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15 frases do livro “Cartas de um diabo a seu aprendiz” (C.S. Lewis)

O autor C.S. Lewis dedicou o livros “Cartas de um diabo a seu aprendiz” para seu amigo J. R. R. Tolkien. Os dois autores cristãos, acabaram envolvendo suas obras com os ideias do catolicismo e esse livro também colabora para isso. Por outro lado, de forma irônica e astuta, C.S. Lewis faz uma certa inversão ao colocar o diabo em forma de professor. Confira 15 frases do livro que te deixaram, no mínimo, pensativo!

1.

“A melhor coisa, quando possível, é manter o paciente afastado da intenção séria de rezar. É divertido como os mortais sempre nos retratam como seres que colocam coisas em suas mentes; na realidade nosso maior feito é manter coisas fora.”

2.

O Inimigo quer os homens ocupados com o que fazem; nosso trabalho é mantê-los pensando no que lhes acontecerá.

3.

Todos os extremos devem ser encorajados. Assim que tornares o Mundo um fim, e a fé um meio, quase ganhaste teu homem, e faz muito pouca diferença que tipo de objetivo mundano ele estiver buscando. Desde que os encontros, panfletos, planos de ação, movimentos, causas e cruzadas tenham mais importância do que as orações, os sacramentos e a caridade, ele é nosso – e quanto mais ‘religioso’ (nestes termos) for, mais seguramente será nosso.

4.

Nós queremos gado que pode afinal se transformar em comida; o Inimigo quer servos que podem afinal tornar-se filhos. Nós queremos engolir. Ele quer dar. Nós somos vazios e queremos ser preenchidos; Ele é pleno e transborda. As orações oferecidas em estado de aridez são as que mais O agradam. Se a única coisa presente é a vontade de andar, Ele fica feliz até com os tropeços.

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5.

Seu paciente deve perceber logo que sua fé está em oposição direta às suposições sobre as quais toda conversa de seus amigos está baseada. Guardará silêncio quando deveria falar, e rirá quando deveria ficar quieto. Todos os mortais tendem a se tornar o que estão fingindo ser.

6.

O caminho mais seguro para o inferno é a via gradual – um suave declive, macio sob os pés, sem viradas súbitas, sem marcas de quilometragem, sem letreiros indicadores.

7.

Graça: nuvem asfixiante que impediu teu ataque ao paciente, é um fenômeno bem conhecido. É a arma mais bárbara do Inimigo. Alguns humanos são permanentemente cercados por isto. Quando são plenamente Dele, serão mais eles do que nunca. Quanto mais o seu paciente sentir sem agir, a longo prazo, menos será capaz de sentir.

8.

Os humanos vivem no tempo, mas nosso inimigo os destina à eternidade. O Presente é o ponto no qual o tempo se encontra com a eternidade. O Futuro é, entre todas as coisas, a menos parecida com a eternidade. 

9.

Todas as virtudes tornam-se menos pavorosas para nós assim que o homem tem consciência que as possui.

10.

Se um homem não pode ser curado do mal de frequentar a igreja, a melhor coisa depois disso é enviá-lo por toda a vizinhança em busca de uma igreja que lhe seja “apropriada”, até que ele se torne um provador de igrejas. Se o teu paciente não pode ser mantido fora da Igreja, deveria pelo menos estar violentamente ligado a algum partido dentro dela.

11.

O senso de posse deve sempre ser encorajado. Mesmo no jardim de infância, uma criança pode ser ensinada a pretender dizer por “meu ursinho de pelúcia “não o velho objeto de afeição pelo qual mantém relação especial (pois isto é o que o Inimigo os ensinará se não tomarmos cuidado), mas “o ursinho que posso fazer em pedaços quando eu quiser”. O tempo todo a piada é que o termo “meu” em seu pleno sentido possessivo não pode ser pronunciado por um ser humano em relação a nada. 

12.

Há coisas para os humanos fazerem durante todo o dia que não causam preocupação ao Inimigo: dormir, comer, lavar-se, beber, amar-se, jogar, rezar, trabalhar. Tudo tem de ser distorcido antes de ter alguma utilidade para nós.

13.

A falsa espiritualidade deve sempre ser encorajada.

14.

A prosperidade liga o homem ao mundo. Ele sente que “está encontrando o seu lugar no mundo”, enquanto que a verdade é que o mundo é que está encontrando seu lugar nele.

15.

A coragem não é apenas uma das virtudes, mas a forma de toda virtude em ponto de teste. Superstições, se não reconhecidas como tais, sempre podem ser despertadas. A questão é mantê-lo achando que tem algo – que não o Inimigo e a coragem que o Inimigo dá – em que se apoiar.

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