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A fera na caverna (H.P. Lovecraft): um conto sobre o escuro

Um homem está perdido em uma caverna muito escura. E sabemos que a solidão, o perigo e a noite são elementos essenciais para a mente imaginar situações além da realidade. Dessa forma, o conto “A fera na caverna“, de H.P. Lovecraft é uma excelente narrativa de horror e mistério sobre o ser humano, seus medos e suas ações perante o desconhecido.

O local em que se passa a história realmente existe. É a caverna Mammoth, considerada a maior caverna do mundo, com mais de 600 Km já explorados. Hoje, o ponto turístico, conhecida está localizado em Kentucky, nos EUA.

Muitos visitantes relatam situações bizarras, como barulhos estranhos e aquele arrepio típico de uma situação que mistura medo e adrenalina.

O contexto de “A Fera na Caverna”

No caso do conto de H.P. Lovecraft, há um outro contexto bizarro e real também: um médico, em 1839, fez um tratamento experimental para tuberculose nos interiores da caverna. E claro que deu muito errado, porém, o médico imaginou que o “ar puro” da caverna faria bem aos tuberculosos. Um ano depois, o experimento foi finalizado, teve 5 mortes e os que permaneceram vivos, pioraram.

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A fera na caverna é um suspense psicológico

Um lugar muito escuro, um homem que se encontra sozinho na caverna e o desejo de reencontrar o grupo de visitantes a qual fazia parte, dão início ao suspense psicológico criado por H. P. Lovecraft. O personagem central, que também narra sua própria história, passa pela tão comum situação de, ao se perder, imaginar que o pior irá acontecer.

Com sua tocha quase no fim, os barulhos estranhos na caverna, a fome e a certeza de que nunca mais irá ver a luz do dia prendem o leitor justamente porque, mesmo nesse cenário tão desastroso, o homem faz alguma coisa. No entanto, a cada decisão dele, não sabemos mais o que é realidade ou imaginação.

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O clima de suspense

As longas digressões do personagem central colaboram para o clima de suspense, mesmo depois da tal “fera” aparecer e mudar o percurso do medo, tanto para o personagem quanto para o leitor. Afinal, sabemos que as boas histórias de suspense possuem alguns ingredientes especiais, como:

  • o medo que mora no próprio personagem central, apresentado de forma consistente;
  • o medo criado pela própria linguagem do autor que, ao escolher o ritmo e as palavras certas de sua narrativa, conduzem o leitor para o mesmo caminho da personagem.

Por fim, H.P. Lovecraft, em A fera na caverna, consegue explorar o medo de diversos ângulos e pontos de vista, incluindo uma surpreendente revelação ao final da história, que trará muitas perguntas e poucas respostas sobre quem era realmente a fera que estava na caverna.

O conto “A fera na caverna” está presente nos livros:

A editora L&Pm Pockets disponibilizou o conto aqui.

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