Os primeiros registros do uso do fluxo de consciência ocorreram em 1888, por Édouard Dujardin, um escritor francês. Hoje em dia, James Joyce e Virginia Woolf são os escritores mais lembrado por utilizarem essa técnica. Mas, o que é o tal fluxo de consciência?
Há várias definições da técnica, mas antes de conhecê-las é importante definir o que é um fluxo mental: todos nós, a todo tempo, estamos em um estado de pensamento. E nossos pensamentos não são lineares e tampouco abordam um tema por vezes. O nosso pensamento é um fluxo poderoso de ideias, de compreensão, de lembranças, de dúvidas, de sensações e transferir tudo isso para a linguagem escrita é o grande trunfo do que chamamos de técnica do fluxo de consciência, que tem como objetivo registrar a os infinitos caminhos do pensamento.
Fluxo de consciência e monólogo interior
Alguns autores informam que o fluxo de consciência é também o monólogo interior. Entretanto, outros autores separam esses dois conceitos, pois apresentam diferenças significativas sobre esses dois estilos. O monólogo interior é uma camada da mente humana. Já o fluxo de consciência é como se fosse um mergulho mais profundo em diversas camadas, ao mesmo tempo, da mente humana.
Segundo Luiz Antonio de Assis Brasil, no livro “Escrever ficção”, p. 218, temos:
“(…) o que acontece no fluxo de consciência é uma radicalização do monólogo interior, que dá a ideia de que o leitor está dentro do puro ato de pensar do personagem, durante o qual as ideias vêm a mente de forma errante.”
Um exemplo:
Dicas de livros escritos em fluxo de consciência:
- Mrs. Dalloway – Virginia Woolf – Compre na Amazon
- Ulisses – James Joyce – Compre na Amazon
- As horas nuas – Lygia Fagundes Telles – Compre na Amazon