“A Dança dos Dragões” é o quinto livro da série “As Crônicas de Gelo e Fogo”, escrita por George R.R. Martin.
Neste volume, a história se desenrola em múltiplas frentes, focando principalmente nos eventos que ocorrem após a morte do rei Robert Baratheon e a subsequente luta pelo Trono de Ferro. Daenerys Targaryen governa a cidade de Meereen, tentando consolidar seu poder e lidar com a instabilidade política e as ameaças externas. Jon Snow, como Senhor Comandante da Patrulha da Noite, enfrenta desafios crescentes na Muralha, incluindo a ameaça dos Outros e a presença de Stannis Baratheon e seus seguidores.
Enquanto isso, Tyrion Lannister, após escapar de Porto Real, inicia uma jornada que o leva a conhecer novos aliados e inimigos. O continente de Westeros continua a ser um cenário de intrigas políticas, traições e batalhas sangrentas, à medida que várias facções lutam pelo controle do reino. “A Dança dos Dragões” é um livro repleto de reviravoltas, revelações e desenvolvimentos de personagens, mantendo os leitores ávidos por mais.
A essa altura do campeonato, acredito que não dê mais para falar apenas dos aspectos estéticos dos livros em detrimento da história. Esse post vai ter um cadinho mais de discussão sobre o rumo dos vários “pontos de vista” que habitam a série de George Martin.
Eu fui apenas sentir a estranheza da divisão geográfica feita entre os dois últimos livros, no final do livro cinco, quando os dois riachos desaguaram em um só. Mas por outro lado, pensei comigo mesmo: isso foi bom, Martin pode se dedicar com calma a cada um dos personagens e suas histórias (porque nunca houveram tantos personagens juntos em um único livro até o momento). Só que especificamente no livro cinco, senti que o autor se estendeu demais em alguns personagens (sim, eles nos eram conhecidos desde os primeiros livros, e são mais importantes) e encurtou a história de outros núcleos criados no livro quatro, alguns ficando até mesmo com um final vago. Senti que aconteceram arrastamentos incessantes em alguns casos para que o final desmerecesse todo esse trabalho. Claro que isso não se estende a todos personagens. Alguns foram belamente construídos em direção ao seu gran finale. Um exemplo é o de Jon Snow, que teve seu mandato como Comandante esmiuçado durante todo o livro; além das parciais reações de quem o observava; para que no final, a opinião da quase maioria se revelasse, com base em tudo aquilo que foram parcialmente guardando ou expressando no decorrer da liderança de Jon Snow. O que me remeteu muito à morte do último comandante, o que achei muito bem elaborado.
Mas o grande sentimento que prevaleceu ao fim do livro, quando percebi que grandes acontecimentos não estariam ali, é que ambos livros, quatro e cinco, foram um recomeço da história, uma nova preparação do terreno para o que está vindo, já que o autor meio que fechou alguns núcleos ao final do livro três e precisava criar novas intrigas para dar um novo fôlego à história.
Agora também estou tomando chá de cadeira com vocês até o livro seis.