Uma lista com livros essenciais sobre feminismo ainda é pouco para equilibrar esse mundo em que vivemos No entanto, a literatura liberta, ensina, salva, cura! Leia!

Em tempos que o tema feminismo cai em prova escolar, causando a ira de políticos e “formadores” de opinião, o post que vi no site Stylist me inspirou a criar esta lista, junto com outro post que vi no site Bustle, que lista também livros contemporâneos. E mais uma pesquisa, encontrei no Flavorwire uma lista com livros sobre feminismo para jovens leitores. Então, o resultado é uma miscelânea do que vejo por aí, com adição de alguns livros que li e outras belezas do feminismo que amigas indicaram.

Se o seu livro feminista preferido não estiver nesta lista, indique nos comentários.

Vamos espalhar feminismo por aí. E se reclamar, espalho mais, porque não sou obrigada, a vida é minha, o corpo é meu e ninguém manda em mim! <3

1. Antígona (Sófocles)

Tragédia escrita em 442 A.C. conta a história de Antígona, uma mulher que desafiou as autoridades patriarcais. +Amazon

2. Reivindicação dos direitos da mulher (Mary Wollstonecraft)

escritora inglesa do século XVIII deixou para nós uma das primeiras obras sobre filosofia feminista. Nele, Wollstonecraft responde aos teóricos da educação e políticas que não acreditam que as mulheres devem ter direitos iguais. + Amazon

3. Jane Eyre (Charlotte Brontë)

romance lançando em 1847 possui como personagem principal uma mulher pobre e feia – o oposto dos livros da época – e além disso, ela se torna dona de sua própria vida, indo em busca de seus desejos profissionais e sentimentais. Leia a resenha aqui. | + Amazon

4. Mulherzinhas (Louisa May Alcott)

O romance de Louisa May Alcott (1832 – 1888), escrito no período da Guerra Civil Americana, aposta na questão da independência das mulheres. +Livraria Cultura

5. Middlemarch (Mary Ann Evans/ George Eliot)

Publicado em 1869 por Mary Ann Evans com o pseudônimo de George Eliot – porque na época livros escritos por mulheres não eram levados a sério, tem como protagonista Dorothea Brooke, que leva a sua própria vida a lugares muito diferentes do que a sociedade diz que ela é capaz. +Amazon

6. Um Teto Todo Seu (Virginia Woolf)

O livro fala principalmente da importância de um discurso feminino na literatura. Um dos exemplos mais conhecidos do livro é sobre a ideia de que se Shakespeare tivesse uma irmã tão talentosa quanto ele, porém ela não seria conhecida como o irmão e talvez não conseguiria escrever uma linha, porque a ela não foi fornecida a mesma educação, condição social e respeito. Leia a resenha aqui. COMPRE NA AMAZON

7. Orlando (Virginia Woolf)

Publicado em 1928, o romance é baseado em parte na vida da amiga íntima de Virginia Woolf, Vita Sackville-West. A história é considerada importante na literatura em geral, particularmente na história da escrita das mulheres e estudos de gênero. Leia a resenha aqui. | +Amazon

8. O Segundo Sexo (Simone de Beauvoir)

Simone De Beauvoir foi pioneira em estudos de gênero com este livro lançado em 1947. É nele que esta a poderosa frase que assusta até hoje os mais conservadores: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. + Amazon

9. O feminismo é para todo mundo (Bell Hooks)

Com peculiar clareza e franqueza, Hooks incentiva leitores a descobrir como o feminismo pode tocar e mudar, para melhor, a vida de todo mundo. Homens, mulheres, crianças, pessoas de todos os gêneros, jovens e adultos: todos podem educar e ser educados para o feminismo. + Amazon

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10. Pensamento feminista brasileiro (várias autoras)

Os anos 1970, período que podemos identificar como o de formação das teorias feministas no Brasil, foi também o ponto de ebulição dos movimentos feministas no mundo. Se nesse momento, lá fora, as mulheres se uniam para lutar contra a discriminação sexual e pela igualdade de direitos, impulsionadas pelas utopias da década anterior, por aqui era preciso se posicionarem contra a ditadura militar e a censura… + Amazon

11. Sobrevivi, posso contar (Maria da Penha)

Lançado em 2010, o livro relata a vida da autora que sofreu uma cruel, dolorosa e covarde violência. Maria da Penha oferece sua história generosamente a toda sociedade, como uma forma de contribuir com transformações urgentes, pelos direitos das mulheres a uma vida sem violência. Ícone dessa causa, sua vida está hoje também simbolicamente subscrita e marcada sob a lei nº 11.340 ou lei Maria da Penha. +Amazon

12. A criação do patriarcado (Gerda Lerner)

Valendo-se de dados históricos, literários, arqueológicos e artísticos, Gerda Lerner refaz o traçado evolutivo das principais ideias, símbolos e metáforas graças às quais as relações de gênero patriarcais foram incorporadas à nossa civilização, sustentando que a dominação da mulher pelo homem é produto de um desenvolvimento histórico.  + Amazon

