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15 livros da Editora Malê: a literatura afro-brasileira em toda sua diversidade

A editora Malê é uma importante representante da literatura afro-brasileira, que busca atuar de forma significativa na ampliação da diversidade no mercado editorial do Brasil. Fundada por Vagner Amaro e Francisco Jorge em agosto de 2015, no Rio de Janeiro, RJ, a Malê Editora e Produtora Cultural possui um catálogo extenso e seus livros podem ser encontrados em grandes e médias livrarias, lojas virtuais e eventos literários.

O principal foco da editora é a publicação de textos literários, como romances, contos, poesia e ensaios, escritos por autoras e autores negros brasileiros. Através dessa iniciativa, a Malê tem como objetivo aumentar a visibilidade desses escritores contemporâneos, ampliar o acesso às suas obras e contribuir para a desconstrução de ideias preconcebidas sobre os indivíduos negros no Brasil.

Editora Malê

A editora Malê é uma importante representante da literatura afro-brasileira, que busca atuar de forma significativa na ampliação da diversidade no mercado editorial do Brasil. Fundada por Vagner Amaro e Francisco Jorge em agosto de 2015, no Rio de Janeiro, RJ, a Malê Editora e Produtora Cultural possui um catálogo extenso e seus livros podem ser encontrados em grandes e médias livrarias, lojas virtuais e eventos literários.

Abaixo você encontra uma lista com 15 livros da editora Malê para serem lidos já!

Ficção

1. Insubmissas lágrimas de mulheres (Conceição Evaristo) | Editora Malê

Editora Malê

O elo fundido com técnica literária irrepreensível e grande força de sentimentos apresentado em “Insubmissas lágrimas de mulheres”, se revela um retrato de solidariedade e afeição feminina, por tocar no que é essencial, no que move, no que aproxima e une mulheres e, em espacial, mulheres negras. Os afetos, reflexões e deslocamentos que os contos de Insubmissas lágrimas de mulheres nos causam, são frutos que só a boa literatura, a que salva, pode nos trazer, reafirmando o lugar de destaque ocupado por Conceição Evaristo na literatura brasileira. + AMAZON

2. A lua na caixa d’água (Marcelo Moutinho)

Em “A lua na caixa d’água”, Marcelo Moutinho nos conta histórias de pai e filha, exalta o samba e o saber das ruas e lembra personagens como Dona Ivone Lara e Tia Maria do Jongo. Dedicada a Aldir Blanc, tema do texto que dá lhe título, a obra é também um tributo aos grandes mestres da crônica, como Paulo Mendes Campos, Rubem Braga e Clarice Lispector. “Como um adulto que não se adulterou, Moutinho escreve na encruzilhada em que o escritor encontra o menino de Madureira para que um conte ao outro, nas assombradas horas em que já não há mais o tempo linear, sobre aquilo que, de tão grande, só pode ser exprimível na miudeza de seus desacontecimentos: a vida”, afirma Luiz Antonio Simas na orelha do livro. + AMAZON

3. Uma temporada no inferno (Henrique Marques Samyn) | Editora Malê

Após a transferência dos internos do Hospício Nacional de Alienados, descobrem-se no prédio duas pilhas de anotações atribuídas a um paciente jamais identificado. A leitura dos fragmentos revela a história de um escritor que voluntariamente se internou no Hospício para seguir os passos de Lima Barreto, mas que conheceu um trágico destino ao tornar-se uma espécie de duplo do autor de Triste fim de Policarpo Quaresma. Romance em fragmentos, Uma temporada no inferno não apenas dialoga intensamente com a vida e a obra de Lima Barreto, como também reconstitui um período no qual os discursos e as práticas eugenistas faziam convergir o racismo e a violência manicomial. + AMAZON

4. Disritmia (Ronald Lincoln)

Disritmia é o livro de estreia de Ronald Lincoln que mistura invenção e a memória de sua vivência no subúrbio no Rio de Janeiro. Os 16 contos retratam anseios de personagens favelados. A passista que trabalha em casamentos, o cientista que volta no tempo para salvar um amigo do tráfico, a evangélica que reencontra o amor, o universitário que desenrola com a morte. Disritmia, assim como a vida do favelado, percorre caminhos rodeados de violência, desigualdade, preconceito, e, apesar de tudo, tem a bússola apontada para uma trilha de afeto. E o coração continua batendo. + AMAZON

