Um pai caminhando pela floresta com os seus filhos e amigos. Em um momento, um dos filhos, encontra vários filhotes de lobo e fica encantado. Antes disso o pai mostrou para o filho, de um jeito cruel, toda a sua força e autoridade, ao ponto do filho sentir um certo medo. Porém, quando o filho pede para o pai deixa-lo ficar com um dos lobos, o pai realiza um bom gesto, mas informa das responsabilidades em ter um animal, a respeito de cuidar, ensinar e dar carinho. E o filho, tão pequeno em tamanho, mostra que também possui autoridade na família.

    Os Starks com os seus lobos passam a ficar mais interessantes ainda. Uma típica família numerosa, com um pai que todos amam e respeitam e que, por estarem eles vivendo em um período medieval, a crueldade parece intrínseca a todos e não causa tanto espanto quanto hoje, pois se ela está relacionada a códigos de conduta, aceitamos.

    Irmãos escolhem o irmão preferido. Se sentem mais apegados a uns que a outros. Um “meio-irmão” pode ser motivo de piadas de mal gosto, mas também pode ser uma forma de jovens e crianças aprendem a aceitar o que é diferente, mesmo inaceitável para outros, como a própria mãe que os amam, porém, não aceita a situação de ter em seu teto o fruto da infidelidade de seu marido.

    Entretanto, quando as coisas não estão bem, quando o inverno realmente está chegando, há uma força misteriosa e mágica, o amor, que acaba diminuindo as diferenças e aparando as arestas, de forma a deixar essa família de guerreiros, todos tão diferentes no caminho da luta, melhores.

    Mas quando o leitor já sabe de várias coisas que estão para acontecer com cada integrante dessa família, o jeito que ele recebe a história tem um sabor especial, de lembrança, como se fosse uma forma de refazer um caminho percorrido às pressas, sem muitos detalhes porque, na época, o foco era a aventura.

    As Crônicas de Gelo e Fogo é também uma história de aventura. Mas há nela um sentido mais profundo que todo leitor busca, que é como se fosse uma pequena, quase invisível chama, que precisa a todo momento reforçar nossos ideais de vida. Ser justo, amar, lutar, ser forte, tudo isso sem perder a humanidade, que é o mais difícil.



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    2 Comentários

    1. Esses lobos são a minha parte preferida da história, e eu sofro muito com o destino de cada um deles.
      Eu já li os dois primeiros livros da série, mas empaquei no terceiro livro. Não sei pq, mas peguei uma birrinha da escrita do George Martin. Preciso limpar o coração e voltar a ler os livros!

    2. Francine Ramos on

      Oi, Na!
      Eu que acompanho a série, se os destinos dos lobos forem iguais, ficarei muito chateada! :/
      Eu estou curtindo muito a leitura e tb estou lendo devagar, não quero ficar enjoada do livro…rs
      bjosss!
      obrigada por sempre estar por aqui 🙂

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