Eu li os dois primeiros livros sobre Bridget Jones quando eu tinha uns 20 e poucos anos. Agora, 10 anos após essas minhas leituras, divertidas, alegres e que me fizeram rir muito, leio uma nova história escrita pela britânica Helen Fielding, “Bridget Jones Louca Pelo Garoto”, que mostra a mesma personagem divertida de sempre, atrapalhada como sempre, porém com mais de 50 anos, dois filhos e um novo caminho – desconhecido – para trilhar em busca de um novo amor.

    A personagem não perdeu as suas características mais marcantes. É como se ela tivesse acordado de um dia para o outro e percebesse que aquela senhora que ela vê no espelho é ela mesma; e os filhos querem tomar o café da manhã; precisam se arrumar para ir à escola; querem assistir televisão; gritam; choram; e pedem a sua atenção; tudo ao mesmo tempo agora. Assim como os seus amigos que afirmam o quanto é importante Bridget Jones voltar a ter uma vida sexual, não viver apenas para os filhos e entrar nas redes sociais. E num ritmo acelerado, Bridget Jones trilha todo o caminho – o que ela quer, o que os amigos esperam, o que os filhos precisam – para se tornar uma mulher madura.

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    Uma adulta? Ainda não…

    Eu me senti um pouco incomodada com o fato da personagem ainda se comportar de uma forma tão atrapalhada ao ponto de prejudicar o seu trabalho, de parecer patética demais, idiota demais, burra demais. Todos nós somos um pouco, claro. Mas saber que uma mulher de mais de 50 anos pode se comportar como tal me tirou do sério! O que compensou é que mesmo extremamente irritada com a personagem, a trama – tão comum por focar na vida amorosa – me pegou de um jeito que eu não conseguia parar de ler e devorei as 400 páginas num único dia.

    Bridget Jones decide fazer uma conta no Twitter e não entende bulhufas no começo, nem como funciona a comunicação na rede, tampouco porque ninguém segue ela. Até o dia em que ela escreve tuites bêbada: cria confusão, briga, xinga, leva xingo… mas um seguidor entende o espírito atrapalhado de Jones e a convida para sair. E por ela estar num momento de querer transar de qualquer jeito, aceita o convite do “@Roxter_”.

    E é esse cara que dá o título do livro, Bridget Jones fica “Louca pelo garoto”, pois ele é muito novo para ela e mesmo os dois sabendo disso, eles vivem um romance – divertido, atrapalhado, engraçado, claro. Porém, Bridget Jones começa a colocar na balança a sua vida atual, a sua vida anterior e a vida num futuro, de forma que ela consegue ter atitudes sensatas no meio de um turbilhão de acontecimentos.

    A categoria “chick-lit”

    O romance é classificado como “chick-lit”, que é uma literatura leve, divertida e com temas que tendem a agradar o público feminino: namoro, casamento, divórcio, trabalho, regime, filhos, etc. Helen Fielding, que criou a personagem que faz mais sucesso que ela mesma, é uma grande escritora desse universo feminino e até ouso dizer que Bridget Jones já se tornou um clássico desse tipo de literatura, pois retrata uma parte do universo feminino contemporâneo. Sempre será um livro bom para ler quando a ideia é passar o tempo, se divertir e se emocionar, pois é impossível que uma mulher não se coloque – um pouquinho que seja – na pele de Bridget Jones e viva com ela uma deliciosa aventura feminina, que mesmo clichê, faz a vida parecer tão mais leve.

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