Patti Smith é uma artista que sempre comenta da importância dos livros em sua arte. Do punk-rock, da poesia, das composições, das fotografias etc, a mulher é uma grande referência para a arte em geral. E para a nossa felicidade, está disponível em diversos sites a lista de livros que Patti Smith recomenda para os fãs! Abaixo você encontra a lista completa com alguns destaques! 😉
Literatura Inglesa
1 As Ondas (1931), de Virginia Woolf
Um romance marcado por forte introspecção, sem argumento definido, sem conversa, sem ação. Ele é todo escrito como discurso direto de seis personagens – Bernard, Neville, Louis, Jinny, Susan, Rhoda – que falam das suas inquietações, seus sentimentos escondidos. O sol nasce e se põe e, em paralelo ao seu trajeto, nasce e se põe também a vida humana, a cada dia, a cada suspiro, a cada convicção jogada fora. + Amazon
Vale a pena ver o vídeo de Patti Smith lendo As Ondas!
Leia mais: Resenha do livro As Ondas (Virginia Woolf) escrita por Caio F. Abreu
2. Coração das trevas (1899), de Joseph Conrad
Obra-prima da literatura inglesa, o Coração das trevas se tornou também uma referência cultural sobre os horrores da colonização. A história de Marlow, capitão de um barco a vapor, em sua ida de encontro a Kurtz, um explorador de marfim de métodos questionáveis, que vivia entre os selvagens do Congo e precisava ser levado de volta à civilização. + Amazon
3. Coriolanus (1608), de William Shakespeare
Coriolano’ de 1608 ´é a última das dez tragédias que Shakespeare escreveu e podemos encontrar no conjunto de sua obra nada menos do que três peças diferentes que possam ser usadas como fontes ou pelo menos como referências dramáticas. + Amazon
4. Villette (1853), de Charlotte Bronte
“Villette” é, de muitas formas, um romance delicado e deliciosamente difícil. Tudo o que diz respeito à sua heroína, Lucy Snowe é encoberto por uma névoa de inacessibilidade e uma certa escuridão que sustenta a narrativa. Uma obra-prima de Charlotte Brontë. + Amazon
Outros livros de autores ingleses que Patti Smith recomenda:
- O príncipe feliz e outras histórias (1888), de Oscar Wilde
- Songs of innocence (1789), de William Blake
- Wittgenstein’s Poker (2001), de David Edmonds y John Eidinow
- Cain’s book (1960), de Alexander Trocchi
- À sombra do vulcão (1947), de Malcolm Lowry
- Ice (1967), de Anna Kavan
Literatura Alemã
O jogo das contas de vidro (1943), de Hermann Hesse
Romance futurista que se passa no século XXIII em Castália, comunidade mítica em que intelectuais se deleitam na prática de uma atividade lúdica complexa e requintada que define os valores da sociedade: o jogo das contas de vidro, ou o jogo de avelórios. O herói da história é José Servo, um virtuose desde a infância, com habilidades invejáveis no jogo, a ponto de tornar-se o Magister Ludi, a maior autoridade. + Amazon
Do mesmo autor, Patti Smith recomenda:
- A viagem ao oriente
A honra perdida de Katharina Blum (1974), de Heinrich Böll
Breve e extraordinariamente contundente, A honra perdida de Katharina Blum, trata dos mecanismos de difamação e violência psicológica a que estão submetidos cidadãos comuns mesmo em democracias estabelecidas como a Alemanha Ocidental dos anos 1970. Heinrich Böll (1917-1985), prêmio Nobel de Literatura de 1972 e dono de uma percepção crítica e impiedosa de seu tempo. + Amazon
Outros autores da Alemanha que Patti Smith recomenda:
- Vertigo (1990), de W. G. Sebald
- The arcade’s project (1935), de Walter Benjamin
Literatura Norte-Americana
Contra a interpretação (1969), de Susan Sontag
Foi o primeiro livro de ensaios de Susan Sontag e é hoje um clássico moderno. “Contra a Interpretação”, publicado pela primeira vez em 1966, e sempre sucessivamente reeditado, tem influenciado novas gerações de leitores em todo o mundo. + Amazon
Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira e Seymour, uma apresentação (1963), de J. D. Salinger
A primeira das duas histórias do livro gira em torno do casamento não-realizado de Seymour, que às vésperas da cerimônia pede para adiar a celebração, já que se sente animado demais para casar. A história se passa num dia muito quente de 1942, e se concentra praticamente em dois espaços, um carro, no qual Buddy fica preso com a madrinha da noiva e seu marido, uma tia da noiva e um senhor surdo-mudo, e no apartamento que Seymour e Buddy dividiam em Nova York antes de serem convocados para a Guerra. + Amazon
Do mesmo autor: Franny y Zooey (1961), de J. D. Salinger
A letra escarlate (1859), de Nathaniel Hawthorne
Durante o século XVII, na comunidade puritana de Massachusetts, nos Estados Unidos, o adultério era um crime punível com a morte. Entretanto, a jovem Hester Prynne recebe uma pena considerada leve pelos habitantes de sua cidade: ela é obrigada a levar a letra “A” de adúltera bordada em suas roupas pelo restante da vida, como marca de sua desonra. Publicado pela primeira vez em 1850, A letra escarlate permanece um retrato profundo e comovente das fraquezas e paixões humanas. + Amazon
