que assusta: porque o pesadelo de Orwell continua atual. E talvez nunca tenha sido apenas ficção.
Tipo de terror: distopia política, psicológico.
19. Fahrenheit 451 — Ray Bradbury (1953)
Em um mundo onde ler é crime, os bombeiros queimam livros. Guy Montag começa a questionar o próprio papel enquanto o fogo consome as palavras.
Por que assusta: é o terror da ignorância institucionalizada — um futuro em que pensar é perigoso.
Tipo de terror: distopia literária, sociopolítico.

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LEIA A RESENHA: Fahrenheit 451 (Ray Bradbury): ler é o maior ato de rebeldia
20. Meridiano de Sangue — Cormac McCarthy (1985)
Inspirado em fatos reais, o romance segue um grupo de caçadores de escalpos pelo Velho Oeste. A paisagem é árida, mas o horror é humano.

Por que assusta: McCarthy descreve a violência como uma força natural — inevitável, bela e cruel.
Tipo de terror: existencial, histórico.
21. A Sangue Frio — Truman Capote (1966)
Ao narrar o assassinato de uma família no Kansas, Capote inaugura o “romance-reportagem”. Nada é inventado e justamente por isso é tão aterrador.
Por que assusta: porque o mal aqui tem CPF. O horror é documental.

Tipo de terror: realista, crime verdadeiro.
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22. Bom Dia, Verônica — Andrea Killmore (2016)
A investigadora Verônica Torres mergulha em dois casos — um de corrupção policial e outro de feminicídio — descobrindo um submundo onde o mal é sistêmico.

Por que assusta: por revelar que o terror pode morar no cotidiano das mulheres.
Tipo de terror: thriller psicológico, social.
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23. Kindred – Laços de Sangue — Octavia E. Butler (1979)
Dana, uma mulher negra do século XX, é transportada repetidamente para o período escravocrata americano. Cada retorno é mais perigoso que o anterior.

Por que assusta: porque viajar no tempo não a salva — apenas a confronta com a memória do sofrimento racial.
Tipo de terror: distopia histórica, ficção especulativa. LEIA A RESENHA
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24. O Senhor das Moscas, de William Golding (1954)
Meninos isolados em uma ilha tentam criar uma nova sociedade. O resultado é barbárie pura.

Por que assusta: Golding mostra que a civilização é uma camada fina demais — e rasga fácil.
Tipo de terror: alegórico, psicológico.
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25. Johnny Vai à Guerra, por Dalton Trumbo (1939)
Um soldado acorda após a guerra sem braços, pernas, rosto ou voz — mas consciente. Preso em seu próprio corpo, ele pensa. E isso basta para o horror.

Por que assusta: é o grito silencioso de um homem transformado em relíquia viva da violência.
Tipo de terror: antiguerra, existencial.
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26. Gog Magog, de Patrícia Melo (2020)
Um professor exaurido pela violência escolar e pela corrupção encontra o caos que há na rotina. Entre o real e o delírio, o Brasil vira cenário de pesadelo.

Por que assusta: Melo transforma a notícia em ficção de terror social e ninguém sai ileso.
Tipo de terror: realista, urbano.
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Góticos e terror literário
São livros onde a beleza e o horror andam de mãos dadas. Ambientes decadentes, personagens atormentados e a estética sombria que transformou o medo em arte.
27. A Tristeza Extraordinária do Leopardo-das-Neves — Joca Reiners Terron (2013)
Duas histórias se cruzam em um bairro tomado por casarões assombrados e seitas secretas. Entre o real e o delírio, o terror brasileiro ganha textura poética.

Por que assusta: Terron une lirismo e violência, fazendo o leitor duvidar da própria realidade.
Tipo de terror: gótico contemporâneo, realismo fantástico.
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28. Dia de Matar Porco, de Charles Kiefer (2010)
Um homem à beira da morte é visitado por memórias e fantasmas de sua infância rural. O passado o persegue, como uma praga.
Por que assusta: o terror surge da culpa, da herança familiar e do tempo que não se apaga.

Tipo de terror: gótico regional, psicológico.
29. Livros de Sangue — Clive Barker (1984)
Barker inaugura uma nova era do terror com contos que misturam erotismo, morte e grotesco. O horror é físico, mas também metafísico.
Por que assusta: cada história revela que o corpo é o palco final do medo.

Tipo de terror: gótico contemporâneo, visceral.
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30. Uma Agulha para o Diabo – Ruth Rendell (1976)
Vários contos unem mistério e crime, em atmosferas que vão de vilarejos sombrios a cemitérios esquecidos.

Por que assusta: Rendell é mestre em explorar a banalidade do mal — aquele que se esconde em vidas comuns.
Tipo de terror: gótico moderno, psicológico.
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31. Histórias Extraordinárias (Edgar allan Poe)
Esta edição reúne dezoito contos essenciais do mestre do suspense e do mistério — entre eles A Queda da Casa de Usher, O Gato Preto, O Poço e o Pêndulo e O Homem da Multidão. A tradução e seleção de José Paulo Paes revelam o estilo hipnótico e a precisão mórbida de Poe, reverenciado por nomes como Baudelaire, Borges e Cortázar.