5. Água de barrela – Eliana Alves Cruz | Editora Malê

As muitas mulheres negras presentes no romance Água de barrela, de Eliana Alves Cruz encontram no lavar, passar, enxaguar e quarar das roupas das patroas e sinhás brancas um modo de sobrevivência em quase trezentos anos de história, desde o Brasil na época da colônia até o início do século XX. O título do romance remete a esse procedimento utilizado por essas mulheres negras de diferentes gerações e que garantiu o sustento e a existência de seus filhos e netos em situações de exploração, miséria e escravidão. + AMAZON

6. Livro do avesso: O pensamento de Edite

Segundo romance de Elisa Lucinda, Livro do avesso, o pensamento de Edite é uma prosa poética deliciosa de ler. Faz rir, emociona e enternece. A personagem principal, Edite, narra a sua trajetória do desejo, seus afetos, amizades e amores com a liberdade de um contínuo fluxo de consciência. Desejo, movimento e escuta estão neste quase diário, de tão íntimo, nesta ficção de boas surpresas inventivas – que possibilitam uma leitura não linear do romance. + AMAZON

7. Úrsula – Maria Firmina dos Reis

Sinopse: “É com grande satisfação que a editora Malê traz a público esta edição do primeiro romance abolicionista escrito no Brasil, juntamente com uma edição de seu conto A escrava. Nesta edição, feita a partir do cotejo do fac-símile do original de 1859 com a 7ªedição do romance, procurou-se respeitar a pontuação original da autora, específica e que persiste ao longo de toda a sua narrativa. Desta forma, poucas correções foram feitas em notas, a fim de que a escrita da autora fosse preservada em suas características. A edição traz, ainda, como posfácio, o texto de Bárbara Simões, que situa a obra firminiana em seu tempo e levanta questões sobre sua ressonância no complexo circuito literário brasileiro.” + AMAZON

8. Clara dos anjos (Lima Barreto)

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Da sinopse: “Entre os textos de Lima, seu romance Clara dos Anjos é bastante significativo para pensar a potência de sua produção. Dessa forma, é interessante saudar e marcar a importância de ter uma nova edição da editora Malê. Lima morreu dia 1º de novembro de 1922, aos 41 anos deidade, no Rio de Janeiro. Outro ponto que merece destaque, ainda antes de qualquer leitura ou reflexão, é a atualidade das discussões de raça, de classe e de gênero propostas pelo escritor ainda no início do século XX, no acender das luzes da República, quando muitos escritores silenciaram tais temáticas. Clara dos Anjos tem muito do Brasil de agora, ainda paralisado em estruturas coloniais tão profundas, de forma que passado e presente constantemente se alinham nas mesmas temporalidades. Os corpos excluídos, violentados e tombados de ontem são os mesmos de hoje.” + AMAZON

9. Cartas a um homem negro que eu amei – Fabiane Albuquerque

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Ao falar por um tanto de mulheres negras, e não negras, Fabiane exerce o poder humano de nos ajudar a recusar a herança feminina do silêncio das gerações que nos antecederam. Nessa escrita sem anestesia, Fabiane Albuquerque “fala” sem controle. Sem medo. Com coragem. Um movimento difícil para quem foi constituída, como muitas, na condição de calar e fortalecer o poder dos tiranos. Ela cortou os lençóis que a amordaçavam e picou-os com a tesoura! + AMAZON

10. Encantaria: contos afrolésbicos – Jhô Ambrósia | Editora Malê

editora malê

O foco de Encantaria é um tema universal – a relação e suas chances de sobrevivência. Todas as referências concentram-se no mundo das emoções; as narrativas demostram uma concentração feroz no estado sentimental de cada mulher ignorando tudo que não alimenta este propósito. Normalmente, os temas de amor, emoção, o fazer amor e o prazer físico são bem visíveis na poesia e na prosa. O que nem sempre está disponível é a natureza intrínseca da relação em si. Demonstrações de afeto, muitas vezes homossexuais na essência, não são visualizadas como tal porque não há marcadores textuais visíveis e claros, referências diretas, ou nomeação clara da narradora ou da receptora de tal afeto. Não é o caso nestes escritos, pois as relações aqui são abertamente exibidas, coerentemente descritas e dispostas a enfatizar a ideia do tumulto interno, uma preferência que, juntamente com o local de produção, dá sentido à antologia literária das narrativas lésbicas e encaminha seu valor ainda mais longe em termos de uma identidade ainda em questão dentro do espaço brasileiro. + AMAZON