Moby Dick (1851), de Herman Melville
Lançado em 1851, Moby Dick, de Herman Melville (1819-1891), se tornou um dos livros de aventura mais emblemáticos da literatura universal. A história do capitão Ahab, em busca de vingança contra o terrível cachalote que amputara sua perna, entrou definitivamente para a cultura popular, inspirando criações nas artes plásticas, no teatro, no cinema e na música. + Amazon
Do mesmo autor: Billy Budd (1924)
Contos de H. P. Lovecraft
Com enredos marcados pelo simbolismo e muitas vezes inspirado por seus constantes pesadelos, Lovecraft envolve o leitor em uma atmosfera tenebrosa, cujo desfecho é sempre surpreendente. Nessa coleção, reunimos alguns dos contos clássicos do autor em uma caixa feita especialmente para colecionadores e amantes do gênero. + Amazon
[Conto] O medo à espreita (H.P. Lovecraft): quando o sujeito é uma sensação
Da Geração Beat, Patti Smith recomenda:
- Big Sur (1962), de Jack Kerouac | Leia a resenha aqui
- The Wild boys (1971), de William Burroughs
- Howl and the others poem (1956), de Allen Ginsberg
Outras indicações de livros americanos por Patti Smith:
- O céu que nos protege (1949), de Paul Bowles
- The Divine Proportion, a Study in Mathematical Beauty (1970), de H. E. Huntley
Literatura Francesa
Uma temporada no inferno (1873), de Arthur Rimbaud
Esta seleção tem a eloquência de uma biografia, trazendo, evidentemente, a marca do filtro da família, responsável pela liberação de boa parte desta correspondência. Aqui estão os primeiros passos na vida literária, o acompanhamento da construção da sua pequena, porém monumental obra composta fundamentalmente por Uma temporada no inferno e Iluminações, encontraremos o seu tumultuado e violento relacionamento com Verlaine, a trajetória africana, o início da sua doença, os sacrifícios e, por fim, o relato patético e emocionado da irmã Isabelle, que o acompanhou na sua agonia, quando já em Marselha, com o corpo paralisado pela doença, veio a morrer aos 36 anos. + Amazon
Do mesmo autor: Iluminações (1886), de Arthur Rimbaud
A morte feliz (1971), de Albert Camus
Em A morte feliz, Albert Camus retrata a busca pela felicidade, assim como a aceitação, o entendimento e a consciência da morte. O autor acredita que, para conquistar a felicidade, é necessário ser independente, livre, mas também ter dinheiro; a pobreza é a condição que impede a vida feliz. Esta obra foi o trabalho precursor de seu livro mais famoso, O estrangeiro. + Amazon
Do mesmo autor: O primeiro homem (1994), de Albert Camus
Nadja (1928), de André Breton
Escrito em 1928, encena o encontro entre realidade e fantasia, característica desta vanguarda. Num local frequentado por prostitutas e cartomantes, o narrador mergulha na convivência efêmera e tumultuada com a personagem-título, em meio ao labirinto urbano parisiense. Nadja, uma encarnação contemporânea do enigma e do mito, representa o princípio de liberdade em forma feminina e uma porta para além da banalidade. + Amazon
Outras indicações francesas:
- The process (2014), de Brion Gysin
- No caminho de Swann (1913), de Marcel Proust
- The Women of Cairo V. 1 (1846), de Gérard de Nerval
- A Night of Serious Drinking (1938), de René Daumal
- Diário de um ladrão (1949), de Jean Genet
Literatura Russa
Leia também: 15 escritoras russas para conhecer
O mestre e a margarida (1967), de Mikhail Bulgakov
Espécie de Fausto russo, inspirado na obra de Goethe e na ópera homônima de Charles Gounod, O mestre e Margarida, de Mikhail Bulgákov, é considerado um dos grandes romances do século XX. Situado na Moscou dos anos 1930, o livro narra as peripécias de satã na cidade acompanhado de um séquito infernal, composto por um gato falante e fanfarrão, um intérprete trapaceiro, uma bela bruxa e um capanga assustador. + Amazon
Almas mortas (1842), de Nikolai Gogol
O livro traz a história de Tchítchikov, um especulador de São Petersburgo que viaja pelo interior da Rússia adquirindo dos nobres locais documentos de posse dos servos (ou “almas”) que já morreram, algo sem valor na província, mas papéis que poderiam dar a seu comprador um novo status diante da alta sociedade da capital. + Amazon
Outras literaturas que Patti Smith recomenda, mas não menos importantes:
Literatura Portuguesa: O livro do desassossego (1982), de Fernando Pessoa
Composto de centenas de fragmentos, dos quais Fernando Pessoa publicou apenas doze, o narrador principal deste livro é o semi-heterônimo Bernardo Soares. Oscilando entre temas como as variações de seu estado psíquico, a paixão, a moral e o conhecimento, o livro não apresenta uma narrativa linear… + Amazon
Outras literaturas:
- Nigeriana: The Palm-Wine Drinkard (1952), de Amos Tutuola
- Espanhola: Poeta em Nova York (1940), de Federico García Lorca
- Suíça: The Oblivion Seekers (2010), de Isabele Eberhardt
- Austríaca: A morte de Virgilio (1945), de Hermann Broch
Respostas de 2
ESSA CANTORA E COMPOSITORA TEM UMA VASTA CULTURA, VERDADEIRA BIBLIOTECA AMBULANTE.
Ela é incrível, não é mesmo Cláudia? Um grande exemplo de mulher e artista!