Charles Bukowski (1920 – 1994) é, até o momento, o escritor que mais estou gostando de conhecer neste ano. Terminei a leitura de “O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio” que reúne alguns trechos do diário dele entre 1991 e 1993.

    Uma das maneiras de reconhecer um bom escritor é analisar sua capacidade de transforma o cotidiano numa boa aventura, seja ela física ou psicológica. Assim, Bukowski misturou esses ingredientes com sabedoria.

    Frequentador de um hipódromo, alcoólatra (talvez?), viveu bem com sua esposa Linda e refletiu sobre o delicioso ofício de escrever.

    Leia: Traz teu amor pra mim, de Charles Bukowski

    Ele gostava das madrugadas e não escrevia uma linha se não estivesse ouvindo música clássica. Não gostava de dar entrevistas, pois diversas vezes foi enganado por falsos jornalistas que queriam apenas beber algumas doses ao lado do velho Bukowski. Em consequência, não gostava muito de pessoas, não gostava de conversar com outros escritores, principalmente os poetas:

    “(…) todos os poetas que conheci têm sido um frouxos, uns parasitas. Não tinham nada para escrever, exceto sua egoísta falta de persistência.

    Charles Bukowski no livro “O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio”

    Por fim, do abandono da máquina de escrever aos “paus” no computador, Bukowski viveu sua vida até a última gota como se ela fosse uma saborosa garrafa de uísque. Sabe que eu gosto muito desse cara?

    Onde comprar “O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio”: Amazon

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    2 Comentários

    1. Adorei. O velho Buk é um dos meus preferidos. Enão só pela literatura, mas também pela sua personalidade, maneira de encarar as coisas, como você descreveu tão bem acima. Eu ando meio sumido, mas sempre que puder colocarei um textinho lá e visitarei os antigos colegas de blog.
      Beijo

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