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#visibilidadebi: uma lista com 10 personagens bissexuais

Uma lista com personagens bissexuais para colaborar nas discussões sobre o tema, uma vez que a existência bi ainda é um assunto raro…

Setembro chegou e, com ele, além de textos e falas sobre saúde mental, temos uma crescente de debates sobre a importância da visibilidade de pessoas que sentem atração afetiva e/ou sexual por homens e mulheres – não entrarei na questão da identidade de gênero e da pansexualidade neste post por falta de estudo/referência. 

Assim, como mulher bissexual e colaboradora da revista, achei importante trazer para cá listas e discussões sobre a questão, uma vez que, por mais que os avanços sejam inegáveis, a existência bi ainda é assunto raro em posts ou obras sobre o universo queer. 

Então não, o B não é de biscoito, o B não é por putaria (mas pode ser e está tudo bem), o B não é por indecisão, o B não é uma fase. Bissexuais são pessoas, sou eu, é aquele personagem que todo mundo curte, mas também pode ser aquele que todo mundo odeia, é a protagonista, mas também pode ser o melhor amigo, é o cara misterioso que aparece pouco, mas também pode ser a narradora. Bissexuais existem e estão presentes em diversos elementos da cultura pop, até quando isso não é dito abertamente.

E, para começar os trabalhos da #visibilidadebi, separei dez livros onde – mesmo que sutilmente – personagens bi são introduzidos.

1. Me chame pelo seu nome, de André Aciman

Para iniciar nossa lista de personagens bissexuais, temos o livro que inspirou o filme dirigido por Luca Guadagnino, aclamado nos festivais de Berlim, Toronto, do Rio, no Sundance e um dos principais candidatos ao Oscar de 2018.

A casa onde Elio passa os verões é um verdadeiro paraíso na costa italiana, parada certa de amigos, vizinhos, artistas e intelectuais de todos os lugares. Filho de um importante professor universitário, o jovem está bastante acostumado à rotina de, a cada verão, hospedar por seis semanas na villa da família um novo escritor que, em troca da boa acolhida, ajuda seu pai com correspondências e papeladas. Uma cobiçada residência literária que já atraiu muitos nomes, mas nenhum deles como Oliver.

 2. Carry on, de Rainbow Rowell

Simon Snow é um bruxo que estuda numa escola de magia na Inglaterra. Profecias dizem que ele é o Escolhido. Você pode até estar pensando que já conhece uma história parecida. O que você não sabe é que Simon Snow é o pior escolhido que alguém já escolheu. Poderosíssimo, mas desastroso a ponto de não conseguir controlar sequer sua própria varinha, Simon está tendo um ano difícil na Escola de Magia de Watford. Seu mentor o evita, sua namorada termina com ele e uma entidade sinistra ronda por aí usando seu rosto. Para piorar, seu antagonista e colega de quarto, Baz, está desaparecido, provavelmente maquinando algum plano insano a fim de derrotá-lo. ”Carry on” é uma história de fantasma, de amor e de mistério. Tem todos os beijos e diálogos que se pode esperar de uma história de Rainbow Rowell, mas com muito, muito mais monstros.

3. Todos nós adorávamos caubóis, de Carol Bensimon

Cora e Julia não se falam há alguns anos. A intensa relação do tempo da faculdade acabou de uma maneira estranha, com a partida repentina de Julia para Montreal. Cora, pouco depois, matricula-se em um curso de moda em Paris. Em uma noite de inverno do hemisfério norte, as duas retomam contato e decidem se reencontrar em sua terra natal, o extremo sul do Brasil, para enfim realizarem uma viagem de carro há muito planejada. Nas colônias italianas da serra, na paisagem desolada do pampa, em uma cidade-fantasma no coração do Rio Grande do Sul, o convívio das duas garotas vai se enredando a seu passado em comum e seus conflitos particulares: enquanto Cora precisa lidar com o fato de que seu pai, casado com uma mulher muito mais jovem, vai ter um segundo filho, Julia anda às voltas com um ex-namorado americano e um trauma de infância. Todos nós adorávamos caubóis é uma road novel de um tipo peculiar; as personagens vagam como forasteiras na própria terra onde nasceram, tentando compreender sua identidade. Narrada pela bela e deslocada Cora, essa viagem ganha contornos de sarcasmo, pós-feminismo e drama. É uma jornada que acontece para frente e para trás, entre lembranças dos anos 1990, fragmentos da vida em Paris e a promessa de liberdade que as vastas paisagens do sul do país trazem. Um western cuja heroína usa botas Doc Martens.

