Quando lemos, parece que algo dentro de nós procura por um livro incrível, para que você termine e se sinta completa (pelo menos por alguns segundos). E isso acontece às vezes, mas para a nossa sorte, não sempre. A última vez que senti isso foi com Sunset Park do Paul Auster.

    O autor americano tem vários romances e já é super conhecido, mas esse é o primeiro livro que leio dele. Então ainda não sei se as características ali presentes são do livro ou do autor. Mas que características? Então, o livro escrito em discurso indireto livre faz com que o leitor se aproxime do personagem de uma forma curiosa, às vezes com intervenções do narrador, parecendo até que ele (que sabe tudo sobre o personagem) está nos desafiando a questioná-lo e talvez assim entender melhor sua angústia.

    Isso já basta para cativar. Mas ao fim do que podemos chamar de “primeira parte” acontece uma reviravolta, não no enredo, mas na forma da narração e que passa do personagem Milles Heller inesperadamente para o seu amigo Bing Nathan e companhia.

    Mas entendam, ele não reconta o que se passou por outro ponto de vista, ele mostra como a historia prosseguiu, mas com outra visão. Assim, o autor consegue aprofundar vários personagens e mostrar como eles interagem com o outro. E os leitores ficam sabendo das idiossincrasias de cada um.

    Acho que é isso que posso contar de Sunset Park. Três parágrafos contando apenas da forma de escrita tão bela. A história ali contada não deixa a desejar, mas a totalidade é tão bonita que o mínimo que deveria fazer é indicar esse livro a todos. O enredo ali presente  será descoberto durante a leitura, mas o melhor não é descobrir o enredo, e sim os personagens profundos, assim como qualquer ser humano.

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    foto em destaque: blog Livros Aquáticos

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