Eu, que faço cinema, convivendo com isso percebo que é uma arte feita em grupo, ao contrário do que costumamos dizer sobre autores. É uma fala comum: Escrever é uma arte que se realiza sozinho. Porém, ela só se torna completa com vocês: leitores.

    Talvez (ou não) pensando nisso, Patricia Portela cria “Para cima e não para norte”: a história de um homem plano. Uma pausa aqui para as minhas primeiras impressões do livro: Eu pensava que homem plano poderia ser uma referencia ao próprio ser humano em estado plano. Blá blá blá. Essa parte é mais simples.

    patricia portela

    Voltando, os seres planos são aqueles que vivem dentro das páginas do livro, literalmente. Ele até chega a se definir como um ponto que viaja e mora no meio de palavras.

    E aí começa a grande aventura do homem plano que descobre o universo 3D, o nosso.
    Como reagir quando você descobre que existe algo a cima de você, além da sua vida? O engraçado é que eles lêem nossas historias, como James Bond, porém, nao sabiam que existíamos.

    Imaginem um livro LOTADO de referencias literárias, e cheio de interatividade. Se tiver alguma oportunidade, só abra o livro. Suas páginas são criativas, divertidas e cheia de surpresa.

    E a cada virada de pagina (ouviram?) algo te espera. E o livro parece que foi feito pra você, para reafirmar que as historias só continuam respirando enquanto há leitores e amantes de histórias para as ouvir, ler e relembrar. Porque as melhores histórias são aquelas que você guarda no coração e usa quando tem vontade.

    Para cima e não para norte é quase uma declaração de amor para os livros, feita de uma maneira inversa e criativa.

    Onde comprar livros de Patricia Portela: Amazon

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