4. Ninguém nasce herói, de Eric Novello

Chuvisco vive em um futuro onde o Brasil já não é mais um lugar seguro: o país está sob o comando do Escolhido, um líder religioso que dissemina o ódio contra as mais diversas minorias. Porém, o jovem e seus amigos estão dispostos a tentar mudar sua realidade – por mais difícil que seja. Afinal, ninguém nasce herói. Mas isso não nos impede de salvar o mundo de vez em quando.

Num futuro em que o Brasil é liderado por um fundamentalista religioso, o Escolhido, o simples ato de distribuir livros na rua é visto como rebeldia. Esse foi o jeito que Chuvisco encontrou para resistir e tentar mudar a sua realidade, um pouquinho que seja: ele e os amigos entregam exemplares proibidos pelo governo a quem passa pela praça Roosevelt, no centro de São Paulo, sempre atentos para o caso de algum policial aparecer.
Outro perigo que precisam enfrentar enquanto tentam viver sua juventude são as milícias urbanas, como a Guarda Branca: seus integrantes perseguem diversas minorias, incentivados pelo governo. É esse grupo que Chuvisco encontra espancando um garoto nos arredores da rua Augusta. A situação obriga o jovem a agir como um verdadeiro super-herói para tentar ajudá-lo ― e esse é só o começo. Aos poucos, Chuvisco percebe que terá de fazer mais do que apenas distribuir livros se quiser mudar seu futuro e o do país.

5. Um milhão de finais felizes, de Vitor Martins

Em quinto lugar na nossa lista de personagens bissexuais, temos a seguinte sinopse:

“Uma história divertida, sensível e esperançosa sobre o amor e o verdadeiro significado de família, que te fará entender por que o Vitor é um dos melhores autores atuais de YA.” – Iris Figueiredo, autora de Céu sem estrelas e Confissões on-line

Jonas não sabe muito bem o que fazer da vida. Entre suas leituras e ideias para livros anotadas em um caderninho de bolso, ele precisa dar conta de seus turnos no Rocket Café e ainda lidar com o conservadorismo de seus pais. Sua mãe alimenta a esperança de que ele volte a frequentar a igreja, e seu pai não faz muito por ele além de trazer problemas.

Mas é quando conhece Arthur, um belo garoto de barba ruiva, que Jonas passa a questionar por quanto tempo conseguirá viver sob as expectativas de seus pais, fingindo ser uma pessoa diferente de quem é de verdade. Buscando conforto em seus amigos (e na sua história sobre dois piratas bonitões que se parecem muito com ele e Arthur), Jonas entenderá o verdadeiro significado de família e amizade, e descobrirá o poder de uma boa história.

Para conhecer mais personagens bissexuais, veja: 30 livros incríveis com personagens LGBTQIA+

6. Henry & June, de Anais Nin

Em sexto lugar na nossa lista de personagens bissexuais, temos “tirado dos diários de Anaïs Nin (1903-1977), “Henry & June” é um relato íntimo do florescer sexual da autora. Cobre um só ano – dos últimos meses de 1931 ao final de 1932 – da vida de Anaïs Nin em Paris, período em que ela conheceu o escritor americano Henry Miller e sua bela mulher, June. Anaïs Nin apaixonou-se pela beleza de June e pela escrita de Miller; logo iniciou com eles um caso que a libertou sexual e moralmente, minou o seu casamento com o banqueiro Hugh Guiler (que ela chama de Hugo) e a levou à psicanálise. Considerado por muitos o melhor livro de Anaïs Nin, “Henry & June” foi publicado na década de 1980, após a morte da autora.”

7. Os homens que não amavam as mulheres, de Stieg Larsson

Vem da Suécia um dos maiores êxitos no gênero de mistério dos últimos anos: a série Millennium – da qual este romance, Os homens que não amavam as mulheres, é o primeiro volume.

