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    Resenhas

    Um artista do mundo flutuante (Kazuo Ishiguro): quem somos antes e depois da guerra?

    Francine RamosBy Francine Ramos083 Mins Read
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    Kazuo Ishiguro ganhou o Nobel de Literatura em 2017. Ele nasceu no Japão, mas ainda muito novo mudou-se para a Inglaterra. Além do mais conhecido prêmio literário, outros prêmios importantes fazem parte da carreira do autor que nos traz a beleza da boa narrativa e a construção de personagens complexos.

    No romance “Um artista do mundo flutuante“, vamos conhecer o personagem-narrador Masuji Ono que, vivendo em uma mansão, recebe a visita de uma filha, preocupa-se com o casamento de de outra, tenta aproximar-se de seu neto e reconstrói suas lembranças do passado. No entanto, o passado de Ono é repleto de nuances em relação ao seu comportamento durante a Segunda Guerra Mundial. Ele, um pintor de quadros, conta ao leitor sua vida com seus amigos e também os momentos que o fizeram se tornar um artista admirado.

    Kazuo Ishiguro
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    No início da história, é difícil imaginar os rumos que a narrativa, uma vez que o universo que Kazuo Ishiguro construiu é pautado no dia-dia de um personagem que vive em uma mansão decadente. De repente, barulhos estranhos acontecem, seu neto brinca sozinho de uma forma que o deixa preocupado e traz ao leitor uma sutil imagem de terror. Porém, a obra nos conduz a outro tipo de horror, totalmente distante dos clichês e muito mais próximo da realidade da vida de pessoas comuns: como sobreviver às incertezas da guerra; como sobreviver às transformações sociais; como sobreviver às lembranças do passado.

    Ukiyo-e: retratos do mundo flutuante

    “Vivemos todos aqueles anos quase inteiramente de acordo com seus valores e estilo de vida, e isso implicava passar muito mais tempo explorando “o mundo flutuante” da cidade – o mundo noturno de prazer, entretenimento e bebida que dava forma ao pano de fundo de todas as nossas pinturas.”

    Kazuo Ishiguro. Um artista do mundo flutuante. p. 158

    O título do livro nos diz sobre o tipo de pinturas produzidas pelo personagem Ono. Os chamados ukiyo-e são obras chinesas que retratam a vida cotidiana, a boemia, os momentos em que a vida se mostra sensível e bela, mesmo simples.

    Obra ukiyo-e de Utagawa Hiroshige, 1840.

    Dessa forma, outra camada de Ono enquanto personagem é criada por Kazuo Ishiguro. Ono é um personagem que viveu uma vida totalmente entregue à arte. Ele e seus amigos nutriam uma certa devoção ao professor que ensinou a eles a arte “do mundo flutuante”. No entanto, Ono vai desenvolvendo seu próprio estilo e reflete sobre a arte e seu sentido político. Essa reflexão presente a longo da história acaba por funcionar como uma justificativa sobre Ono, em relação às suas ações no presente e em seu próprio passado.

    Kazuo Ishiguro, a arte e a política

    Por fim, além de ser uma história sobre a reconstrução de memórias, o livro também aborda o quanto ações do passado podem reverberar no presente. Ou seja, esse homem idoso em sua mansão, além de lidar com a rotina de sua vida atual, percebe que ainda há coisas para fazer por conta dos resquícios da guerra em sua vida. E, brilhantemente, faz o leitor refletir sobre a relação da arte com a política.

    “Sensei, minha convicção é que em tempos conturbados como os nossos os artista precisam aprender a valorizar algo mais tangível que aquelas coisas prazerosas que desaparecem com a luz da manhã. Não é necessário que os artistas ocupem sempre um mundo decadente e fechado. Minha consciência, sensei, me diz que não posso continuar vendo para sempre um artista do mundo flutuante.”

    Kazuo Ishiguro. Um artista do mundo flutuante. p. 197.
    Japão Kazuo Ishiguro Literatura Estrangeira Literatura Inglesa Nobel de Literatura Pós Guerra Segunda Guerra Mundial
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