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O olho mais azul (Toni Morrison): identidade e autoaceitação

O Olho Mais Azul , de Toni Morrison é uma jornada profunda e comovente sobre questões de raça, identidade e autoaceitação.

O Olho Mais Azul, o primeiro romance da autora Toni Morrison, é uma obra literária impactante que foi lançada em 1970. Ao explorar temas complexos e sensíveis, Morrison tece uma narrativa intensa e tocante que mergulha nas experiências de uma jovem afro-americana em busca de sua própria identidade e autovalorização. Ao lado de Amada e Voltar para Casa, outras obras magistrais da autora, O Olho Mais Azul destaca-se como uma leitura essencial.

O olho mais azul
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A personagem principal do livro “O Olho Mais Azul” (originalmente “The Bluest Eye”) de Toni Morrison é uma jovem chamada Pecola Breedlove. Ela é uma menina afro-americana que cresce em uma comunidade marginalizada nos Estados Unidos durante os anos 1940. Pecola é atormentada por sua baixa autoestima e pela sensação de inadequação, principalmente devido aos padrões de beleza brancos que prevalecem na sociedade.

Pecola anseia por ter olhos azuis, acreditando que isso a tornaria mais bonita e aceita pelos outros. Ela vê a beleza e a aceitação como algo inatingível para alguém como ela, que é considerada feia e indesejável devido à sua pele escura e cabelo crespo. Ao longo do livro, a narrativa explora os impactos devastadores do racismo, da pobreza e da falta de autoestima na vida de Pecola e de outros personagens ao seu redor.

“Toda noite, sem falta, ela rezava para ter olhos azuis (…). Lançada dessa maneira na convicção de que só um milagre poderia socorrê-la, ela jamais conheceria a própria beleza. Veria apenas o que havia para ver: os olhos das outras pessoas.”

A narradora-personagem

A narradora principal de “O Olho Mais Azul” é Claudia MacTeer, uma garota negra que, juntamente com sua irmã Frieda, compartilha sua perspectiva sobre a história. Quando Pecola se muda para a casa das garotas como parte de uma assistência social temporária, Claudia se torna uma voz crucial na narrativa. É por meio das observações e reflexões de Claudia que os leitores são apresentados à história de Pecola, incluindo seus desafios, dores e busca desesperada por aceitação. Claudia representa uma visão mais crítica e consciente das normas raciais e de beleza, proporcionando uma perspectiva importante para entender as complexidades da vida de Pecola e da comunidade em que vivem.

Através da história de Pecola, Toni Morrison aborda questões complexas como a busca pela identidade, a internalização de padrões de beleza prejudiciais e a luta contra a opressão racial. “O Olho Mais Azul” é uma exploração profunda das consequências emocionais e psicológicas do racismo sistêmico e das expectativas sociais injustas que afetam profundamente a vida das pessoas.

Toni Morrison possui uma narrativa cativante. A autora não apenas explora as desigualdades raciais e sociais, mas também destaca a importância da empatia, da compreensão mútua e do enfrentamento das questões difíceis para promover a mudança social. O Olho Mais Azul transcende o tempo e o espaço, tocando questões universais e convidando os leitores a confrontar as realidades desconfortáveis, mas cruciais, que moldam a sociedade e a experiência humana.”

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