O excelente livro da escritora inglesa Emma Donoghue, Room – em português: Quarto e na adaptação cinematográfica: O quarto de Jack – acaba de virar filme e vem recebendo inúmeras críticas positivas, além de prêmios em diversos festivais por onde tem passado. Está indicado ao Oscar e é um dos favoritos na categoria Melhor Atriz.
Trata-se de um drama comovente visto pela ótica de uma criança de 5 anos. Prepare-se para ganhar a mega sena acumulada se o assunto for derramar lágrimas. Não que elas sejam gratuitas, a trama realmente toca a todos pela delicadeza e sensibilidade, nada é forçado.
Jack vive com a mãe em um cômodo de pouco mais de 7m² desde que nasceu e aquele universo, para ele seguro e conhecido, na verdade é uma prisão onde sua mãe é mantida refém desde antes que ele nascesse. Lá ele come, brinca, assiste TV – seu único contato com um mundo que ele pensa ser imaginário – e, principalmente, mantém uma relação umbilical com sua mãe, que ao mesmo tempo em que o protege do absurdo em que vive com ele, tenta prepará-lo para o mundo exterior, sonhando com uma libertação.
O livro, de 336 páginas e publicado em 2010, foi um grande sucesso de vendas, o que possibilitou a compra dos direitos e posterior mudança de mídia impressa à audiovisual. Os atores Brie Larson e Jacob Tremblay estão sendo muito elogiados por suas atuações intensas numa história que exige demais dos profissionais. Um excesso de melodrama poderia destruir a essência de todo o trabalho.
O trabalho foi dirigido por Lenny Abrahamson, que leu a história quando seu filho tinha 4 anos e ficou muito tocado com o drama. Ele procurou pessoalmente a autora, através de uma carta, tentando mostrar como a obra ficaria depois de adaptada. A autora achou que “ele a entendia completamente”, por isso autorizou o filme.
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