Bell Hooks é uma autora, ativista e intelectual feminista norte-americana, nascida em Hopkinsville, Kentucky, em 1952. Seu nome verdadeiro é Gloria Jean Watkins, mas ela adotou o pseudônimo “bell hooks” em homenagem à sua bisavó, que costumava escrever seu nome em letras minúsculas.
Bell Hooks é uma das vozes mais influentes do feminismo contemporâneo. Ela se formou na Universidade de Stanford e obteve seu doutorado em Literatura Inglesa na Universidade da Califórnia em Santa Cruz. Hooks é autora de mais de 30 livros que abordam temas como raça, gênero, classe e opressão.
Bell Hooks é conhecida por sua crítica ao feminismo mainstream, argumentando que ele é muitas vezes dominado por mulheres brancas de classe média e não consegue abordar as experiências de mulheres negras e outras minorias. Hooks enfatiza a importância de uma abordagem interseccional do feminismo, que leve em consideração as múltiplas formas de opressão que as mulheres enfrentam, incluindo a opressão baseada em raça, classe, sexualidade e outros fatores.
Ao longo de sua carreira, Bell Hooks tem sido uma voz importante no diálogo sobre questões de justiça social e igualdade, e seu trabalho tem inspirado muitas pessoas a se envolverem em movimentos de resistência e transformação social. Ela é uma defensora apaixonada da justiça social e da igualdade de gênero, e seu trabalho tem sido fundamental para fortalecer o feminismo como um movimento inclusivo e interseccional. Confira abaixo 5 livros de Bell Hooks que te farão ampliar os horizontes!
1. O feminismo é para todo mundo (Bell Hooks)
O feminismo é para todo mundo apresenta uma visão original sobre políticas feministas, direitos reprodutivos, beleza, luta de classes feminista, feminismo global, trabalho, raça e gênero e o fim da violência. Além disso, esclarece sobre temas como educação feminista para uma consciência crítica, masculinidade feminista, maternagem e paternagem feministas, casamento e companheirismo libertadores, política sexual feminista, lesbianidade e feminismo, amor feminista, espiritualidade feminista e o feminismo visionário. COMPRE NA AMAZON
2. E eu não sou uma mulher?: Mulheres negras e feminismo (Bell Hooks)
Sojourner Truth, mulher negra que havia sido escravizada e se tornou oradora depois de liberta em 1827, denunciou, em 1851, na Women’s Convention – no discurso que ficou conhecido como “Ain’t I a Woman” – que o ativismo de sufragistas e abolicionistas brancas e ricas excluía mulheres negras e pobres. A partir do discurso de Truth, que dá título ao livro, hooks discute o racismo e sexismo presentes no movimento pelos direitos civis e no feminista, desde o sufrágio até os anos 1970. COMPRE NA AMAZON
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3. Ensinando Pensamento Crítico: Sabedoria Prática
Ensinando pensamento crítico chega ao Brasil em uma parceria da Elefante com a ONG Ação Educativa, em uma época de retrocessos em todas as áreas, e não apenas no país; mas também em um momento em que setores da sociedade ― notadamente, o movimento negro ― reagem com força ao absurdo da violência cotidiana em todos os níveis de existência que, apesar dos discursos sobre igualdade, não deixa as pessoas negras respirarem. O livro trata de inúmeros temas, como descolonização, engajamento, integridade, colaboração, transmissão oral de conhecimento, imaginação, humor, conflito, espiritualidade, sexo e, é claro, raça, gênero e classe ― temas que marcam a obra de bell hooks de maneira transversal. COMPRE NA AMAZON
4. Tudo sobre o amor (Bell Hooks)
O que é o amor, afinal? Será esta uma pergunta tão subjetiva, tão opaca? para bell hooks, quando pulverizamos seu significado, ficamos cada vez mais distantes de entendê-lo. Neste livro, primeiro volume de sua Trilogia do Amor, a autora procura elucidar o que é, de fato, o amor, seja nas relações familiares, românticas e de amizade ou na vivência religiosa. Na contramão do pensamento corrente, que tantas vezes entende o amor como sinal de fraqueza e irracionalidade, bell hooks defende que o amoré mais do que um sentimento – é uma ação capaz de transformar o niilismo, a ganância e a obsessão pelo poder que dominam nossa cultura. É através da construção de uma ética amorosa que seremos capazes de edificar uma sociedade verdadeiramente igualitária, fundamentada na justiça e no compromisso com o bem-estar coletivo. COMPRE NA AMAZON
5. A Gente é da Hora: Homens Negros e Masculinidade
“A verdade de fato, que é um tabu quando verbalizada, é que nossa cultura não ama homens negros; eles não são amados por homens brancos, por mulheres brancas ou por mulheres negras, nem por meninas e meninos. Sobretudo, a maioria dos homens negros não se ama. Como eles poderiam amar a si mesmos e uns aos outros, como poderia se esperar que eles amassem cercados de tanta inveja, desejo, ódio? Homens negros na cultura do patriarcado supremacista branco capitalista imperialista são temidos, não amados. Obviamente, parte da lavagem cerebral que ocorre em uma cultura de dominação é a confusão entre temor e amor. Prosperando nos laços sadomasoquistas, as culturas de dominação fazem com que o desejo por aquele que é desprezado assuma a aparência de cuidado, de amor. Se os homens negros fossem amados, poderiam esperar mais do que uma vida trancafiada, enjaulada, confinada; eles poderiam se imaginar além da repressão.” COMPRE NA AMAZON
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