Morte no Nilo (Agatha Christie): paixão, ameaças e morte

Publicado em 1937, Morte no Nilo é um dos livros mais incríveis de Agatha Christie, protagonizado por Hercule Poirot que, ao estar em férias, a bordo de um navio a caminho do Egito, se envolve numa história de paixão, ameaças e morte, o que coloca um fim em seu descanso, pois, como todos sabem, o detetive Poirot não consegue negar casos intrigantes.

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As personagens da trama

Há uma jovem milionária que está em lua de mel, uma moça amargurada pelo fim de seu relacionamento e um jovem simples casado com uma milionária. Sim, a milionária Linnet Ridgeway casou-se com o noivo da melhor amiga, a Srta. Jacqueline de Bellefort que, arrasada com o fim do seu relacionamento e a perda de sua melhor amiga, também está no navio, perseguindo o novo casal, para incomodar a felicidade deles.

Poirot, muito atento ao que acontece em sua volta, percebe a infelicidade dos três que, por motivos tão diferentes, estão angustiados. Mas é a partir de várias conversar com Jacqueline Bellefort que ele percebe que algo de ruim está para acontecer nesta história, uma vez que ela diz claramente que deseja ver o fim da felicidade de Linnet e de seu ex-noivo, Simon Doyle.

Linnet, além de despertar o interesse nas pessoas à bordo por conta de sua fortuna, ela é descrita como uma mulher muito linda e inteligente, o que acaba incomodando também algumas mulheres e homens. Ela, por ter herdado a fortuna da família, tinha como primeira opção casar-se com um homem tão milionário quanto ela, mas o que prevaleceu foi o seu desejo por Simon Doyle que, feliz ao lado de uma mulher tão incrível, demonstra uma certa devoção a ela.

Quem morre em “Morte no Nilo”?

Quem é morta nesta história de Agatha Christie é mesmo Linnet Rigeway e a pergunta que fica é sobre quem é o seu verdadeiro inimigo. A bordo, além da ex-amiga, estão homens interessados em sua fortuna, por conta de especulações financeiras. Há uma moça que vive resmungando pelos cantos e não se conforma com a perfeição de Linnet. Também encontramos um jovem que se diz rebelde, que condena a vida luxuosa. Vamos descobrir um homem que foi prejudicado por Linnet no passado e outros que, como sempre, acabam mentido por motivos diversos, dificultando assim o trabalho do detetive que, muito antes da história chegar ao final, revela saber a verdade da história, porém não diz:

“– Meu caro, é claro como água. Está um pouco turva, é verdade, pelas ondas que se faz em torno. Veja bem, em volta de uma pessoa como Linnet Doyle existe tanto ódio, ciúme, inveja e maldade. Parece um enxame de abelhas…
– Mas você acha que sabe? – perguntou Race, curioso. – Você não diria isto se não tivesse certeza. É claro que tenho minhas teorias, mas…
Poirot colocou a mão sobre o braço de Race.
– O senhor é formidável, mon colonel. Não diz: “Fale-me, conte-me sua teoria”, porque sabe perfeitamente que se pudesse eu já teria falado. Mas primeiro é preciso limpar as arestas.” (p. 193)

Um padrão nas obras de Agatha Christie

É um padrão das obras de Agatha Christie, primeiro apresenta-se alguns personagens e alguém é assassinado. Em seguida Poirot interroga todas as pessoas do lugar. Depois ele, engenhosamente, trava situações simples com os suspeitos, a fim de tirar alguma informação quando a pessoa está mais relaxada. Por fim, com pequenos detalhes que o leitor leu, mas que apenas Poirot interpretou da maneira correta, o assassinato é revelado em detalhes, de forma que ninguém duvida da verdade e todos aplaudem mais uma vez o grande detetive. No caso do livro Morte no Nilo, aplausos também a Agatha Christie que, somente depois do leitor descobrir a verdade, perceberá o quanto genial foi a autora.

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