A vida do livreiro A.J. Fikry eu escolhi pela capa e por estar na sessão de livros juvenis da Companhia das Letras, o selo Seguinte, eu sabia que a história não seria algo a qual eu me apaixonaria (faz tempo que deixei de estar na faixa etária considerada juvenil…), porém, fiquei curiosa com o título e a frase na capa: “Nenhum homem é um ilha; Cada livro é um mundo”.

    E agora que terminei a leitura, continuo achando a frase bonita. E ela se encaixa totalmente a história.

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    O enredo

    Em uma cidade fictícia, Alice Island, vive A. J. Fikry, um solitário livreiro que mora em cima de sua livraria, chamada Island Books. É a única livraria da cidade e a sua solidão existe porque ele está de luto há alguns anos, devido à morte de sua mulher.

    O que ele tem é uma livraria e mais nada. E, claro, um bom gosto literário. Impacientemente ele recebe os representantes de vendas das editoras, querendo oferecer livros de todos os gêneros, porém, ele possui a fama de um livreiro rígido, que não aceita qualquer coisa.

    E então aparece uma jovem representante, munida de um amplo conhecimento literário, capaz de convencer qualquer um a comprar os livros de sua editora, porém, o primeiro encontro dela com A. J. não sai como o esperado, pois ele a trata mal.

    E aí está o motim da história: a mocinha vai conquistar o amor do cara rabugento. O cara rabugento vai perceber a idiotice que fez e vai atrás da mocinha. E eles vivem felizes para sempre. É quase isso.

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    Outros personagens aparecem na história, todos moradores da pequena ilha e frequentadores da livraria: uma criança abandonada dentro da livraria; um policial boa praça que monta um Clube do Livro na Island Books; um amigo escritor fanfarrão e mau caráter; uma mulher amargurada e arrependida.

    Uma das coisas que gostei na história é que pequenas resenhas de livros clássicos aparecem no início de cada capitulo, escrita pelo próprio A.J., que não é o narrador da história.

    O narrador

    A história é narrada na terceira pessoa, o que nos permite “navegar” além da vida de A.J. e z cidade. Cada personagem possui uma trama particular e neste ponto fiquei muito incomodada, pois a ligação de todos os personagens, que precisam ser como um organismo único que forma um bom romance, parecem deslocados demais, como se a escritora pegasse um manual de “como escrever um romance” e seguisse a risca, como se escrever fosse um cálculo de matemática e quando você não sabe o que fazer com alguns personagens, você mata eles. A impressão que dá é que ela tinha bons personagens, mas faltou uma linguagem capaz de mergulhar a fundo nas felicidades e tristezas da vida humana.

    Acredito que eu elevei demais a minha expectativa em torno da vida de um livreiro, que na história de Gabrielle Zevin, é apenas um homem que tenta encontrar novamente motivos para ser feliz. E ele encontra.

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