Um corpo na biblioteca foi escrito em 1942 por Agatha Christie, escritora inglesa com mais de 80 romances policiais publicados, sendo considerada a “Rainha do Crime”. Suas histórias, que sempre envolve um assassinato e um detetive em busca do criminoso fazem sucesso até hoje por conta da qualidade dos personagens e a engenhosidade em que cada história é contada. Mesmice, acredite, é difícil encontrar nessas histórias.

    Um corpo na biblioteca, então, vai apresentar ao leitor uma família que num dia, pela manhã, encontra na biblioteca da própria casa um corpo de uma garota desconhecida, uma jovem de 16 anos.

    “A figura extravagante de uma jovem. Uma jovem com cabelos artificialmente embelezados que lhe caíam sobre o rosto em cachos e anéis. Seu corpo franzino trajava m vestido toalete de cetim, sem costas, de cor branca reluzente. O rosto estava pesadamente maquiado, o pó sobressaindo grotescamente sobre a pele inchada e azulada. A base da maquiagem permanecia espessa sobre as maças do rosto desfigurado; o vermelho vivo nos lábios parecia um corte profundo. As unhas das mãos estavam pintadas com esmalte vermelho escuro, como também os dedos dos pés, metidos num par de sandálias cor de prata. Era uma figura vulgar, espalhafatosa, extravagante, mais do que imprópria em meio ao conforto austero e antiquado da biblioteca do coronel Bantry.” (p. 16)

    Uma família

    A família é composta apenas de duas pessoas, o Sr. e a Sra. Bantry e mais vários empregados na casa, que evidencia a classe social elevada que pertencem.

    A Sra. Bantry é amiga de Miss Marple, uma senhora solitária, conhecida por saber da vida de todo mundo e que também é detetive. É ela que os Bantry confiam para resolver o caso, uma vez que, como grande amiga deles, não irá deixar de revelar o assassino desse misterioso caso que pode abalar as estruturas sociais do casal.

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    A misteriosa Miss Marple

    O caso, paralelo à investigação policial, é desvendado por Miss Marple, que consegue pensar à frente, chegando primeiro, sempre, às pistas deixadas pelo assassino. Mas para complicar mais ainda a situação, um outro corpo aparece queimado, dentro de um carro, próxima à cidade onde encontraram o corpo na biblioteca, que é de Ruby Kenne, uma jovem dançarina de um hotel da cidade.

    É um pequeno detalhe que propõe um novo olhar para toda a história. É a partir dele que a verdade se revela, mas o leitor, claro, só vai perceber isso ao final, quando a solução do caso é apresentada.

    O mais curioso dessa história é a própria Miss Marple, pois o leitor acompanha a investigação oficial e sabe pouco sobre a detetive, amadora, como ela mesmo diz, mas percebe logo que a sua presença em lugares comuns, falando de coisas banais, é que revelam a diferente, mas eficaz, estratégia de Miss Marple, que deixa qualquer detetive tradicional impressionado.

    No prefácio do livro, a autora revela algumas cenas que viu num hotel à beira-mar, que serviram de base para a sua história, pois ela já pensava em criar algo a partir de um corpo na biblioteca. Ela adicionou, então, mais alguns ingredientes ficcionais: uma dançarina, um professor de tênis, um homem numa cadeira de rodas, uma recepcionista, um jovem artista, entre outros, que fazem do livro Um Corpo na Biblioteca difícil de ser esquecido.

    Veja o vídeo no canal Livro&Café sobre ‘Um corpo na biblioteca”:

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