Acabei de ler esta semana o primeiro livro da série As Crônicas de Artur, o livro O Rei Do Inverno. A segunda e terceira obra são O Inimigo de Deus e Excalibur.

    Artur, na verdade, nunca foi rei. Era, sim, o filho bastardo de Uther,
    que se transformou no principal líder militar britânico no século V.
    Após a saída dos romanos da ilha, a Britânia viveu um período conturbado,
    durante o qual seu povo lutou pela posse da terra de
    seus ancestrais contra os invasores saxões.
    Uma época em que os velhos deuses tribais dos Druidas
    resistiam ao domínio dos cristãos e procuravam recuperar
    o prestígio e o poder perdidos durante a ocupação romana.
    Numa terra dividida entre diferentes senhores feudais
    e ameaçada pela invasão dos bárbaros do oeste,
    Artur emerge como um guerreiro poderoso e corajoso
    capaz de inspirar lealdade e unir o país.
    Uma personalidade complexa, impelida por honra,
    dever e paixão, que nos é apresentada de maneira jamais vista.

    Esta obra é narrada em primeira pessoa por Derfel Cadarn, que em sua juventude se tornou um dos maiores guerreiros de Artur. Derfel narra a história desde a sua juventude, quando vivia em Ynis Wydrin, também conhecida como Avalon, a terra de Merlin, que na narrativa estava sob os cuidados de Morgana. Merlin não é visto há tempos, sendo que há boatos que ele abandonou a Britânia e outros boatos que afirmam que o mago está morto. Muitas crianças loucas e aleijadas, adotadas por Merlin, vivem em Ynis Wydrin.

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    Dentre as crianças estão o próprio Derfel, filho de uma escrava saxã, e Nimue, aprendiz e amante de Merlin. Derfel ama Nimue e ela, embora não compartilhe desse sentimento, realiza com ele um feitiço, cortando a mão de Derfel e a sua própria e misturando seu sangue com o dele, de maneira que eles estarão sempre vinculados por essa cicatriz que, ela explica, torna Derfel, perante os deuses, responsável pela proteção da vida dela, e ela pela dele. Ela explica que um dia irá precisar dele e o chamará para ajudá-la, e que, se ele não cumprir seu juramento, estará amaldiçoado por toda eternidade.

    Uma história sobre crescimento pessoal

    Durante a história vivenciamos o crescimento pessoal de Derfel e seus conflitos internos, em meio a guerras, traições, disputas políticas e vários reis tentando matar o herdeiro da Britânia, uma criança aleijada chamada Mordred. Artur, por sua vez, tenta defender o reino até que o seu herdeiro tenha a idade suficiente para assumir, mas descobrimos que o grande Artur é um guerreiro incrível, porém frágil em relação ao amor.

    Gostei da história, porque não existem personagens perfeitos. Todos têm defeitos e seus conflitos pessoais. Nem o próprio Artur é aquele perfeitinho que faz tudo certo. É um cara que você vai amar e odiar na mesma história, vai torcer pela morte de personagens muito irritantes e vai odiar os inimigos de Derfel.

    Bernard Cornwell narra uma história que prende do início ao fim. Que vai fazer você penetrar de corpo e alma na Britânia da Era das Trevas. Você vai ver com outros olhos a história de Morgana, Artur, Merlin e Lancelot, fugindo da mesmice das antigas histórias criadas com estes personagens.

    Um livro que vale a pena ler.


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