Ensaios sobre Mortos-Vivos, organizado por Rodrigo Gonsalves e Diego Penha e publicado pela Aller Editora, referência em obras dedicadas à psique humana, parece cair como uma luva no momento que vivemos.
O próprio nome da obra faz alusão ao Halloween, no entanto o livro traz uma oportunidade de reflexão muito profunda e apresenta uma oportunidade de refletirmos se realmente somos senhores de nossas escolhas ou simplesmente vivemos automatizados, como mortos-vivos. Será que estamos em um eterno Halloween?
O isolamento, rostos pálidos, corpos sem contato humano que se movimentam como se fossem autômatos, vagueiam pelas ruas de máscaras – ou não, em busca de algo que possa satisfazer sua fome. Fome de quê? Poderia ser um cenário zumbi, mas trata-se do nosso novo normal.
Assim, a sociedade já não é mais a mesma, pois os dias parecem se repetir, os projetos que pretendíamos realizar ficaram suspensos. Ou seja: nossa vida está resumida a incertezas, e não sabemos o mundo que encontraremos quando voltarmos a cruzar as portas da rua.
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Mas como éramos antes da pandemia? Em que consistia a vida que levávamos? E a que levamos agora?
A partir de um olhar ora político, ora psicanalítico, ora artístico, mas sempre contextualizando sobre o simbólico dos corpos sem alma, os textos reunidos esmiúçam o conceito de decomposição para revelar o que há de comportamento zumbi nas relações humanas (ou desumanas).
Resta saber se após essa leitura, você se descobrirá vivo ou não!