Missão cumprida, terminei a primeira parte da leitura do livro 2666 (Roberto Bolaño, Cia das Letras).

    Terminei a primeira parte do livro com o pé na areia, olhando para o mar, assim – sem planejar, pois fui parar na Bahia por meio de uma viagem que simplesmente caiu no meu colo, um pouco diferente do final do capítulo “A parte dos críticos”, pois o ciclo da vida dos quatro personagens ficou um pouco óbvia. Porém, Bolaño já colocou mais um personagem na história, Amalfitano e, claro, a segunda parte chama-se “A parte de Amalfitano”, um mexicano que também está à procura da verdadeira identidade do escritor Archimboldi.

    2666

    E a palavra que anda rondando é “prolixidade”, estou com receio de 2666 não ser uma super história e sim, apenas, uma história contada por um prolixo, aquele tipo que dá voltas e voltas e mais voltas para contar coisas simples. Posso estar escrevendo uma enorme besteira, mas “A parte dos críticos” que começou tão bem, teve um final normal, sem grandes surpresas.

    Até os meus rabiscos no livro (que considero como um termômetro de leitura) diminuíram gradativamente, conforme a história dos 4 amigos foi se desenrolando, no sentido de quem cada um deles gosta mais e também na nova história se cruzando: o mexicano Amalfitano e um especialista em literatura chamado de Porco.

    E refleti um pouco sobre esse diário de leitura. O que é um diário de leitura? “Simples: é só escrever sobre a história que estou lendo, diária ou semanalmente”. Não é, escrever um diário de leitura não é fazer uma simples leitura, é buscar detalhes, ler as páginas com mais consciência sobre cada parágrafo e, principalmente, fazer do diário tão importante quanto a leitura. Afinal, a ideia é chegar às últimas páginas do livro e ter o registro de tudo (ou quase tudo) que a leitura proporcionou. Diário de leitura não é contar a história do livro, é contar a sua história com o livro. Estou tentando.

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