Primavera das Mulheres: a síntese histórica para entender o feminismo e sua importância no mundo contemporâneo

“O feminismo nunca desapareceu, muito pelo contrário, avançou de forma rápida, sacudiu e transformou o mundo e, com ele, todas e todos os seus habitantes, feministas ou não”, afirma a assessora jurídica espanhola Pilar Pardo Rubio. Desde seu surgimento no final do século XIX, novas ondas de manifestações surgiram em direção à luta contra as agressões maritais, sexuais, assédio moral ou remuneração salarial igualitária.

Ao mesmo tempo, ser ativista continua sendo um perigo para as mulheres. É esse cenário sobre o qual a autora se debruçou para escrever Primavera das Mulheres, lançamento da Editora Cultrix, que responde a dezenas de questões atuais sobre o tema e mostra suas raízes históricas, as estratégias de luta, os conflitos e as contradições do movimento feminista.

São 100 questões respondidas, em linguagem clara e jornalística, com exemplos, dados e comparações. Das dúvidas mais comuns às mais modernas provocações, a autora joga luz sobre o tema mostrando o que já foi conquistado e o que ainda há para ser.

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Por que o feminismo nunca esteve na moda?

Existem homens feministas e mulheres machistas?;

Por que as feministas querem igualdade de direitos com os homens?;

Por que os homens são o primeiro sexo?;

Por que não aprendemos feminismo na escola se ele é tão importante?

Essas são algumas das perguntas respondidas por Pilar.

primavera das mulheres

Dessa forma, Primavera das Mulheres é notadamente um livro ativista, uma síntese de tudo que se conhece sobre o tema. Tem o poder de ensinar ao mesmo passo que quebra barreiras ainda erguidas por uma parcela da sociedade que teima em depreciar o poder da mulher ao desvalorizá-la.  

O livro se divide em nove eixos temáticos, que abordam, entre outros: Os segredos e mentiras sobre a igualdade; Conceitos-chave para entender o feminismo; O feminismo depois do voto e a suposta liberdade das mulheres; Feminismo em tempos de urgência: a importância da igualdade.

A autora trata os movimentos feministas mais marcantes no mundo como se fossem “ondas”. A primeira protagonizada pelas sufragistas e a mais recente, iniciada em 2012, cuja origem está no empoderamento feminino, no uso de seu corpo sem obedecer as regras impostas pelo patriarcado, contra o assédio sexual e violência contra a mulher e na diminuição do abismo de desigualdade generalizada que separa homens e mulheres.  Pilar apresenta as investidas das mulheres pela igualdade desde a Idade Média, o Iluminismo e Revolução Francesa, a Declaração da Independência dos Estados Unidos até os dias de hoje – destacando as décadas de 1960; 70 e 80 como importantes marcos do desenvolvimento do feminismo –  e a luta do movimento, na Europa, na América Latina e nos países islâmicos, entre outras localidades onde o movimento avança, apesar de cenários controversos.

Trechos e frases da obra:

“Ser feminista é um exercício de liberdade a partir do questionamento do que é próprio de cada sexo”

“O machismo é a ideologia que defende a superioridade dos homens sobre as mulheres. Para o machismo homens e mulheres diferentes, são desiguais, e, nessa relação, por menor que seja de poder, eles sempre terão mais que as mulheres e as dominarão.  O feminismo, além de luta pacífica contra a negação às mulheres de seu direito a ter direitos, é um campo de reflexão e debate aberto sobre a liberdade de ser homem ou mulher”.

Sobre a autora do livro Primavera das Mulheres:

PILAR PARDO RUBIO é assessora jurídica no Conselho de Educação da Comunidade de Madri, na Espanha, e especialista em transversalização jurídica da perspectiva de gênero. Ela colabora como professora e pesquisadora no curso de mestrado oficial Igualdade de Gênero, da Universidade Complutense de Madri. Participou de diversas pesquisas de gênero, tendo sido ainda vencedora do Prêmio de Inovação Científica e do Prêmio da Academia de Cinema. Também transversalizou material de formação para a Organização Internacional de Seguridade Social e, hoje, colabora com a Agência de Cooperação Espanhola em projetos jurídicos para a implementação de políticas de igualdade na República Dominicana, que resultaram em dois regulamentos aprovados pela Suprema Corte de Justiça e pela Junta Central Eleitoral, assim como na criação de uma Unidade de Igualdade de Gênero no Tribunal Superior Eleitoral desse país.

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