Quando o livro começa bom, mas depois dá preguiça eu não sei muito bem o que fazer. Já me senti muito culpada por isso, achando que, na verdade, eu mesma não estava preparada para o livro, mas agora pareço viver uma outra fase, um pouco letárgica e sem nome, mas que me coloca diante do livro sem vontade alguma de prosseguir a leitura.

    Neste mês iniciei a leitura do livro A máquina de fazer espanhóis”, do Valter Hugo Mãe, fiquei realmente encantada com o livro ao ponto de querer fazer aquela leitura lenta para o livro não acabar porque como escreve bonito esse homem! Então, a escolha foi ler um capítulo por dia, mas agora estou há 3 dias sem cumprir essa minha simples escolha. Não é meta, é simples escolha.

    Posso culpar as festas de final de ano, mas o curioso é que quando olho para trás sei que isso não me acontecia. Então, o que há em mim? Me pergunto todos os dias quando as mãos desistem de abrir o livro.

    Ontem, assistindo a um vídeo no canal da Aline Aimee, ela comentou sobre querer ler As Horas Nuas, da Lygia Fagundes Telles. Então, me lembrei que há alguns anos eu comecei a ler esse livro, mas abandonei. Por que abandonei? Não sei explicar, apenas aconteceu. E eu tenho a lembrança boa da leitura, é um livro escrito m fluxo de consciência e que me deixou encantada. Havia uma mulher, um gato. Esse gato era incrível. É isso que posso dizer. E o fluxo de consciência tecendo a história e a vida daqueles personagens. Ah, como era lindo, mas por que abandonei?

    Há um outro caso: o livro A Amiga Genial, da Elena Ferrante. Cheguei a comentar aqui o quanto incrível estava a leitura, mas agora nada faz sentido. Aqueles personagens, aquelas crianças e suas complicações de vida, eu leio e penso mas que coisa chata! Desisti então. Um pouco diferente do livro da Lygia e do livro do Valter, Elena eu tenho consciência que desisti porque não gostei mesmo, mas As Horas Nuas e A máquina de fazer espanhóis, causam aquele conforto mental quando se está diante de um livro tão bom, escrito tão lindamente. Seguirei tentando e pensando sobre o que há; lá no fundo.

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