Seja no Dia das mães ou outro dia, sempre é lindo ler poemas sobre mães!

    Descubra a beleza e a profundidade dos sentimentos maternos através desta coleção cuidadosamente selecionada de 22 emocionantes poemas sobre mães. Nestas linhas poéticas, mergulhe na essência da maternidade, capturada por poetas talentosos ao longo do tempo. Desde o amor incondicional até a força incomparável, cada poema celebra a figura materna de maneira única e comovente. Deixe-se envolver pela ternura, pela sabedoria e pela devoção inigualável das mães, enquanto exploramos juntos este tributo literário à mais nobre das relações humanas!

    1. Foi de mãe todo o meu tesouro – Conceição Evaristo

    O cuidado de minha poesia
    aprendi foi de mãe,
    mulher de pôr reparo nas coisas,
    e de assuntar a vida.

    A brandura de minha fala
    na violência de meus ditos
    ganhei de mãe,
    mulher prenhe de dizeres,
    fecundados na boca do mundo.

    Foi de mãe todo o meu tesouro
    veio dela todo o meu ganho
    mulher sapiência, yabá,
    do fogo tirava água
    do pranto criava consolo.

    Foi de mãe esse meio riso
    dado para esconder
    alegria inteira
    e essa fé desconfiada,
    pois, quando se anda descalço
    cada dedo olha a estrada.

    Foi mãe que me descegou
    para os cantos milagreiros da vida
    apontando-me o fogo disfarçado
    em cinzas e a agulha do
    tempo movendo no palheiro.

    Foi mãe que me fez sentir
    as flores amassadas
    debaixo das pedras
    os corpos vazios
    rente às calçadas
    e me ensinou,
    insisto, foi ela
    a fazer da palavra
    artifício
    arte e ofício
    do meu canto
    da minha fala.

    2. Fala de Mãe e Filho – Mia Couto

    Meu filho:
    onde vais
    que tens do rio o caminhar?

    Não espreites a estrada, mãe,
    que eu nasci
    onde o tempo se despenhou.

    Meu filho:
    onde te posso lembrar
    se apenas te dei nome para te embalar?

    Mãe, minha mãe:
    não te pese saudade
    que eu voltarei sempre
    como quem chega do mar.

    Meu filho:
    onde te posso nascer
    se meu ventre seco
    nunca ninguém gerou?

    Mãe, nascerás sempre
    na pedra em que te escuto:
    a tua ausência, meu luto,
    teu corpo para sempre insepulto.

    3. Mãe – Mario Quintana

    Mãe… São três letras apenas
    As desse nome bendito;
    Também o céu tem três letras
    E nelas cabe o infinito.

    Para louvar nossa mãe,
    Todo o bem que se disser
    Nunca há de ser tão grande
    Como o bem que ela nos quer.

    Palavra tão pequenina,
    Bem sabem os lábios meus
    Que és do tamanho do céu
    E apenas menor que Deus!

    4.   Ensinamentos – Adélia Prado

    Minha mãe achava estudo
    a coisa mais fina do mundo.
    Não é.
    A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
    Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
    ela falou comigo:
    “Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
    Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente,
    Não me falou em amor.
    Essa palavra de luxo.

    5. Para sempre – Carlos Drummond De Andrade

    Por que Deus permite
    que as mães vão-se embora?
    Mãe não tem limite,
    é tempo sem hora,
    luz que não apaga
    quando sopra o vento
    e chuva desaba,
    veludo escondido
    na pele enrugada,
    água pura, ar puro,
    puro pensamento.
    Morrer acontece
    com o que é breve e passa
    sem deixar vestígio.
    Mãe, na sua graça,
    é eternidade.
    Por que Deus se lembra
    — mistério profundo —
    de tirá-la um dia?
    Fosse eu Rei do Mundo,
    baixava uma lei:
    Mãe não morre nunca,
    mãe ficará sempre
    junto de seu filho
    e ele, velho embora,
    será pequenino
    feito grão de milho.

    6. Meias impressões de Aninha  – Cora Coralina

    (mãe)

    Renovadora e reveladora do mundo
    A humanidade se renova no teu ventre.
    Cria teus filhos,
    não os entregue à creche.
    Creche é fria, impessoal.
    Nunca será um lar
    para teu filho.
    Ele, pequenino, precisa de ti.
    Não o desligues da tua força maternal.

    Que pretendes mulher?
    Independência, igualdade de condições…
    Emprego fora do lar?
    És superior àqueles
    que procuras imitar.
    Tens o dom divino
    de ser mãe
    Em ti está presente a humanidade.
    Mulher, não te deixes castrar.
    Serás um animal somente de prazer
    e ás vezes nem mais isso.
    Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
    Tumultuada, fingindo ser o que não és.
    Roendo o teu osso negro da amargura.