Por que assusta: Poe não apenas descreve o medo — ele o estrutura. Seus contos criam uma tensão entre o racional e o abismo, onde o leitor se torna cúmplice do horror.
Tipo de terror: gótico, psicológico, sobrenatural.
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32. O Vale Assombrado e Outras Histórias Estranhas — Ambrose Bierce
O autor é considerado herdeiro de Edgar Allan Poe e precursor de Lovecraft. O livro reúne 21 contos que transitam entre a morte, a loucura e o inexplicável. Mortes misteriosas, fantasmas e lapsos no tempo compõem narrativas em que o medo e o riso se misturam.
Por que assusta: Bierce faz do absurdo uma forma de lucidez. Seus contos revelam que o terror pode nascer do intelecto — e que a ironia é a máscara da loucura.
Tipo de terror: gótico americano, fantástico, psicológico.
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Terror brasileiro e folclórico
33. Noite na Taverna — Álvares de Azevedo (1855)
Cinco jovens contam histórias mórbidas em uma taverna. Necrofilia, traição e loucura se misturam ao estilo romântico ultrarromântico.
Por que assusta: Azevedo revela o lado noturno da alma brasileira — e antecipa o decadentismo.

Tipo de terror: gótico nacional, romântico.
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O gótico é o terror que se recusa a morrer.
Entre túmulos, espelhos e velas acesas, ele nos lembra de que o medo também pode ser belo, pois há poesia na escuridão.
Quando o medo fala português, ele soa mais próximo. É o terror das crenças, das avós, das ruas e das memórias que insistem em voltar.
34. A Dança dos Ossos — Bernardo Guimarães (1871)
Em um conto folclórico e sombrio, o autor de A Escrava Isaura mergulha no sobrenatural rural, onde lendas e assombrações se confundem com o cotidiano.

Por que assusta: o terror vem do Brasil profundo, onde o sagrado e o profano ainda dividem o mesmo altar.
Tipo de terror: gótico folclórico, lenda popular.
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35. Inventário de Predadores Domésticos, de Verena Cavalcante (2021)
Nesta coletânea de contos, Verena Cavalcante transforma o banal em ameaça. Com linguagem poética e brutal, ela cria um bestiário humano: assassinos, memórias e silêncios que rondam as casas e as infâncias. Cada história é um espelho rachado das nossas violências cotidianas.
Por que assusta: porque não há monstros — apenas pessoas comuns, presas a seus próprios instintos. O terror é íntimo, e por isso é inescapável.

Tipo de terror: psicológico, urbano, folclore moderno.
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36. A Vovó Chamou o Diabo para a Ceia — Juliana Daglio (2020)
Uma família se reúne para cumprir o último desejo da matriarca: assistir a um vídeo com suas palavras finais. O que parece uma despedida se transforma em ritual de horror.

Por que assusta: Daglio une humor macabro e crítica familiar — o terror nasce da intimidade.
Tipo de terror: realista, sobrenatural.
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37. A Bruxa do Olho de Vidro — Maud Epascolato (2022)
Três crianças curiosas exploram uma casa abandonada e descobrem segredos que a cidade tentou esquecer.
Por que assusta: a autora transforma o mistério em rito de passagem — e lembra que o medo também é aprendizado.
Tipo de terror: infantojuvenil, mistério sobrenatural.
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38. Os Sete — André Vianco (1999)
Uma caravela portuguesa naufragada guarda sete vampiros adormecidos. Quando são despertos, o Brasil contemporâneo conhece um terror ancestral.

Por que assusta: Vianco traz o mito europeu para o litoral brasileiro e inaugura o terror nacional moderno.
Tipo de terror: vampírico, sobrenatural.
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39. Dores em Salva — Elimário Cardozo (2024)
Vencedor do Prêmio Jabuti 2025, o livro reúne doze contos em que a dor assume o protagonismo. Mulheres devoradas por vermes invisíveis, narradoras dementes, cheiros de terra molhada que anunciam a morte — o corpo é o palco onde o medo e o sofrimento dançam juntos.
Por que assusta: Cardozo transforma o desconforto em arte. O terror é sensorial e simbólico, e nasce do que o corpo sente quando a alma já não aguenta.
Tipo de terror: existencial, psicológico, realismo visceral.
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40. As Águas do Rio — G. G. Diniz (2019)
Um grupo de amigos passa férias às margens do Amazonas e descobre que certas forças da natureza não gostam de ser perturbadas.

Por que assusta: o terror ecológico encontra o folclore — e o rio se torna um personagem vivo.
Tipo de terror: fantástico, mitológico.
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Não se esqueça, leitor! O terror brasileiro é feito de carne, terra e memória.
Ele não precisa de castelos nem neblina, pois basta uma casa antiga, uma história mal contada de nossos bisavós e uma vela que insiste em apagar sozinha…
Por que lemos o que nos assusta
Os livros de terror não são apenas sustos encadernados. Eles revelam o que escondemos — nossos medos, culpas e desejos.
Ler essas obras é uma forma de se reconhecer no escuro, e talvez rir do próprio medo quando a luz se acende.
FAQ — perguntas frequentes sobre livros de terror
1. Quais são os melhores livros de terror para iniciantes?
Comece por Drácula, A Assombração da Casa da Colina e O Papel de Parede Amarelo. São histórias intensas, mas acessíveis.
2. O que é terror psicológico?
São livros em que o medo nasce do próprio pensamento, das culpas e delírios humanos — como O Jardim de Cimento e Precisamos Falar Sobre o Kevin.
3. Há livros brasileiros realmente assustadores?
Sim. Noite na Taverna, Os Sete e A Tristeza Extraordinária do Leopardo-das-Neves mostram que o medo também fala português.
4. Posso ler esses livros fora do Halloween?
Claro! O bom terror é atemporal. E, às vezes, o medo é justamente aquilo que nos desperta para a vida.
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