Que presente é este em que estamos vivendo? O que o futuro nos reserva? O que podemos aprender – e desaprender – com o passado? São perguntas que vêm à tona em vários momentos da existência humana, especialmente em períodos de crise, como o que atravessamos agora por conta da pandemia de Covid-19 (coronavírus).

    Pensar sobre o tempo faz parte, de fato, da constituição do ser humano. É em torno da temporalidade que a História se desenrola, se modifica, e que nossas visões, aspirações e ações são condicionadas.

    Tempo, tempo, tempo, mano velho, cantou a banda Pato Fu nos anos 90. Olhando mais para trás, a música Time, de Pink Floyd, também trazia reflexões a respeito desse invisível tão presente e gerador da existência em todos os seus sentidos. Existiríamos se não houvesse o tempo? Somos todos apenas o tempo, então?

    Da obra de Salvador Dalí, “A persistência da memória“, em que relógios derretem debruçados em objetos distintos, como não relacionar ao nosso presente, que sinaliza grandes mudanças, incertezas e medos no entrelace do tempo que não nos espera?

    O tempo, também conhecido como um senhor implacável, moveu e move artistas das mais diversas expressões – como literatura, música, artes visuais etc., e é em torno dessas manifestações e reflexões que nosso editorial trimestral vai se debruçar.

    Teremos tempo?

    Bruna Bengozi e Francine Ramos
    Editoras da Revista Digital Livro & Café

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