O livro O cavaleiro dos Sete Reinos – Histórias do mundo de Gelo e Fogo encerra três contos de George Martin que foram publicados em coletâneas nas quais participaram outros autores. Os três contos possuem os mesmos protagonistas em ocasiões distintas, e uma pequena continuidade de fatos é perceptível, embora sejam histórias independentes. O primeiro protagonista é um recém-ungido cavaleiro de nome Dunk, mas que prefere ser chamado de sor Duncan após se formar cavaleiro; e o segundo é seu escudeiro, Egg.

    O primeiro conto narra como Dunk e Egg se conheceram num torneio de justas em Vaufreixo. Esta primeira história é a que mais notei aspectos semelhantes aos cinco volumes de Game of Thrones, com incríveis reviravoltas, mortes e violência. Em uma estalagem, Dunk conhece Egg, um garoto com a cabeça raspada e que é cavalariço do local. Egg segue Dunk até o local do torneio e lá passa a ser seu escudeiro. O plot twist consiste em um acontecimento que impede Dunk de participar do torneio de justas e que muda definitivamente sua vida.

    O segundo conto eu achei o mais destoante das outras obras que li de Martin: com uma história sem muitas reviravoltas, um final Romântico (em todos os sentidos) e sem muito nexo com a história em si. Trata-se de um trabalho que Dunk e Egg estão fazendo para um pequeno Senhor de Westeros. Esse trabalho envolve uma contenda com uma Senhora de um castelo próximo que é conhecida por costurasr pessoas a sacos com pedras e jogá-los em um poço. A tensão entre os dois senhores vai sendo construída de uma forma admirável, para que venha um final que quebra as imensas expectativas que o conto veio provocando até ali. Ou talvez nada seja mais chocante que aqueles casamentos em Tormenta de Espadas.

    O terceiro conto trata de um novo torneio do qual Dunk decide participar juntamente com Egg. O maior dos três contos tem o desenrolar mais pacato em detrimento dos outros dois. E a história vai acontecer realmente só nas últimas trinta páginas de 140. De modo que tudo aconteceu muito rápido para pouco tempo, ou espaço. E a história, em sua cronologia, teve um peso maior apenas no fim, de modo que o início ficou com um ar de inútil.

    Gostei apenas do primeiro conto e da construção do segundo, mas me valeu por relembrar de nomes de regiões que me eram familiares da leitura da Crônicas de Gelo e Fogo, e matar a saudade desse universo foi bom, enquanto o sexto volume está sem previsões.

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