    7.   Minha Mãe – Vinicius de Moraes

    Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
    Tenho medo da vida, minha mãe.
    Canta a doce cantiga que cantavas
    Quando eu corria doido ao teu regaço
    Com medo dos fantasmas do telhado.
    Nina o meu sono cheio de inquietude
    Batendo de levinho no meu braço
    Que estou com muito medo, minha mãe.
    Repousa a luz amiga dos teus olhos
    Nos meus olhos sem luz e sem repouso
    Dize à dor que me espera eternamente
    Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
    Do meu ser que não quer e que não pode
    Dá-me um beijo na fronte dolorida
    Que ela arde de febre, minha mãe.

    Aninha-me em teu colo como outrora
    Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
    Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
    Dorme. Os que de há muito te esperavam
    Cansados já se foram para longe.
    Perto de ti está tua mãezinha
    Teu irmão, que o estudo adormeceu
    Tuas irmãs pisando de levinho
    Para não despertar o sono teu.
    Dorme, meu filho, dorme no meu peito
    Sonha a felicidade. Velo eu.

    Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
    Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
    Dize que eu parta, ó mãe, para a saudade.
    Afugenta este espaço que me prende
    Afugenta o infinito que me chama
    Que eu estou com muito medo, minha mãe.

    8.   Lamento Da Mãe Orfã – Cecília Meireles

    Foge por dentro da noite
    reaprende a ter pés e a caminhar,
    descruza os dedos, dilata a narina à brisa dos ciprestes,
    corre entre a luz e os mármores,
    vem ver-me,
    entra invisível nesta casa, e a tua boca
    de novo à arquitetura das palavras
    habitua,
    e teus olhos à dimensão e aos costumes dos vivos!

    Vem para perto, nem que já estejas desmanchando
    em fermentos do chão, desfigurado e decomposto!
    Não te envergonhes do teu cheiro subterrâneo,
    dos vermes que não podes sacudir de tuas pálpebras,
    da umidade que penteia teus finos, frios cabelos
    cariciosos.

    Vem como estás, metade gente, metade universo,
    com dedos e raízes, ossos e vento, e as tuas veias
    a caminho do oceano, inchadas, sentindo a inquietação das marés.

    Não venhas para ficar, mas para levar-me, como outrora também te trouxe,
    porque hoje és dono do caminho,
    és meu guia, meu guarda, meu pai, meu filho, meu amor!

    Conduze-me aonde quiseres, ao que conheces, – em teu braço
    recebe-me, e caminhemos, forasteiros de mãos dadas,
    arrastando pedaços de nossa vida em nossa morte,
    aprendendo a linguagem desses lugares, procurando os senhores
    e as suas leis,
    mirando a paisagem que começa do outro lado de nossos cadáveres,
    estudando outra vez nosso princípio, em nosso fim.

    9.   Incompreensão dos Mistérios – Elisa Lucinda

    Saudades de minha mãe.
    Sua morte hoje faz um ano e um fato
    Essa coisa fez
    eu brigar pela primeira vez
    com a natureza das coisas:
    que desperdício, que descuido
    que burrice de Deus!
    Não de ela perder a vida
    mas a vida de perdê-la.
    Olho pra ela e seu retrato.
    Nesse dia, Deus deu uma saidinha
    e o vice era fraco.

    10.   Mater – Olavo Bilac

    Tu, grande Mãe!… do amor de teus filhos escrava,
    Para teus filhos és, no caminho da vida,
    Como a faixa de luz que o povo hebreu guiava
    À longe Terra Prometida.

    Jorra de teu olhar um rio luminoso.
    Pois, para batizar essas almas em flor,
    Deixas cascatear desse olhar carinhoso
    Todo o Jordão do teu amor.

    E espalham tanto brilho as asas infinitas
    Que expandes sobre os teus, carinhosas e belas,
    Que o seu grande clarão sobe, quando as agitas,
    E vai perder-se entre as estrelas.

    E eles, pelos degraus da luz ampla e sagrada,
    Fogem da humana dor, fogem do humano pó,
    E, à procura de Deus, vão subindo essa escada,
    Que é como a escada de Jacó.

    11. Mãe Ilha – Natália Correa

    Nessa manhã as garças não voaram
    E dos confins da luz um deus chamou.
    Docemente teus cílios se fecharam
    Sobre o olhar onde tudo começou.

    A terra uivou. Todas as cores mudaram
    O mar emudeceu. O ar parou.
    Escuros véus de pranto o sol taparam
    De azáleas lívidas a ilha se cercou.

    A que pélago o esquife te levava?
    Não ao termo. A não chorar os mortos.
    Teu sumo espiritual florido ensina.

    E se o mundo em ti principiava,
    No teu mistério entre astros absortos,
    Suavemente, ó mãe, tudo termina.