Em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada – o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer. Ou ser morta. Pois Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou.
Quase quarenta anos depois, o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist para conduzir uma investigação particular. Mikael, que acabara de ser condenado por difamação contra o financista Wennerström, preocupa-se com a crise de credibilidade que atinge sua revista, a Millennium. Henrik lhe oferece proteção para a Millennium e provas contra Wennerström, se o jornalista consentir em investigar o assassinato de Harriet. Mikael descobre que suas inquirições não são bem-vindas pela família Vanger, e que muitos querem vê-lo pelas costas. De preferência, morto.
Com o auxílio de Lisbeth Salander, que conta com uma mente infatigável para a busca de dados – de preferência, os mais sórdidos -, ele logo percebe que a trilha de segredos e perversidades do clã industrial recua até muito antes do desaparecimento ou morte de Harriet. E segue até muito depois…. até um momento presente, desconfortavelmente presente.

8. Gossip Girl: as delícias da fofoca, de Cecily von Ziegesar

Em oitavo lugar na nossa lista de personagens bissexuais, temos Gossip Girl, que também serviu de inspiração para a premiada série de tv de Josh Schwartz e Stephanie Savage. 

Procurando por glamour, escândalos, fofocas e o que há de mais cool entre a juventude dourada da big apple? Uma espécie de Sex and the city teen, número um na lista dos mais vendidos do New York Times, a série Gossip Girl, criada pela escritora Cecily Von Ziegesar, é uma febre ao redor do mundo.

Com mais de um milhão de exemplares vendidos e milhares de fãs pelo mundo, Gossip girl se mantém atual entre os adolescentes, ganhando uma recente adaptação reboot da série clássica, com estreia para 2021 na HBO Max.

Gossip Girl – as delícias da fofoca é o primeiro volume desta saga provocante que revela os segredos dos adolescentes ricos, bonitos, chiques e cheios de problemas na Nova York contemporânea. Entre num universo de jovens lindos e fabulosos: onde ciúmes, traições e escandalos abalam a elite adolescente americana.

“”Bem-vindos a Nova York, onde eu e meus amigos moramos em apartamentos enormes e fabulosos, vestimos roupas fashion dos melhores estilistas e estudamos em exclusivas escolas particulares. Nós nem sempre somos as pessoas mais legais do mundo, mas compensamos no gosto e na aparência.””

9. Dois rios, de Tatiana Levy

Dois rios nasceu da paixão de Tatiana pelo mar e da vontade de inseri-lo em suas tramas, sempre baseadas em algo que toque sua vida. “Sou movida a impulso e emoção, e a minha literatura terá sempre isso”, revela a escritora. Para Tatiana, o mar pode levar para o mundo, para o desconhecido; mas também pode levar pessoas queridas, nos tirar de onde gostaríamos de estar. “Eu quis explorar essas duas facetas: numa parte o mar impulsiona; na outra, provoca a espera.” Quando morava na França, em 2007, ela resolveu passar o verão na Córsega, e se encantou com a ilha. No final daquele mesmo ano, foi para Dois Rios, Ilha Grande, um dos lugares mais bonitos que já viu. “Decidi escrever uma história que juntasse as duas ilhas”, conta. Assim nasceu o triângulo amoroso entre os irmãos gêmeos Joana e Antônio e a bela francesa de cabelos revoltos Marie-Ange. Joana, refém da culpa, dos laços rompidos com o irmão e do comportamento obsessivo da mãe, a encontra na praia de Copacabana; Antônio, fotógrafo internacional, sem porto certo, no lotado metrô de Paris. Essa mulher cruza seus caminhos e entra numa história cortada por uma perda do passado e um segredo contido nas ondas da Ilha Grande.

10. Estamos bem, de Nina LaCour

Para fechar nossa lista de personagens bissexuais, temos a seguinte sinopse: “Marin deixou tudo para trás. A casa de seu avô, o sol da Califórnia, o corpo de Mabel e o último verão agora são fantasmas que ela não quer revisitar. O retrato de uma história em que já não se reconhece mais. Ninguém nunca soube o motivo de sua partida.”

Conhece algum outro livro que traga personagens bissexuais? Então deixe um comentário para nós! Vamos dar visibilidade!

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