Este é o fim do Diário de Leitura Ao Farol e o que acontece em “O Tempo Passa” é difícil de explicar, como se fosse um quadro, é preciso ver! A sensação também é parecida a receber notícias inesperadas. São três delas que fazem do romance Ao Farol diferente de todos os outros livros de Virginia Woolf.

    A primeira parte, “A Janela”, é uma apresentação dos personagens, como se Virginia Woolf também fosse a Lily Briscoe, pintando o cenário da casa, revelando os personagens mais importantes para então, na segunda e terceira parte, mostrar como foi o futuro deles.

    Ao farol

    Destaco que o farol e aquela casa de veraneio são importantes para a história, pois somente o que está nesses cenários é contado para o leitor.

    Virginia traça três quadros, um da casa cheia, outro da cada vazia e mais um do farol, jogando luz, ora num ponto, ora em outro.

    As informações que recebi no final do romance permanecem ecoando em mim. Mais uma vez Virginia Woolf me deixa em estado de júbilo e também numa boa confusão mental. Pois tudo que escrevi neste diário é pouco comparado ao que senti durante a leitura, pois a obra dela é tão rica que chega a transbordar, como se as palavras fossem o mar que leva, para quem muito quiser ir, até o farol, que se revela um pote de mel e também um doce amargo a dizer que tudo na vida tem o tempo certo e que quando ele passa, o descompasso é tão grande que só resta começar de novo.

    Não seja rude, seja educado; não guarde mágoas, baixe a guarda. Está tudo lá, não como lição, mas como um quadro que revela as mais profundas desordens da vida.

    Eu li Ao Farol na edição da Editora Autêntica, com tradução de Tomaz Tadeu.

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