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    12. Poema À Mãe – Eugénio De Andrade

    No mais fundo de ti,
    eu sei que traí, mãe

    Tudo porque já não sou
    o retrato adormecido
    no fundo dos teus olhos.

    Tudo porque tu ignoras
    que há leitos onde o frio não se demora
    e noites rumorosas de águas matinais.

    Por isso, às vezes, as palavras que te digo
    são duras, mãe,
    e o nosso amor é infeliz.

    Tudo porque perdi as rosas brancas
    que apertava junto ao coração
    no retrato da moldura.

    Se soubesses como ainda amo as rosas,
    talvez não enchesses as horas de pesadelos.

    Mas tu esqueceste muita coisa;
    esqueceste que as minhas pernas cresceram,
    que todo o meu corpo cresceu,
    e até o meu coração
    ficou enorme, mãe!

    Olha — queres ouvir-me? —
    às vezes ainda sou o menino
    que adormeceu nos teus olhos;

    ainda aperto contra o coração
    rosas tão brancas
    como as que tens na moldura;

    ainda oiço a tua voz:
    Era uma vez uma princesa
    no meio de um laranjal…

    Mas — tu sabes — a noite é enorme,
    e todo o meu corpo cresceu.
    Eu saí da moldura,
    dei às aves os meus olhos a beber,

    Não me esqueci de nada, mãe.
    Guardo a tua voz dentro de mim.
    E deixo-te as rosas.

    Boa noite. Eu vou com as aves.

    13. (Sem título) – Paulo Leminski

    Minha mãe dizia:
    – Ferve, água!
    – Frita, ovo!
    – Pinga, pia!
    E tudo obedecia.

    14. Mãe – António Ramos Rosa

    Conheço a tua força, mãe, e a tua fragilidade.
    Uma e outra têm a tua coragem, o teu alento vital.
    Estou contigo mãe, no teu sonho permanente na tua esperança incerta
    Estou contigo na tua simplicidade e nos teus gestos generosos.
    Vejo-te menina e noiva, vejo-te mãe mulher de trabalho
    Sempre frágil e forte. Quantos problemas enfrentaste,
    Quantas aflições! Sempre uma força te erguia vertical,
    sempre o alento da tua fé, o prodigioso alento
    a que se chama Deus. Que existe porque tu o amas,
    tu o desejas. Deus alimenta-te e inunda a tua fragilidade.
    E assim estás no meio do amor como o centro da rosa.
    Essa ânsia de amor de toda a tua vida é uma onda incandescente.
    Com o teu amor humano e divino
    quero fundir o diamante do fogo universal.

    15. Fonte – Herberto Helder

    II
    No sorriso louco das mães batem as leves
    gotas de chuva. Nas amadas
    caras loucas batem e batem
    os dedos amarelos das candeias.
    Que balouçam. Que são puras.
    Gotas e candeias puras. E as mães
    aproximam-se soprando os dedos frios.
    Seu corpo move-se
    pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões
    e órgãos mergulhados,
    e as calmas mães intrínsecas sentam-se
    nas cabeças filiais.
    Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado
    vendo tudo,
    e queimando as imagens, alimentando as imagens
    enquanto o amor é cada vez mais forte.
    E bate-lhes nas caras, o amor leve.
    O amor feroz.
    E as mães são cada vez mais belas.
    Pensam os filhos que elas levitam.
    Flores violentas batem nas suas pálpebras.
    Elas respiram ao alto e em baixo. São
    silenciosas.
    E a sua cara está no meio das gotas particulares
    da chuva,
    em volta das candeias. No contínuo
    escorrer dos filhos.
    As mães são as mais altas coisas
    que os filhos criam, porque se colocam
    na combustão dos filhos, porque
    os filhos estão como invasores dentes-de-leão
    no terreno das mães.
    E as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos,
    e atiram-se, através deles, como jactos
    para fora da terra.
    E os filhos mergulham em escafandros no interior
    de muitas águas,
    e trazem as mães como polvos embrulhados nas mãos
    e na agudeza de toda a sua vida.
    E o filho senta-se com a sua mãe à cabeceira da mesa,
    e através dele a mãe mexe aqui e ali,
    nas chávenas e nos garfos.
    E através da mãe o filho pensa
    que nenhuma morte é possível e as águas
    estão ligadas entre si
    por meio da mão dele que toca a cara louca
    da mãe que toca a mão pressentida do filho.
    E por dentro do amor, até somente ser possível
    amar tudo,
    e ser possível tudo ser reencontrado por dentro do amor.

    16. Minha mãe – Martins Fontes

    Beijo-te a mão, que sobre mim se espalma
    Para me abençoar e proteger,
    Teu puro amor o coração me acalma;
    Provo a doçura do teu bem-querer.

