Close Menu

    Receba as novidades em seu e-mail!

    Novidades

    Classicismo: uma jornada pelas formas e ideais da antiguidade

    Narração: o ato de contar histórias e suas mil possibilidades

    Facebook X (Twitter) Instagram
    • Home
    • Literatura
    • Listas
    • Artes
    • Resenhas

      A Letra Escarlate (Nathaniel Hawthorne): um julgamento social implacável

      O Poderoso Chefão (Mario Puzo): um clássico sobre crime e redenção

      Cinderela chinesa (Adeline Yen Mah): o poder transformador da arte

      Toda luz que não podemos ver (Anthony Doerr): conexões humanas vencem guerras!

      O Ateneu (Raul Pompeia): um microcosmo da sociedade da época

    • Séries
    • Educação
    • Sobre
    YouTube Facebook X (Twitter) Instagram Pinterest
    Livro&Café
    INSCREVA-SE
    HOT TOPICS
    • Virginia Woolf
    • Literatura Brasileira
    • Livros
    • Dicas
    • Feminismo
    Livro&Café
    Você está aqui:Início » A redoma de vidro (Sylvia Plath): o horror silencioso do cotidiano
    Literatura

    A redoma de vidro (Sylvia Plath): o horror silencioso do cotidiano

    Francine RamosBy Francine Ramos03974 Mins Read
    Compartilhe Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    A obra de Sylvia Plath chega aos leitores da mesma forma em que é possível imaginá-la entrando em um espaço comum; de uma cidade comum; em dias comuns. No entanto, a presença de Plath nos puxa como a correnteza de uma mar aparentemente calmo. No livro “A redoma de vidro” (lançado em 1963), viveremos a experiência do mergulho completo: autor, personagem, vida, alento e depressão.

    Narrado em 1ª pessoa, A redoma de vidro é sobre uma garota universitária e sua vida em Nova York. A princípio, tirando toda a carga dramática presente, pode-se pensar que é um romance fútil, sobre a vida glamourosa de uma mulher bonita, privilegiada e que possuiu uma certa autocrítica perante sua realidade:

    “Vejam só do que esse país é capaz, elas diriam. Uma garota vive em uma cidade no meio do nada por dezenove anos, tão pobre que mal pode comprar uma revista, e então recebe uma bolsa para a universidade e ganha um prêmio aqui e outro ali e acaba em Nova York, conduzindo a cidade como se fosse seu próprio carro. (…) eu não estava conduzindo nada, nem a mim mesma.”

    p. 8

    Entretanto, Sylvia Plath tece uma narrativa tão rica em percepções, que a vida social da personagem Esther Greenwood conduz a uma interpretação crescente, por parte do leitor, sobre a silenciosa depressão. Entre festas, belas roupas, maquiagens e conversas, o declínio da personagem-narradora é evidente, solitário e angustiante.

    Publicado originalmente em 1963, esta edição, com tradução de Chico Mattoso, traz nova capa e desenhos da autora. Lançado semanas antes da morte de Sylvia, o livro é repleto de referências autobiográficas. Compre na Amazon

    O horror silencioso do cotidiano

    O ato de encarar a vida não é o suficiente para vencê-la. Junto a essa ação, é necessário compreender a artilharia social que é jogada contra aqueles que decidem viver.

    A decisão pela vida já possui em si uma força. No entanto, se aprende a viver vivendo – e perdendo muitas vezes. E, neste sentido, quando a personagem Esther Greenwood vai para Nova York porque ganhou um prêmio por ter se destacado na escrita de ensaios, contos e poemas, o que era para ser positivo, torna-se um fardo difícil para carregar.

    O que Esther ganhou, de fato, quando chegou em Nova York? Roupas, maquiagens, festas, muito luxo e drinks. Entretanto, do que Esther precisava?

    A futilidade não é apenas no âmbito da vida particular de Esther, mas também no que “a sociedade” lhe devolveu quando ela se destacou. Se você ganhou um prêmio por escrever, é claro que você quer roupas, maquiagens, luxo e drinks… Mas Esther não estava preparada para isso. E, no fundo, quem está?