13. Os homens explicam tudo para mim (Rebecca Solnit)

Em seu ensaio icônico “Os Homens Explicam Tudo para Mim”, Rebecca Solnit foca seu olhar inquisitivo no tema dos direitos da mulher começando por nos contar um episódio cômico: um homem passou uma festa inteira falando de um livro que “ela deveria ler”… + Amazon

14. Mulher, raça e classe (Angela Davis)

Mulheres, raça e classe, de Angela Davis, é uma obra fundamental para se entender as nuances das opressões. Começar o livro tratando da escravidão e de seus efeitos, da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada, nos dá a dimensão da impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial + Amazon

15. A cor púrpura (Alice Walker)

O livro narra a comovente trajetória de uma mulher negra na racista América do início do século XX. A Cor Púrpura é um romance feminista sobre a força e dignidade do espírito humano. Aline Walker foi vencedora do Prêmio Pulitzer em 1983. +Amazon

16. O conto da Aia (Margareth Atwood)

A história tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes – tudo fora queimado. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado. Com esta história, o leitor irá refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente. LEIA A RESENHA | +Amazon

17. Sejamos Todos Feministas (Chimamanda Ngozi Adichie)

Neste ensaio preciso e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero. Segundo ela, tal igualdade diz respeito a todos, homens e mulheres, pois será libertadora para todos: meninas poderão assumir sua identidade, ignorando a expectativa alheia, mas também os meninos poderão crescer livres, sem ter que se enquadrar em estereótipos de masculinidade. COMPRE NA AMAZON e tem a versão gratuita para Kindle.

18. Americanah (Chimamanda Ngozi Adichie)

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Livro lançado em 2014. Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo. Leia a resenha aqui

19. Paraíso (Toni Morisson)

Lançado em 1998. Este é o primeiro romance que Toni Morrison publicou depois de sua consagração mundial em 1993, quando recebeu o Nobel de Literatura. Neste livro, com uma linguagem extremamente metafórica, a autora revela que o livro é um corajoso apelo à liberdade em que a elegância do estilo colore os matizes do ódio e da intolerância. +Amazon

20. Minha História das Mulheres (Michelle Perrot)

Com uma linguagem simples, o livro narra em cinco capítulos o processo da crescente visibilidade das mulheres em seus combates e suas conquistas nos espaços público e privado. Mães e feiticeiras, trabalhadoras e artistas, prostitutas e professoras, feministas e donas-de-casa e muitas outras personagens femininas fazem parte desse relato sensível e atual de uma das pesquisadoras mais conceituadas da história das mulheres. Leia a resenha aqui. | + Amazon

21. O Mito da Beleza (Naomi Wolf)

A autora enfrenta o que ela acredita ser a única trincheira ainda por derrubar para que a mulher possa obter sua igualdade em todos os campos. Para mostrar como a indústria da beleza e o culto à bela fêmea manipulam imagens que minam a resistência psicológica e material femininas, reduzindo as conquistas de 20 anos de lutas a meras ilusões, Naomi escreveu um livro com dados estatísticos. +Amazon

22. O papel de parede amarelo

Por anos, desde a sua publicação, o livro foi considerado um assustador conto de terror, com diversas adaptações para o cinema, a última em 2012. No entanto, devido a trajetória da autora e a novas releitura, é hoje considerado um relato pungente sobre o processo de enlouquecimento de uma mulher devido à maneira infantilizada e machista com que era tratada pela família e pela sociedade. CONFIRA A RESENHA | + Amazon

23. Como se ensina a ser menina – o sexismo na escola (Montserrat Moreno)

Destacando-se pela análise crítica e a perspicácia, este livro constitui um questionamento a respeito da visão sexista dominante na sociedade e, conseqüentemente, na escola. Propõe que a escola critique qualquer pretenso fundamento científico em nome do qual se discrimina a mulher, para que se rompa a cadeia de transmissão do androcentrismo. + Amazon

24. Universo Desconstruído (várias autoras)

Organizado por Aline Valek e Lady Sybylla, o livro é uma coletânea de contos de ficção científica feminista. A ideia, segundo as organizadoras, é quebrar dois estigmas extremamente negativos: que mulheres não sabem escrever ficção científica e que feminismo é um movimento que quer destruir o gênero masculino. O objetivo principal é a quebra dos estereótipos negativos que recaem sobre mulheres, gays, lésbicas, os ditos “trans”, negros e homens. +Download gratuíto aqui

25. O histórico infame de Frankie Landau-Bankies (E. Lockhart)

Livro lançado em 2013, indicado para jovens leitores. Frankie Landau-Banks, uma estudante de segundo ano em uma escola americana, assume o patriarcado masculino numa sociedade secreta. O livro contém leves pitadas de feminismo, brincadeiras e piadas adolescentes. Leia a resenha aqui. | + AMAZON

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