    Porque a mão te beijei, a minha palma
    Olho, analiso, linha a linha, a ver
    Se em mim descubro um traço de tua alma,
    Se existe em mim a graça do teu ser.

    E o M, gravado sobre a mão aberta,
    Pela sua clareza, me desperta
    Um grato enlevo, que jamais senti:

    Quer dizer — Mãe! este M tão perfeito,
    E, com certeza, em minha mão foi feito
    Para, quando eu for bom, pensar em ti.

    17. Canção Para A Minha Mãe – Miguel Torga

    E sem um gesto, sem um não, partias!
    Assim a luz eterna se extinguia!
    Sem um adeus, sequer, te despedias,
    Atraiçoando a fé que nos unia!

    Terra lavrada e quente,
    Regaço de um poeta criador,
    Ias-te embora antes do sol poente,
    Triste como semente sem calor!

    Ias, resignada, apodrecer
    À sombra das roseiras outonais!
    Cor da alegria, cântico a nascer,
    Trocavas por ciprestes pinheirais!

    Mas eu vim, deusa desenganada!
    Vim com este condão que tu conheces,
    E toquei essa carne macerada
    Da vida palpitante que mereces!

    Porque tu és a Mãe!
    Pariste um dia aos gritos e aos arrancos,
    E parirás ainda pelo tempo além,
    Mesmo ser madre e de cabelos brancos!

    És e serás a faia que balança ao vento
    E não quebra nem cede!
    Se te pediu a paz do esquecimento,
    Também a força de lutar te pede!

    Respira, pois, seiva da duração,
    Nos meus pulmões até, se te cansaste;
    Mas que eu sinta bater o coração
    No peito onde em menino me embalaste.

    18. O Companheiro De Viagem – Paul Celan

    A alma da tua mãe flutua adiante.
    A alma da tua mãe ajuda a noite a navegar, escolho após escolho.
    A alma da tua mãe fustiga os tubarões à tua frente.

    Esta palavra é a disciplina da tua mãe.
    A discípula da tua mãe partilha o teu jazigo, pedra a pedra.
    A discípula da tua mãe inclina-se para a migalha de luz.

    19. Coração de Mãe – Antonio Costta

    Coração de mãe é algo inexplicável,
    Tem um mistério, um segredo escondido,
    Que somente Deus, que o tem concebido,
    Pode fazê-lo notório, afável.

    Pois a sua grandeza é quase inefável,
    Mesmo que não seja correspondido,
    Mesmo sangrando, peito ferido,
    Seu amor ao de Deus é comparável!

    Coração de mãe é eterno aconchego,
    É carinho e amor e tão doce apego
    Que igual não existe em lugar nenhum.

    Abrigo seguro, o melhor dest’ lida,
    Ele nunca se enche, é amor sem medida…
    Coração de mãe sempre cabe mais um!

    20. Soneto Das Mães – João Igor

    Deus criou do amor a criatura
    De bondade encheu seu coração
    Seu carinho, amor, compreensão
    Por um filho enfrenta e faz loucura.

    O seu colo aquece e acalma
    E é normal toda a preocupação
    Transparece riqueza em sua alma
    Muitas vezes, sem ter nenhum tostão.

    Nesta data, estás sendo lembrada
    Mesmo assim já estás acostumada
    Em ser mãe, acha tudo natural…

    …Mas tua fibra, tua força e coragem
    Calcifica de vez a sua imagem
    Lhe tornando um ser ESPECIAL.

    21. Ser Mãe – Henrique Maximiano

    Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
    O coração! Ser mãe é ter no alheio
    ábio, que suga, o pedestal do seio
    Onde a vida, onde o amor cantando vibra.

    Ser mãe é ser um anjo que se libra,
    Sobre um berço dormido; é ser anseio,
    É ser temeridade, é ser receio,
    É ser força que os males equilibra!

    Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
    Espelho em que se mira afortunada,
    Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!

    Ser mãe é andar chorando num sorriso!
    Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
    Ser mãe é padecer num paraíso!

    22. Íntimo – Humberto de Campos Veras

    Minha mãe! minha mãe! Tu, que adivinhas
    Esta mágoa amaríssima que eu canto,
    Tu, que trazes as pálpebras de pranto
    Cheias, tão cheias como eu trago as minhas;

    Tu, que vives em lágrimas, e tinhas
    A vida, outrora, tão feliz, enquanto
    Deste teu filho, que tu queres tanto,
    Todas as mágoas serenando vinhas;

    Tu, que do astro do Bem segues o brilho,
    Pede ao Deus que, apesar das tuas dores,
    Ainda persiste a castigar teu filho,

    Que eu não morra a sofrer, como hoje vivo,
    Esta angústia de uma árvore sem flores
    E esta mágoa de pássaro cativo!

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