Quando comecei o livro As Vantagens de Ser Invisível, confesso: Não gostei. Com uma linguagem bem simples e em forma de cartas, não foi algo que me conquistou de primeira. Pois é, de primeira. E muitas vezes amores duradouros são aqueles que vão te conquistando aos poucos. E acho que foi isso que aconteceu comigo e Charlie.
Charlie manda suas cartas para o seu “Querido amigo” contando de como, depois de um suicídio de um de seus amigos, foi o seu ano na escola. Ele que já tinha passado pela morte de sua Tia Helen é uma pessoa bem sentimental e lida com isso no decorrer do livro.
O professor de Charlie, Bill faz com que ele leia muitos livros e assim trazendo MUITAS referências literárias como Naked Lunch e O Apanhador no Campo de Centeio.
(Aproveitando a deixa do O Apanhador no Campo de Centeio, podemos fazer um paralelo entre as duas histórias, ambas contendo protagonistas na mesma faixa etária de idade e que de certa forma tentam se descobrir. Então, acho muito possível se você gostou de um desses dois livros, vai gostar do outro).
A mudança motivadora
A vida de Charlie muda quando conhece Sam e Patrick, que lhe mostram um mundo novo, nesse em que ele pode se sentir “infinito”.
Percebemos que Charlie faz parte de uma família padrão. E como uma boa família padrão é cheia de “cenouras invisíveis”, coisas que a própria família tenta esconder e esquecer e que o Charlie nos conta com muito cuidado. Como sua irmã, cheia de problemas em relacionamentos.
O que faz com que “As Vantagens de Ser Invisível” seja um grande livro é que conforme vão passando as páginas percebemos que a forma de escrita vai melhorando, assim como Charlie vai amadurecendo e aprendendo. E o fator surpresa: Stephen Chbosky consegue nos fazer aproximar de Charlie, ele vai mostrando uma característica aqui, outra ali e quando você chega ao fim (eu, com lágrimas nos olhos) tudo que queria era poder dar um abraço em Charlie por tudo que ele passou.
Uma resposta
Nossa, se ele se equipara a O Apanhador, é porque deve ser excepcional mesmo.