11. O céu entre mundos (Sandra Menezes)

O céu entre mundos é um romance da editora Malê para exercitar a imaginação, formular uma realidade de comunicação por telepatia e naves voando para outros sistemas planetários, mas também para ter notícias de quem veio antes de nós, pessoas cujas existências já eram futuristas no passado, pois pavimentaram estradas para que nós caminhássemos. Pensar por essa perspectiva é escapar da lógica ocidental e encaminhar nossa intelectualidade– espiritualidade, intuição, ori – para África. + AMAZON

12. O caçador cibernético da rua 13 (Fabio Kabral) | Editora Malê

Editora Malê

Em O caçador cibernético da rua treze, Fábio Kabral apresenta elementos da mitologia Iorubá em uma aventura futurista de tirar o fôlego. Com uma linguagem contemporânea, o autor cria um universo fantástico rico em detalhes, onde vive um povo melaninado, com visual arrojado e usuário de uma tecnologia avançada. Neste universo, chamado Ketu 3, vive João Arolê, um jovem negro, caçador de aluguel de espíritos malignos. Um personagem complexo, que assim como os deuses africanos é suscetível a incerteza e arca com as consequências de viver em um mundo em que bem e mal não pertencem a dimensões distintas. + AMAZON

Não ficção

13. Reflorescer: histórias de mulheres negras que passaram pela transição capilar

Editora Malê

Da sinopse: “O orgulho cacheado e crespo está narrado neste livro por quem vivenciou o racismo, a transição capilar e a liberdade de se ver bonita ao natural. Mariany parte da própria experiência para ouvir mulheres que, de modos diversos, refloresceram. A cumplicidade da partilha permite muita sensibilidade ao contar as diferentes histórias aliada ao melhor do jornalismo: pesquisa, checagem, depoimentos, dados, contextualização, texto impecável. Além de informar, o livro nos envolve. Podemos sentir o cansaço de quem passou anos em guerra com o próprio cabelo. E, também, celebramos a construção de identidades que se expandem para a consciência negra. Este excelente registro de memória, de um período de violência que esperamos chegar ao fim, também se apresenta como um guia, um manual, uma amiga mais experiente para quem deseja parar de se podar pelo alisamento indesejado. É tempo de flores e este livro-reportagem é, ao mesmo tempo, fotografia e adubo.” – Bianca Santana + AMAZON

14. Fundo de Quintal: o som que mudou a história do samba

Editora Malê

Sinopse: Ler essa biografia produzida pela editora Malê é um convite a viajar no tempo. No tempo da nossa memória afetiva mais íntima e da memória do registro coletivo que o autor coletou tão bem. Dá para imaginar e ter certeza. Porque Marcos Salles nos revela histórias incríveis sobre os componentes do grupo, sobre as músicas e a casa do Fundo de Quintal, sobre os encontros presenciados por ele e contados em primeira pessoa por quem viveu e construiu a história desse grupo que se eternizou na memória da nossa gente. Na imaginação o livro me coloca criança, ouvindo o vinil girar com a minha mãe acompanhando o ritmo na cozinha de nossa casa, diante do meu olho que inclui a mesma canção em sua playlist. Este livro eterniza a história da resistência e força de um grupo que se modificou com chegadas e partidas, mas que sempre se manteve ele respeitoso ao seu público. + AMAZON

15. Você pode substituir mulheres negras como o objeto de estudo por mulheres negras contando sua própria história​ | Editora Malê

A produção acadêmica e intelectual de Giovana Xavier em “Você pode substituir mulheres negras como objeto de estudo por mulheres negras contando sua própria história” mesmo quando enfileira complexas teorias, é perspicaz e cirúrgica. É divertida, ora irônica. É generosa. Ela não só nomeia as pensadoras diplomadas que a influenciaram, de Kimberlé Crenshaw a bell hooks, de Conceição Evaristo a Djamila Ribeiro, mas também reconhece e louva a intelectualidade de mulheres que a desigualdade, o machismo e o racismo brasileiros teimavam em invisibilizar. Giovana inova com sua profissão de fé na História em primeira pessoa. Provoca ao apontar o bolor das interpretações estereotipadas. Ousa ao teorizar sobre surfe, rap, férias, rebolado, orixá, literatura, Baco Exu do Blues, teatro – tudo junto e misturado. Cruza territórios, escrutina personagens, reinterpreta narrativas. Seu livro é reflexão vezes nove. Aperte o cinto e viaje. + AMAZON

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