Patricia Highsmith ficou famosa pelas adaptações cinematográficas de seus livros e também por sua habilidade em criar atmosferas de suspense e por seus personagens complexos e moralmente ambíguos.

Patricia Highsmith (1921-1995) foi uma escritora norte-americana, conhecida por suas obras que exploram a psicologia humana e frequentemente mergulham nos recessos mais sombrios da mente. Nasceu no Texas e, durante sua vida, escreveu mais de 20 romances e inúmeras histórias curtas.

Um de seus trabalhos mais icônicos é “O Talentoso Ripley” (1955), que introduziu o personagem Tom Ripley, um anti-herói carismático e perturbador que aparece em várias de suas obras. Outras criações incluem “Um jogo para os vivos” (1952), “Carol” (1952), e a série de livros conhecida como “Ripliad”, que segue as atividades ilícitas de Tom Ripley ao longo de vários volumes.

1. O Talentoso Ripley

O trabalho de Patricia Highsmith também ganhou destaque no cinema, com várias de suas obras sendo adaptadas para as telonas. “O Talentoso Ripley” foi levado às telas em várias ocasiões, sendo a adaptação de 1999, estrelada por Matt Damon no papel de Tom Ripley, uma das mais notáveis. O filme foi bem recebido pela crítica, destacando-se pela atmosfera tensa e pela interpretação convincente do elenco.

Sinopse do livro

Patricia Highsmith

Desde a publicação de O talentoso Ripley, em 1955, e as posteriores adaptações para o cinema, como a estrelada por Matt Damon, Jude Law e Gwyneth Paltrow, de 1999, Tom Ripley conquista fãs ao redor do mundo, sendo reconhecido como um dos maiores sociopatas da literatura. Neste primeiro volume da série de cinco livros que narra sua trajetória, ele tenta se estabelecer em Manhattan após fugir de seu lar mais do que disfuncional. Bom de lábia, exímio imitador e piadista, praticante de furtos e pequenos golpes, Tom vê sua sorte mudar ao receber uma proposta inusitada. Ele deve ir a uma aldeia na Itália e convencer Dickie Greenleaf, o filho de um rico industrial, a voltar para casa e assumir os negócios da família. O problema é que o vigarista é seduzido pelo estilo de vida refinado do playboy.

A relação de amizade entre os dois se complica com a interferência de Marge, a típica boa menina americana, rica e apaixonada por Dickie. Não demora para o fascínio de Tom pela vida de Dickie assumir contornos de obsessão. Quando este percebe o perigo e tenta se afastar, já é tarde demais: Tom vê na rejeição a motivação que faltava para dar vazão aos seus desejos mais sombrios e rouba não só o dinheiro do amigo, mas também sua vida e personalidade.

Com O talentoso Ripley, Patricia Highsmith faz a introdução sangrenta e repleta de adrenalina dos percalços desse jovem capaz de tudo para manter seu estilo de vida. Matar ou se reinventar em diversas personalidades não serão empecilhos.

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2. “Carol”

Outra adaptação digna de nota é “Carol” (2015), baseado em seu romance “The Price of Salt” (1952). Este filme, dirigido por Todd Haynes e estrelado por Cate Blanchett e Rooney Mara, recebeu aclamação da crítica por sua cinematografia requintada e pela representação sensível da relação lésbica entre as personagens principais.

Sinopse do livro

Em plenos anos 50, a escritora Patricia Highsmith lançou ‘Carol’ – primeiro romance que aborda uma relação amorosa entre mulheres com um final feliz. O polêmico livro foi publicado na época como ‘The price of salt’, sob o pseudônimo de Claire Morgan. Na história, Therese Belivet trabalha como vendedora na seção de bonecas de uma loja de departamentos. O emprego funciona como um bico para juntar dinheiro – o que ela de fato quer é construir uma carreira como cenógrafa de teatro. É época de Natal em Nova York, e a loja está lotada. Em meio a tantos rostos desconhecidos, Therese fica hipnotizada ao ver uma distinta cliente se aproximar. É Carol.

Assim começa o romance entre a jovem Therese e Carol – recém-separada e mãe de uma filha -, um amor repentino e fatal, que se transforma em uma constante troca de experiências. Mas, numa tentativa de escapar dos olhares reprovadores dos amigos e familiares, elas saem de carro em uma viagem pelos Estados Unidos. Essa aventura acaba se tornando perigosa quando elas percebem que estão sendo seguidas por um detetive.

