Mais uma vez, e com muito gosto, escrevo sobre Katherine Mansfield (1888 – 1923), a escritora neozelandesa especialista em contos, moderna e que morreu jovem, de tuberculose.

    Por ter pais ingleses, ela viveu a maior parte de sua vida na Inglaterra, portanto, sua literatura é classificada como inglesa. Seus contos narram o cotidiano e são lembrados pela precisão de detalhes capazes de fazer o leitor rir e chorar na mesma (curta) história.

    No livro Aula de canto e outros contos (Revan, 1999, tradução de Julieta Cupertino) encontrei histórias que eu nunca tinha ouvido falar e fiquei muito surpresa com o que li. Os contos, mais curtos que Bliss (um dos mais famosos dela), também representam quem foi Katherine Mansfield, a escritora que, mesmo vivendo tão pouco, soube retratar a alma do ser humano em poucas palavras.

    Aula de Canto é uma aula de escrita, quem tem interesse em escrever contos precisa estudá-lo e quem apenas é apreciador da boa literatura deve conhecer a história da professora que constrói uma aula com muita rigidez porque, momentos antes, leu a carta de seu noivo desmanchando o compromisso, o que faz da aula tão dura e difícil como foi para ela receber essa notícia. Ela passa para as suas alunas todo o sentimento de perda através do ensino da música. A história não termina assim, mas o recado que fica é: a vida não para, tudo desmonta e tudo se reconstrói com o passar do tempo, o tempo que não é de uma vida inteira, o tempo que também é das horas, dos minutos, de uma canção.

    Outros contos merecem destaque, “Como Pearl Button foi sequestrada” entrou na minha lista de favoritos, “Feuille d’album”, o primeiro conto, é majestoso, “Uma viagem prudente” é delicioso e não é porque termina em uísque.

    Enfim, vou falar com mais detalhes dos meus contos preferidos em outros posts.

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