Bloqueios literários são comuns, eu sempre soube, mas bloqueio para escrever sobre uma cidade é novidade para mim. O que tenho a dizer é: Paris é meu lugar preferido depois da minha casa e de estar perto das pessoas que amo. Ou seja, se há um sonho que eu gostaria de realizar é viver em Paris com todas as pessoas que amo junto. Se isso é pedir demais, não sei, mas é o que imagino quando penso em vida perfeita.

    Este Diário de Viagem começou a ser publicado aqui no blog em Setembro e apenas agora em Dezembro consigo escrever sobre Paris, porque eu amei tanto essa cidade que todas as minhas tentativas de escrever sobre ela foram em vão, pois não consegui passar pelo caminho da emoção, da maravilhosa lembrança, dos suspiros para então clarear os pensamentos e escrever. Mas recebi um e-mail inspirador do Alex Sens Fuziy, amigo querido que viajou para Noruega e outros países nos últimos meses. Ele me perguntou por Paris e eu, novamente tomada pela emoção, consegui fazer uma lista das coisas que me marcaram na viagem. É claro que essa pequena lista não representa o quanto me sinto realizada por ter estado lá, mas acredito que vale o registro e a leitura para quem, como eu, ama Paris!

    Agora vem o momento mais difícil: escrever sobre Paris. Eu simplesmente não consigo! Comecei a fazer o Diário de Viagem no blog, tudo começou razoavelmente bem (porque é difícil explicar uma viagem, meu deus), porém, quando cheguei na parte de escrever sobre Paris, congelei. E estou assim até agora. Foi um sonho realizado, meu sonho desde sempre. Diferente até de Monk’s House, que se tornou um sonho quando comecei a planejar a viagem. 

    Consigo falar sobre alguns fatos sobre minha viagem para Paris: 

    1.) A Torre Eiffel é 1000 vezes mais bonita do que você pode imaginar;

    2.) As ruas de Paris emocionam simplesmente por pisar nelas;

    3.) Eu chorei diversas vezes durante os passeios pelas ruas, só porque eu estava lá. Estou chorando agora. A paisagem parisiense emociona. E eu acho que sua amiga Francesinha em outra vida era francesinha mesmo… rs;

    4.) Eu gostaria de morar em Paris, mas não sozinha, gostaria de levar toda a minha família junto, entende? <3;

    5.) O metrô é tipo um labirinto. As ruas são calmas, há um silêncio que corta a alma. Parece que Paris engole a alma da gente. E pense nisso como algo positivo;

    6.) A cidade é inteira em tons pastéis;

    8.) Crepes franceses são divinos;

    9.) Eu ficava cantando “non je ne regrette rien” enquanto passeava pelas ruas;

    10.) Os franceses são pessoas lindas. Diferente de muita gente que reclama da educação deles, eu me senti muito bem vinda ali e todos os franceses foram extremamente educados comigo;

    11.) Eu comprei uma versão francesa de Mrs Dalloway num sebo (uma barraquinha super charmosa) em Notre Dame;

    12.) Quando recebi meu último carimbo no passaporte (em Madrid), respondi “merci”.

    O que acho legal no pós-viagem é que conforme a vida segue, lembranças vão surgindo das mais diferentes formas. No silêncio do lar, na rua, no trabalho, numa conversa banal, numa conversa séria…parece que tudo passa a ser uma peça, que se encaixa num momento, história, situação, aprendizado, enfim, que aconteceu na viagem. Deve ser a tão falada “coisa” que a gente adquire com ela, “o melhor investimento”, que não deve ter um nome, mas é maravilhoso! Quero mais!

    O Alex me devolveu o e-mail com comentários ótimos, alguns me emocionaram, outros me fizeram rir muito, um deles foi a pergunta:  “Cadê o sétimo?” E se você também percebeu a falta desse número na lista acima, não me pergunte por quê. Eu fui para Paris e me emocionei, não sei!

    Dica de livro na Amazon: Paris, por Serge Ramelli

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