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Outras obras incríveis de Patricia Highsmith

Além dessas, outras obras de Highsmith também foram adaptadas, consolidando seu legado tanto na literatura quanto no cinema. Seu impacto duradouro reside na capacidade de criar narrativas intrincadas, explorando as nuances da natureza humana e mantendo o público intrigado com tramas que desafiam convenções morais. Patricia Highsmith continua a ser uma influência importante tanto na literatura policial quanto na cinematografia contemporânea.

3. Em águas profundas (Patricia Highsmith)

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Vic e Melinda estão longe de ser um casal feliz ― seu casamento é mantido por um acordo nada convencional: Melinda pode ter quantos amantes quiser contanto que não arraste os dois e a filha para o caos de um divórcio. Tudo parece bem, mas, com o passar do tempo, Vic começa a se incomodar com os homens escolhidos pela esposa e adota uma estratégia inusitada para afugentá-los, assumindo a autoria do assassinato de um deles. Só que a notícia se espalha por toda a cidade do interior dos Estados Unidos e o antes cidadão-modelo, benfeitor, marido mais do que tolerante e empreendedor abnegado vira alvo da maledicência de todos.

Tudo levava a crer que a vida voltaria ao normal quando o verdadeiro assassino é descoberto, mas a revelação da mentira de Vic é o estopim de uma reviravolta nas convicções do próprio e nas relações que mantém com a comunidade, com os amigos e com Melinda e seus vários amantes. O que se cria é uma trama intrincada, repleta de segredos, manipulação psicológica e sangue.

Em águas profundas tem a marca registrada de Patricia Highsmith: explora os abismos mais sombrios da psique humana e lança luz para o fato de que sob a superfície das personalidades mais pacatas e exemplares podem se esconder as mais sórdidas psicopatias.

4. Um Jogo Para os Vivos

Patricia Highsmith

Dúvidas, suspense e paranoia “O leitor fecha […] os livros de Highsmith com o sentimento de que o mundo é mais perigoso do que ele pensava.” The New York Times Review of Books

Ramón conserta móveis, e Theodore é artista plástico. Católico devoto, Ramón vive na Cidade do México, não longe do lugarejo miserável em que nasceu. Theodore, um alemão rico exilado em um país onde o dinheiro compra algum conforto, mas não a paz, é um cético inveterado. Os dois não têm nada em comum, a não ser um affair com Lelia – e não parecem se importar de dividir as atenções da mexicana. Porém, tudo muda quando a vida dela é violentamente abreviada. Os dois homens – ambos suspeitos do crime – se veem em meio a um turbilhão de dúvidas e tensão, cada qual buscando, à sua maneira, a verdade e consolo.

Publicado na década de 50, Um jogo para os vivos coloca em cena expatriados ricos que levam uma vida confortável em um país estrangeiro, ambientes exóticos, intrigas no seio da comunidade artística e outros temas caros à autora. Da descrição do cenário à construção psicológica dos personagens, temos aqui o melhor de Patricia Highsmith (1921-1995), um dos grandes nomes da literatura do século XX.

5. Sem saída

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O casamento do belo e bem-sucedido advogado Walter Stackhouse está em crise. Sua esposa, Clara, é vingativa, ciumenta e está pouco a pouco afastando-o de todos os seus amigos. Walter está a cada dia mais irritado com essa situação. Mas o divórcio, para Clara, está completamente fora de cogitação.
Diante desse cenário, Walter acaba se sentindo atraído pela tranquila e doce Ellie Briess, uma professora de música que conhece em uma festa. Quando Clara, em uma crise de ciúmes, tenta se matar tomando uma grande quantidade de soníferos, ele percebe como poderia ser boa a vida sem a esposa…

Nesse momento, as manchetes dos jornais comentam a história de um brutal assassinato: uma mulher foi encontrada morta num matagal próximo a uma parada de ônibus na estrada. Ninguém sabe quem poderia tê-la atacado, mas Melchior Kimmel, seu marido, torna-se suspeito do crime. O caso estimula a imaginação de Walter, que vê enfim uma oportunidade de dar fim a seu próprio tormento. Teria ele coragem de realmente se livrar de Clara? Ou estaria diante de um problema sem solução?

Publicado originalmente em 1956 e considerado um dos melhores romances de Patricia Highsmith, Sem saída mostra as estranhas obsessões que podem estar escondidas sob a superfície de pessoas aparentemente comuns.

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