Kafka e a Boneca Viajante, de autoria de Jordi Sierra i Fabra e com ilustrações de Pep Montserrat, foi vencedor do Prêmio Nacional de Literatura Infantil e Juvenil do Ministério da Cultura da Espanha em 2007.

    No ano de 1963, Kafka passeava pelo parque Steglitz em Berlim, quando deparou-se com uma garota que chorava sem cessar por sua boneca perdida. A partir disso, Kafka escreveu durante três semanas cartas para a pequena menina, cujo rementente, era ninguém menos que a boneca perdida, que agora viajava pelo mundo.

    O relato foi contado por Dora Dymant, esposa do escritor e transformado em um livro singular pelo espanhol Jordi Sierra i Fabra. No entanto, as cartas originais e a própria garota nunca foram encontradas.

    Um trecho do livro:

    “Ela chorava em pé, desconsolada, tão angustiada que parecia trazer no rosto toda a dor e aflição do mundo.
    Franz Kafka olhou para um lado e para outo.

    Ninguém notava a menina.

    Estava sozinha.

    Não sabia o que fazer. As crianças eram um completo mistério, seres de alta periculosidade, um conjunto de risadas e lágrimas alternadas, nervos e energia à flor da pele, perguntas sem fim e exaustão absoluta.”

    No livro, a menina Elsi perde sua boneca Brígida e o escritor presenciando o choro da criança, percebe o quanto a boneca lhe é importante. Assim, se transforma num carteiro de bonecas, que a cada dois dias entrega à pequena uma carta da boneca que está viajando ao redor do mundo.

    Cartas cobertas de sentimentos

    As cartas de Brígida são cobertas de sentimentos, escritas não apenas para consolar Elsi, mais também para ensiná-la a lidar com a vida em geral.

    “… quanto a mim, seria incapaz de matar um leão ou um elefante. Totalmente incapaz. Para que destruir uma vida? Esses animais selvagens são tão lindos, Elsi. Tão lindos e nobres em sua liberdade. A natureza é tão pródiga com seus filhos. Às vezes percebo que o mundo é o lugar mais bonito que existe, e vejo a imensa sorte que temos de viver nele…”

    Kafka e a Boneca Viajante é um livro delicado e cativante. A história é bem contada e muito bem escrita, com palavras simples carregadas de sentimentalismo.

    É um livro perfeito para aqueles dias que precisamos de uma leitura reconfortante, que acalme e emocione.

    Não conhece Franz Kafka? Leia sobre alguns contos do autor que dá nome ao livro de Jordi Sierra i Fabra

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