    O romance “A redoma de vidro” é um grito de socorro de uma mulher em depressão. Um exemplo de como a vida cotidiana mata todos os dias um pouquinho quem está sozinha, quando o horror do cotidiano bate à porta mas ninguém vê.

    Depressão: a redoma de vidro

    Já é muito difícil e imensurável ter depressão hoje em dia. E no século passado a situação era mais complexa ainda, uma vez que pouco se sabia sobre essa doença tão grave e tão negligenciada por todos. Internações e tratamentos de choques eram bastante comuns, bem como a falta de empatia de familiares e amigos próximos.

    Abrindo a Redoma de Vidro, de Sylvia Plath: trechos da obra

    Assim como Esther, a própria Sylvia Plath teve depressão e procurou ajuda sem obter êxito. A autora, em 11 de fevereiro de 1963, cometeu suicídio e os motivos que a levaram a tal ação fazem parte do que a personagem Esther narra no livro, que foi lançado no mesmo ano, após a morte trágica da autora.

    A redoma de vidro é a própria depressão que sufoca o pedido de ajuda e a ação de quem precisa conviver com uma doença tão séria e invisível. É estar presa na redoma de vidro, ver o mundo além dela, mas não conseguir quebrá-la, não conseguir ser ouvida.

    “A redoma de vidro”é um livro que mostrará ao leitor o quanto não basta. Ser dona de si, ter autoconhecimento, ter uma profissão, uma vida social, um colo para quem recorrer, sentir o coração bater e ter esperança não bastam quando a redoma de vidro está trancada.

    “Para uma pessoa dentro da redoma de vidro, vazia e imóvel como um bebê morto, o mundo inteiro é um sonho ruim (….). Talvez o esquecimento, como uma nevasca suave, pudesse entorpecer e esconder aquilo tudo. (…) Mas aquilo tudo era parte de mim. Era a minha paisagem.”

    p. 232

    Se você tem depressão, procure ajuda.

    Destaque Literatura Americana Romance autobiográfico Sylvia Plath
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email

    Você também irá gostar:

    Classicismo: uma jornada pelas formas e ideais da antiguidade

    Narração: o ato de contar histórias e suas mil possibilidades

    O que são fábulas? E como usá-las hoje em dia

    Add A Comment

    Comments are closed.

    Mais acessados

    22 frases do livro “O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo”, de Charlie Mackesy

    20.471 Views

    14 frases do livro “A biblioteca da meia-noite” para te fazer pensar

    17.012 Views

    As 10 melhores poesias de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

    15.943 Views

    10 poesias de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa)

    14.518 Views

    20 trechos do Livro do Desassossego (Fernando Pessoa)

    13.445 Views
    Redes Sociais
    • Facebook
    • YouTube
    • Twitter
    • Instagram
    • Pinterest
    Conheça

    Classicismo: uma jornada pelas formas e ideais da antiguidade

    Literatura 9 Mins Read

    Narração: o ato de contar histórias e suas mil possibilidades

    Literatura 9 Mins Read

    O que são fábulas? E como usá-las hoje em dia

    Literatura 4 Mins Read

    7 livros de Moacyr Scliar: cultura judaica, vida urbana e questões sociais

    Listas 6 Mins Read

    5 livros de Walcyr Carrasco: além das novelas brasileiras

    Listas 4 Mins Read

    Receba as novidades em seu e-mail

    Mais lidos

    22 frases do livro “O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo”, de Charlie Mackesy

    20.471 Views

    14 frases do livro “A biblioteca da meia-noite” para te fazer pensar

    17.012 Views

    As 10 melhores poesias de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

    15.943 Views
    Últimos posts

    Classicismo: uma jornada pelas formas e ideais da antiguidade

    Narração: o ato de contar histórias e suas mil possibilidades

    O que são fábulas? E como usá-las hoje em dia

    Inscreva-se na Newsletter

    Receba um resumo semanal em seu e-mail!

    © 2023 Livro&Café - por amor à literatura, desde 2011.
    • Home
    • Literatura
    • Educação
    • Opinião
    • Sobre

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.