Com exceção dos livros obrigatórios da faculdade, eu começo a desconfiar que aquele clichê de “não escolher e ser escolhida” também funciona com livros. O que acontece é o seguinte: em média sempre tenho quatro livros para ler e a escolha de tais é algo totalmente inexplicável. Algumas vezes chego a ler a primeira página de cada um e na dúvida acabo lendo um outro livro, ou que comprei, ou que ganhei, ou que, num estalo eu disse “agora é esse”. Então, fica a pergunta: como acontece a escolha de um livro?

    A escolha de um livro e a arte

    E a surpresa acontece quando em determinado momento do livro (que no geral não tem ligação direta com o meu jeito de viver) eu aprendo algo sobre a minha vida e, detalhe importante: eu não leio autoajuda, eu leio romances modernos e algumas poesias. E o aprendizado vem como um presente lindo, embrulhado com papel sofisticado, com fita de cetim e todos os adornos e sensações causadas pelo presente sem data especial. É a vida respondendo o que você quer através da arte.

    Alguns podem dizer que é normal, afinal, a obra de arte está aí justamente para nos fazer aprender, e sentir, e amar. Mas não é para ficar realmente embasbacada quando a resposta para o que você quer está justamente num livro de ficção? Naquele livro que você resolveu ler porque gostou da capa? Achou o prefácio interessante? É do seu escritor preferido? Comprou numa promoção? Ganhou de uma pessoa especial?

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    A escolha de um livro e a realidade…

    Por fim, eu posso estar exagerando, mas são essas pequenas coisas do cotidiano que me permitem acreditar em algo além do nosso controle, mas que mora no nosso subconsciente que, sei lá como, faz da vida uma corrente de histórias que amarra a realidade e a arte. A minha realidade com a sua, as minhas diferenças com as diferenças do mundo, a minha vida e um livro.

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